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domingo, 31 de julho de 2011

Encontro Estadual Quilombola

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Prêmio Abdias Nascimento, faltam 22 dias para o encerramento das inscrições

 

Jornalistas de todo Brasil que tiveram reportagens publicadas entre 1º de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011 podem concorrer ao Prêmio Jornalista Abdias Nascimento. Serão aceitos trabalhos veiculados em emissoras brasileiras de televisão ou rádio, na mídia impressa e na internet. As inscrições estão abertas até o dia 19 de agosto.

Em sua primeira edição, o prêmio distribuirá R$ 35 mil para as categorias Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. O vencedor de cada categoria receberá a quantia de R$ 5 mil, conforme regulamento.


O objetivo da premiação é valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. A ideia é estimular trabalhos que promovam a igualdade racial na mídia.

Condições para inscrição
Só podem participar jornalistas e repórteres da imagem, como os repórteres fotográficos ou cinematográficos, que possuam registro profissional ou diploma em nível superior, cursado em instituição reconhecida pelo MEC. Quem tem o registro profissional emitido após 17/06/2009 deve encaminhar cópia do registro e cópia do diploma em nível superior cursado em instituição reconhecida pelo MEC. A exceção é para repórteres fotográficos e cinematográficos. Veja o regulamento disponível em www.premioabdiasnascimento.org.br

O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ). E conta com o apoio da Oi, da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio). O patrocínio é da Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg.

Informações:
Angélica Basthi (coordenação do Prêmio e Cojira-Rio)
premioabdiasnascimento@gmail.com

Fonte: ONU Brasil

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Ylê Axé Ossanhe Agué em Santa Maria Parceiro da Assobecaty

Pai ricardo de OssanhaEste final de semana foi muito especial para o O Ylê Axé Ossanhe Agué,   que está localizado na cidade de Santa Maria. A comunidade de terreiro com 20 anos de atividades  religiosas e política, no sábado (30)  ás 15 hs fez a assembléia de fundação , isto é adquir a existência formal perante a lei (que chamamos de personalidade jurídica), o registro de seu estatuto social e de sua ata de fundação no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas. A partir do registro, a associação passa a possuir plena capacidade de direito, ou seja, ela possui personalidade jurídica e, portanto, a capacidade de  tornando-se um ator social que estará sujeito a direitos e obrigações. O trabalho social do Ilê com a comunidade do entorno, já possuia uma função social relevante e agora com toda a certeza com a documentação legitima ainda mais as ações, além de  ser mais uma bandeira que será erguida para elevar o nome da religião no municipio e no estado. A Revista Conexão Afro, Associação Conexão Comunitára  Assobecaty, parabeniza  a iniciativa de Pai Ricardo de Ossanha Aguê e Pai Nei de Ogum  AXÈ de Mãe Carmen de Oxalá !!

Dia da Mulher Afro-Latina e Caribenha Programação È Comemorado na sede do Africaxé, na Morada do Vale I - Gravatai



 Mãe Fatima Aconteceu no domingo (24/07), comemoração ao Dia da Mulher Afro Latina e Caribenha. A programação ocorreu na sede da Africaxé, na rua Dario Totta, Morada do Vale I, das 10h às 18h. A iniciativa é da Prefeitura, através das Assessorias de Políticas Públicas Para a Mulher (APPM), o Idoso (APPI), a Juventude (APPJ), o Negro (APPN), Pessoas com Deficiência (APPPD) e do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon), em parceria com diversas entidades da sociedade civil.
Conforme a assessora da APPM, Vera Quintana, a data é lembrada mundialmente na segunda-feira (25/07). “Em Gravataí faremos no domingo para possibilitar que um número maior de pessoas possam participar das atividades”, explicou. Vera conta que este dia foi criado em 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. “Estipulou-se que este dia seria um dia de luta e de resistência da mulher negra”, salientou.
Segundo a presidente do Africaxé, Maria de Fátima Rodrigues, o objetivo de comemorar a data no Município é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras e construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento do racismo. “Também será dia de lutar contra o sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais, ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, as ações, promovendo e valorizando o debate sobre a identidade da mulher negra brasileira”, ressaltou.
Programação
Estão programadas várias oficinas: culturais de capoeira com a Liga Gravataiense de Capoeira; de Beleza Afro-Maquiagem e Penteados de Tranças com o Grupo Africaxé; de Máscaras com Balões pela Associação de Artistas Visuais (AGIR); Feira de Gastronomia Afro; oficina de porta-estandarte e passistas da Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí; além de apresentações musicais. No encerramento haverá uma homenagem ao aniversário do Africaxé.

A atividade tem parceria com: Grupo Africaxé, Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí, Escola de Samba Cativos, Escola de Samba Unidos do Vale, AGIR, Associação Beneficente Seis de Maio, Liga Gravataiense de Capoeira, Associação Labirinto e Federação Brasileira das Religiões Afros e Umbanda (Concaugra).

Dia da Mulher Afro-Latina e Caribenha Programação È Comemorado na sede do Africaxé, na Morada do Vale I - Gravatai

 

 Mãe Fatima Aconteceu no domingo (24/07), comemoração ao Dia da Mulher Afro Latina e Caribenha. A programação ocorreu na sede da Africaxé, na rua Dario Totta, Morada do Vale I, das 10h às 18h. A iniciativa é da Prefeitura, através das Assessorias de Políticas Públicas Para a Mulher (APPM), o Idoso (APPI), a Juventude (APPJ), o Negro (APPN), Pessoas com Deficiência (APPPD) e do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon), em parceria com diversas entidades da sociedade civil.

Conforme a assessora da APPM, Vera Quintana, a data é lembrada mundialmente na segunda-feira (25/07). “Em Gravataí faremos no domingo para possibilitar que um número maior de pessoas possam participar das atividades”, explicou. Vera conta que este dia foi criado em 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. “Estipulou-se que este dia seria um dia de luta e de resistência da mulher negra”, salientou.

Segundo a presidente do Africaxé, Maria de Fátima Rodrigues, o objetivo de comemorar a data no Município é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras e construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento do racismo. “Também será dia de lutar contra o sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais, ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, as ações, promovendo e valorizando o debate sobre a identidade da mulher negra brasileira”, ressaltou.

Programação
Estão programadas várias oficinas: culturais de capoeira com a Liga Gravataiense de Capoeira; de Beleza Afro-Maquiagem e Penteados de Tranças com o Grupo Africaxé; de Máscaras com Balões pela Associação de Artistas Visuais (AGIR); Feira de Gastronomia Afro; oficina de porta-estandarte e passistas da Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí; além de apresentações musicais. No encerramento haverá uma homenagem ao aniversário do Africaxé.

A atividade tem parceria com: Grupo Africaxé, Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí, Escola de Samba Cativos, Escola de Samba Unidos do Vale, AGIR, Associação Beneficente Seis de Maio, Liga Gravataiense de Capoeira, Associação Labirinto e Federação Brasileira das Religiões Afros e Umbanda (Concaugra).

quinta-feira, 28 de julho de 2011

1º Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro

A Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco realizou nos últimos dias 20 21 e 22 de julho o 5º Encontro das Mulheres de Terreiro de Pernambuco e o 1º Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro. Um dos grandes momentos do encontro foi a homenagem realizada pela rede para as mulheres de grande importância na manutenção dos saberes religiosos e tradicionais de nosso estado, nossa Mãe Dada de Oxalá foi a primeira a ser homenagiada pela rede representando a ética ancestral das Iyalorixás.

É a força de Orixalá que através de Mãe Dada vem mostrando a sua importância.

Confira a postagem com todos os detalhes em nosso Blog!!!

www.oxalatalaby.blogspot.com

Tributo a mulheres negras traz Benedita da Silva, Antonio Pitanga e Neusa Borges à Bahia

Tributo a mulheres negras traz Benedita da Silva, Antonio Pitanga e Neusa Borges à Bahia
Troféu leva nome da deputada federal do PT carioca
Uma premiação a mulheres negras baianas que se destacaram na sua área de atuação ou na defesa da promoção da igualdade reunirá, nesta sexta-feira (29), em Camaçari, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e os atores Antonio Pitanga e Neuza Borges. As homenageadas receberão uma placa honorífica que leva o nome da ex-governadora do Rio de Janeiro – Troféu Pérolas Negras Benedita da Silva – no evento que começa às 19 horas, no espaço Armazém, bairro Camaçari de Dentro.
A iniciativa é do mandato do deputado estadual Bira Corôa (PT-BA), presidente da Comissão de Promoção da Igualdade da Assembléia Legislativa da Bahia, e faz parte da programação ao Dia Internacional da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, o 25 de julho. “Benedita da Silva é símbolo da luta de gênero e raça no País, primeira senadora e governadora negra brasileira. Das suas mãos, nossas pérolas negras estarão recebendo mais que uma honraria”, afirma o parlamentar.
A participação da atriz catarinense Neuza Borges, que interpreta a Dalva na reprise da novela “O Clone”, da TV Globo, é especial. O Legislativo estadual aprovou projeto que concede a ela título de Cidadã Baiana, uma proposta de Bira Corôa, que quis incluí-la no rol das homenageadas. “A sua resposta quando da nossa indicação foi tão generosa que decidimos entregar o troféu a essa atriz que se destaca como militante pela igualdade racial no Brasil”, afirma o deputado.
A entrega do troféu marca também pela diversidade no perfil das homenageadas. Entre elas tem juíza, pescadora, advogada, prefeita, líder religiosa, professora, mestra de capoeira, liderança comunitária, baiana de acarajé, atriz, jornalista, quilombola e sindicalista. O evento contará com apresentação de grupos culturais, com música e poesia.
Trajetória de Benedita
Benedita da Silva nasceu em 1942 na cidade do Rio de Janeiro, é formada como auxiliar de enfermagem e formação em Serviço Social. É casada com o ator Antônio Pitanga, que é pai de Camila e Rocco Pitanga. Foi vereadora (1982), deputada federal em 1986, reeleita para o segundo mandato em 1990. Em 1994, tornou-se a primeira mulher negra a ocupar uma vaga no Senado. Foi eleita vice-governadora do Rio de Janeiro em 1998 e, com a renúncia de Anthony Garotinho para concorrer à Presidência da República, assumiu o governo em abril de 2002, tornando-se a primeira mulheegra a governar um Estado brasileiro. Assumiu a Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social, com status ministerial no Governo Lula e, em janeiro de 2007, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, no Governo Sérgio Cabral Filho. Em 2010, elege-se, mais uma vez, deputada federal.

Lindinalva de Paula

3115-7035 /5279/7150

Roda de conversa "E tu vais fazer o que?" - Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.

Um intenso debate sobre a mulher negra na sociedade brasileria se instalou no IAP na tarde do dia 25 de julho de 2011.
O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras do estado do Pará, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.
...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades". Boaventura de Souza Santos.
Realização: ACIYOMI, GRENI, Instituto Nangetu, Grupo de Mulheres Felipa Aranha, CEDENPA, IMUNE, Rede Fulanas, AMNB, FMAP/ AMB, NÓS MULHERES, CMNN (Belém), e quem mais chegar.
Apoio: Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém. A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC. Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema, Cineclube da ARCAXA.
Acompanhe nos vídeos abaixo os discursos das lideranças femininas paraenses que marcaram esta data comemorativa no estado do Pará. E também veja as fotos aqui.

Postado por Etétu

MÃE MENININHA DO GANTOIS/ uma breve história

Sacerdotisa inspirava a doçura característica de Oxum, orixá a qual era consagrada. Foto: Arquivo A TARDE

Sacerdotisa inspirava a doçura característica de Oxum, orixá a qual era consagrada.

Jaime Sodré

Para ser aplicado no uso da Lei 10.639/08.

“Os candomblés estão batendo/Foguetes explodem no ar/Em louvor a Menininha/Senhora Mãe e Rainha do Gantois/ Pelo seu aniversário/ De cinquentenário de iyalorixá/ Oh,oh,oh. Salve Mamãe Oxum/ Salve meu Pai Xangô/Cinquentenário de Batalha/Cinquentenário de fé/ Desde quando recebeu/ Os poderes de Maria dos Prazares Nazaré/ Sua vidência se alastrou Iyaô, Iyaô, Iyaô/Sacerdotisa de uma raça/Rainha de uma nação/Na luta em defesa dos descrentes/Ela sempre estendeu suas mãos/Hoje os candomblés estão batendo/Pra seu nome venerar/Iyami Modijubá/Salve o seu axé/seu candomblé/no alto do Gantois. .[1]

Ederaldo Gentil, inspirado compositor baiano, sintetizou, neste belíssimo samba, um acontecimento que mobilizou os diversos segmentos da Cidade de Salvador em 1972: o centenário de sacerdócio de Maria Escolástica Nazaré, a festejada Mãe Menininha do Gantois, a “Oxum mais bonita”, como afirmaram os versos de outro compositor famoso, Dorival Caymmi. Assim era Menininha, cantada em verso e prosa mas, acima de tudo, respeitada e reverenciada. Vamos nos valer de um depoimento efetivado por Mãe Menininha, junto ao etnólogo Valdeloir Rego, para nossas acertivas.

Nascida a 10 de fevereiro de 1894, na Rua da Assembléia, entre a Rua do Tira Chapéu e a Rua da Ajuda, no Centro Histórico de Salvador, Menininha teve como pais Joaquim e Maria da Glória Assunção. A sua família era dedicada ao culto dos Orixás, possuindo linhagem nobre, com raízes localizadas em Agbeokuta, na Nigéria, de onde vieram os pais de Maria Júlia da Conceição Nazaré, fundadora do Terreiro de “nação” Keto na Bahia, esse Terreiro que, da Barroquinha, zona central de Salvador, transferiu-se para um terreno, arrendado à família Gantois, localizado no bairro da Federação.[2]

Maria Escolástica, nascida no dia de Santa Escolástica, foi iniciada nos ritos africanos com a idade tenra de oito meses de nascida, oportunidade em que sua tia e antecessora, Pulcheria da Conceição Nazaré, conhecida como Kekerê, numa alusão à sua titulação hierárquica ocupando o cargo de Iya kekerê (Mãe pequena), vaticinou: “É filha de Oxum”, e a profecia concretizou-se. Oxum é a Deusa da beleza e do rio. Oxum, na Nigéria, é um Orixá muito popular e é cultuado em Salvador com extrema devoção.

A 18 de fevereiro de 1922, “a estrela mais linda do Alto do Gantois” inicia a sua trajetória religiosa, tendo recebido o poder místico diretamente de Oxóssi, Deus da Caça, rei de Keto, e de Xangô, Deus do Fogo e do Trovão, rei de Oyo, secular capital do povo yoruba.

Assumir a liderança do Ilê Iya Omin Axé Iyamassé, o Terreiro do Gantois, com pouca idade não se daria sem a natural polêmica. Além do mais, normalmente, o Axé, ou seja, o poder místico para exercer o cargo de Mãe-de-santo, é passado por outra Mãe-de-santo, qualificada para tal. Os ânimos foram apaziguados porque foram os Orixás que realizaram a escolha: “Os Orixás quiseram logo escolher quem ficaria tomando conta da Casa. E eles mesmos me deram posse, não foram pessoas não. Primeiro foi Oxóssi, depois Xangô, Oxum e Obaluaê. Eles me deram esse cargo de felicidade que estou ocupando até o dia em que Deus quiser,”[3]  comentava.

Menininha sucedeu Maria Pulchéria, que havia falecido, um grande nome, merecedor de um estudo aprofundado.De um candomblé situado no Barroquinha, fundado pelos africanos Babá Assiká, Babá Adetá e Iya Nassô, nasceu o Ilê Iya Nassô, conhecido como candomblé do Engenho Velho, a famosa Casa Branca, e o Axé Iyamassé, titulação litúrgica do também famoso Candomblé de Menininha. Maria Júlia da Conceição Nazaré, que carregava orgulhosamente sobre sua cabeça o Orixá Bayani, irmão de Xangô, foi a fundadora deste respeitado templo da religiosidade afro-brasileira.

O nome de Maria Júlia, em nagô, era Omonikê; sua mãe chamava-se Akalá e o seu pai Okanrindê, nascidos em Akê, local onde fica o Palácio do rei de Agbeokuta, na Nigéria. Akalá tinha como orixá (dono de sua cabeça) Nanã Buruku, e Okanrindê possuia como orixá Aganju e ocupava, junto ao rei, um alto cargo intitulado Assolu Obá.

Reafirmando sua qualidade de estar sempre integrada aos fatos do seu tempo, Mãe Menininha abordava diversos aspectos que interagiam com seu cotidiano, o que deslumbrava sua visão de mundo e o contexto social circundante às suas atividades de sacerdotisa.

A respeito de seu carinhoso apelido, dizia: “Não sei quem pôs em mim o nome de Menininha… Minha infância não tem muito o que contar… Agora, dançava o candomblé com todos desde os seis anos”, o que revela uma precocidade bem vinda e um acúmulo de conhecimentos, revelados importantes em sua idade madura, no exercício do cargo de Iyalorixá.

Referindo-se aos tempos sombrios do violento preconceito e perseguições ao culto afro-brasileiro, assim expressava-se: “Eu tinha 22 anos no tempo da perseguição violenta da polícia aos candomblés, não era Orixá nem Mãe-de-santo. Foi uma época dura.” Identificando os algozes deste período brutal, e caracterizando sua atuação, dizia: “Um delegado que conhecemos muito, Dr. Pedro de Azevedo Gordilho, incomodou muitos pequenos candomblés.”

Mais tarde, recebe a convocação para o exercício de sua vida de liderança religiosa: “Quando os Orixás me escolheram, não recusei porque respeito muito a seita… Esta obrigação é árdua, não é uma coisa que se pegue com uma mão só… Isso é uma coisa de grande responsabilidade”. Dizia, consciente da grande missão que os Orixás lhe reservaram.

Contemporânea de figuras memoráveis do candomblé, Mãe Menininha respeitava-as, porém sabia da sua capacidade e conhecimentos para uma tarefa tão importante: “Conheci os grandes candomblés da Bahia…  Conheci as grandes Mães-de-santo: a do Engenho Velho, Ursulina; a outra, Senhora Marcelina; dona Aninha do Axé Opo Afonjá… Apesar de ter sido escolhida pelos Orixás muito nova, nunca precisei pedir conselhos às outras Iyalorixás”, dizia com uma discreta ponta de orgulho, porém sem perder a humildade, sua maior característica.

Em reconhecimento à dedicação integral à sua missão sagrada, caracterizada pela solidariedade aos que a procuravam em busca de auxílio, pessoas de todos os níveis sociais eram atendidas em suas aflições e incertezas, seus amigos registraram os seus 50 anos de sacerdócio com uma placa de bronze, com a seguinte inscrição: “Nesta casa de Candomblé da Sociedade São Jorge do Gantois, Ilê Iya Omin Axé Iymassê, situado no Largo da Pulchéria, no Alto do Gantois, há 50 anos, Dona Maria Escolástica da Conceição Nazaré, Mãe–de-santo Menininha do Gantois, zela do alto do seu posto de Ialorixá, com exemplar dedicação e perene bondade, pelos orixás e pelo povo da Bahia”. Estava registrada em metal nobre, o bronze de Oxum, uma história de dedicação ao próximo, à tradição afro-brasileira e aos Orixás.

As atividades e responsabilidades decorrentes do cargo assumido alteraram, sobretudo, sua vida particular: “Meu marido, quando me conheceu, sabia que eu era do candomblé… A gente viveu em paz porque ele passou a gostar de Candomblé. Mas, quando fui feita Iyalorixá, passamos a morar separados. No meu terreiro, eu e minhas filhas. Marido não. Elas nasceram aqui mesmo”.

Mãe Menininha, como líder espiritual e pessoa sociável, conviveu com pessoas das mais diversas opções religiosas, num relacionamento respeitoso, no qual os pontos de vista sobre o mundo, observado de formas diferentes, não causavam nenhuma dificuldade para uma amizade sincera. O ex-Abade do Mosteiro de São Bento, Dom Timóteo Amoroso Anastácio, figura de destaque da vida social e religiosa e respeitadíssimo na comunidade baiana, expressou, por diversas vezes, sua admiração pela Iyalorixá, ressaltando a amizade de ambos, do que não pedia reservas e declarava publicamente, como exemplo de convivência a ser seguido no combate às intolerâncias.

Assim pensava, sobre o tema, Mãe Menininha: “Para mim, todas as religiões são verdadeiras, agora cada um na sua… Antigamente, as pessoas pensavam tantas coisas ruins do candomblé, mas ele é bom e não faz mal a ninguém. Os padres deveriam entender isso… África conhece o nosso Deus tanto quanto nós o conhecemos, com nome diferente, mas é o mesmo Deus com o nome de Olorum”, e acrescentava, numa postura sincrética, indiferente às posições contrárias a essa opinião: “Tenho um pouco da religião católica porque encontrei na minha família muita crença no catolicismo. Fiz minha primeira comunhão e ouvi missa.” [4]

Mãe Menininha não acreditava na possibilidade do candomblé desaparecer, perdendo suas características fundamentais, porém admitia que o mesmo sofrera transformações: “Antigamente, nós tínhamos mais fé nos Orixás, mais respeito também.” Sobre o perfil dos novos frequentadores do candomblé, observava: “O povo do candomblé é mais pobre, mas de uns tempos para cá muita gente rica tem aparecido… para mim, essa gente vem com mais curiosidade do que fé… Acho que as pessoas como eu, zeladoras do culto, devem ter o máximo de cuidado… Essas pessoas querem ver tudo, sem pertencer à seita.”

Sobre sua postura ética, assim expressava-se: “Eu aqui me meto em certos apuros porque só trabalho para a linha do bem” e diagnosticava: “sabe por que as pessoas têm mais problemas hoje? É a falta de Deus (Olorum).” Sua fama extrapolava a cidade de Salvador, na plenitude de sua dedicação e percorria o mundo. Muitos queriam vê-la, ouvi-la, e eram atendidos, ultimamente na medida de sua disponibilidade e estado de saúde. Porque ela fazia questão de atender, num grande esforço e dedicação.

No dia 13 de agosto de 1986, na plenitude de sua fé e perfeita intimidade com os Orixás, aos 92 anos de uma vida voltada à preservação e expansão do legado sagrado, herança deixada pelos nossos ancestrais africanos, Maria Escolástica Nazaré retorna ao Orum. Falece Mãe Menininha do Gantois e sobrevive sua obra. Segundo o antropólogo Júlio Braga, em função de viver permanentemente no “Lessé Orixá”, ou seja, aos pés ou na companhia da sua entidade protetora, a natureza da divindade passa a ser a natureza da pessoa, sendo que, para os adeptos das nações Keto, Angola, Jeje etc., Mãe Menininha era um Orixá que viveu no meio de nós. “Ela era um Orixá”, afirmava convicto o rei de Ijebu Ore, supremo sacerdote da religião na Nigéria, quando da sua visita à Iyalorixá, em julho de 1983.[5]

Legítima filha de Oxum e uma das sacerdotisas mais respeitadas do culto afro-brasileiro, essa era a opinião de intelectuais, políticos, artistas e o povo em geral, em especial dos adeptos do candomblé. No seu longo reinado de 64 anos à frente do Terreiro do Gantois, impôs respeito e admiração à religião dos Orixás: “Os integrantes do movimento negro, de caráter político, espalhado em todo Brasil, interpretam a fidelidade da Mãe Menininha à religião africana como um exemplo de resistência negra.”[6]

No dia 10 de fevereiro de 1991, em Salvador, na Bahia, local onde viveu e praticou sua fé, foi inaugurado o Memorial Menininha do Gantois, situado no Terreiro onde exerceu suas atividades, espaço que traduz, na exposição dos objetos que lhe pertenciam, as virtudes enquanto mulher e sacerdotisa.

Nesta oportunidade, assim expressou-se, entre outros ilustres, o escritor Jorge Amado: “Quando jogava ao búzios sobre a toalha rendada, os Orixás atendiam ao seu chamado, vinham das lonjuras para ela conversar em intimidade… Aqui continuas a zelar pelos Orixás e pelo povo da Bahia, Mãe Menininha do Gantois, aqui resplandece tua memória imortal.”

Caetano Veloso afirmara: “A memória de Mãe Menininha projeta-se para o futuro de um Brasil que há de merecer uma vida à altura dos deuses que vieram, pelo destino trágico do seu povo, habitar nossas florestas, nossas ruas, nossa língua e nossos sonhos… A memória de Mãe Menininha é a memória do que há de mais profundo  e mais denso em nossa formação cultural.” E sintetiza Nizan Guanaes: “Nem todo o Brasil conhece candomblé, mas todo mundo conhece Mãe Menininha.”[7]

No dia 3 de fevereiro de 1994, a prefeita de Salvador, Lídice da Mata, inaugurou, no Alto do Gantois, a Praça Pulchéria, em homenagem ao centenário de nascimento de Mãe Menininha. Participaram  artistas, intelectuais e o povo. Após o ato de inauguração, houve a bênção do padre Rubens, vigário da Paróquia do Divino Espírito Santo, à qual pertence a comunidade do Gantois, simbolizando a união de  culturas religiosas tão ao gosto da filha de Oxum, batizada Maria Escolástica. O governador Antônio Carlos Magalhães compareceu às vésperas da inauguração, sendo recebido por integrantes do Terreiro, tendo à frente Mãe Cleuza, sucessora, filha espiritual e de sangue de Mãe Menininha.

Zeno Millet, filho de Mãe Cleuza, afirmava: “Isso era desejo do marido de Mãe Menininha (também já falecido) homenagear a sua antecessora, tia Pulchéia,” e acrescentava: “O aniversário de minha avó não contará com cerimônias sagradas e restritas. Todas as atividades até o dia 10 serão abertas ao público.”[8]

Como se observa, o Terreiro Ilê Iya Omin, Terreiro do Gantois, tem a sua continuidade, zelando pelos mesmos parâmetros traçados pelas ilustres antecessoras. Foi e continua sendo um poço de sabedoria e acervo importante das tradições afro-brasileiras e exercício de tradição e negritude, superando suas dificuldades ou conflitos inerentes a qualquer vivência coletiva, administrado sob inspiração dos orixás e capacidade de suas lideranças, cultuando as suas memórias, patrimônio que inspirou Caymmi a dizer, em sinceros versos, amparados por uma bela melodia; “Ai, minha Mãe, minha Mãe Menininha, Ai, minha Mãe, Menininha do Gantois… Olorum quem mandou essa  filha de Oxum tomar conta da gente e de tudo cuidar, Olorum quem mandou ê ô, Ora yeyê ô.”

Jaime Sodré é doutorando em História Social,professor, poeta, compositor e religioso do candomblé.

Sobre Maconha

-  Acaso já viu um estudante usuário melhorar suas notas na escola?
-  Acaso já viu um pai usuário aumentar o amor e a harmonia no lar e na família?
-  Acaso já viu um profissional usuário melhorar o desempenho em sua profissão?
-  Acaso já viu homens viciados felizes rapaz?
Você pode fazer a diferença!
               Nenhum de nós pode dizer com 100% de certeza que a droga nunca fará parte da vida de alguém que amamos,
sejam nossos filhos, netos, irmãos, primos e amigos, ou simplesmente o filho do seu vizinho, talvez você pense que não tem nada a ver só porque ele é seu vizinho? Engano seu! Pela lei do retorno o que não queremos para nós não podemos desejar para o outro, que não deixa de ser nosso irmão divinamente. É por isso que estamos enviando a você está divulgação, este convite, para a Caminhada Nacional Contra a Liberação da Maconha! Até porque dificilmente um usuário de droga não teve seu começo com a maconha.
            Pense nisso, se você acha que não vai fazer a diferença, veja só:
Se você mandar para DEZ pessoas e cada uma delas mandar para mais DEZ e DEZ... Quando estiver na 5ª sequência nós teremos atingido 100.000 ( CEM MIL ) pessoas! Se você não pode participar, ajude divulgando para mais pessoas. Você viu como pode fazer a diferença!?
VAMOS JUNTOS LUTAR PELA VIDA!


Acesse:
http://www.pelavida.org<http://www.pelavida.org/>

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SPM celabra Dia da Mulher Negra na Assembléia

Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América
Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América
Na segunda-feira ( 25) , referenciando os ancestrais africanos e as mulheres negras presentes, a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Márcia Santana, fez um breve saudação na abertura do Seminário Mulher Negra no poder: Rio Grande do Sul, Brasil e América em alusão ao "Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha", que ocorreu no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O evento teve como eixo principal fortalecer as ações de grande importância na luta das mulheres negras pelos espaços políticos e sociais no Estado.
A busca pela extinção do preconceito racial, discriminação das mulheres negras na sociedade, equidade de gênero e raça, apropriação dos espaços midiáticos e empoderamento da mulher negra no Estado foram os temas abordados pela secretária Márcia Santana. "Mulher negra não é pouca coisa! É importante deixar claro que, entre os estupros, o número de mulheres negras é maioria. Tudo isto acaba remetendo, através do inconsciente coletivo, ao tempo da colônia e da escravidão no Brasil", complementa Márcia que convidou todas a participarem da IV Conferência Estadual de Mulheres.
Destacou a importância de se criar uma agenda fixa de encontros mensais para divulgação e mobilização de todas as questões que cercam as mulheres negras no Estado. Outra sugestão da secretária foi criação de um encontro, que anteceda a IV Conferência, para discutirem a importância dos terreiros africanos como forma de empoderamento das mulheres negras. "Todos sabem que as mulheres negras, quando sofrem violência, procuram esses espaços para acolhimento. Além de ser sagrado na religião afro, serve como ambiente civilizatório", finaliza a secretária.
Para a coordenadora de Diversidade do Departamento Pedagógico da Seduc, Eliane Almeida de Souza, é importante a inserção na grade curricular pedagógica do Estado, o ensino da cultura negra e formação dos professores para a história do negro no país. " Agora, é o momento propicio para iniciarmos esta ação. Os estudantes precisam conhecer a questão quilomnbola de um olhar diferente. Como os professores e educadores podem contribuir contra o preconceito racial na formação dos estudantes", complementa.
Estiveram presentes representantes da Prefeitura de Porto Alegre, Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), da Associação Beneficiente Cultural Africana Templo de Iemanjá (ASSOBECATY) e Central de Movimentos Populares do Rio Grande do Sul (CMP) através do Movimento 13 de Maio: abolição não conclusa para as mulheres negras, e movimentos negros.
História
O "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe" é um resultado do primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em 25 de julho de 1992, em Santo Domingo/República Dominicana, onde as mulheres enfatizaram a importância deste reconhecimento.
Desde então, a data tornou-se internacional estabelecida pela ONU. Em Porto Alegre, Nelma Soares da Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) foi a mulher negra que impulsionou a divulgação do 25 de julho dando visibilidade ao DIA DA MULHER NEGRA: SENHORA DE TODOS OS ESPAÇOS, realizando o primeiro evento em 1993, no Sindicato dos Trabalhadores Federais de Saúde, Trabalho e Previdência do RS (SINDISPREV).
Redação ASCOM SPM/RS

SPM celabra Dia da Mulher Negra na Assembléia

Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América

Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América Na segunda-feira ( 25) , referenciando os ancestrais africanos e as mulheres negras presentes, a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Márcia Santana, fez um breve saudação na abertura do Seminário Mulher Negra no poder: Rio Grande do Sul, Brasil e América em alusão ao "Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha", que ocorreu no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O evento teve como eixo principal fortalecer as ações de grande importância na luta das mulheres negras pelos espaços políticos e sociais no Estado.
A busca pela extinção do preconceito racial, discriminação das mulheres negras na sociedade, equidade de gênero e raça, apropriação dos espaços midiáticos e empoderamento da mulher negra no Estado foram os temas abordados pela secretária Márcia Santana. "Mulher negra não é pouca coisa! É importante deixar claro que, entre os estupros, o número de mulheres negras é maioria. Tudo isto acaba remetendo, através do inconsciente coletivo, ao tempo da colônia e da escravidão no Brasil", complementa Márcia que convidou todas a participarem da IV Conferência Estadual de Mulheres.
Destacou a importância de se criar uma agenda fixa de encontros mensais para divulgação e mobilização de todas as questões que cercam as mulheres negras no Estado. Outra sugestão da secretária foi criação de um encontro, que anteceda a IV Conferência, para discutirem a importância dos terreiros africanos como forma de empoderamento das mulheres negras. "Todos sabem que as mulheres negras, quando sofrem violência, procuram esses espaços para acolhimento. Além de ser sagrado na religião afro, serve como ambiente civilizatório", finaliza a secretária.
Para a coordenadora de Diversidade do Departamento Pedagógico da Seduc, Eliane Almeida de Souza, é importante a inserção na grade curricular pedagógica do Estado, o ensino da cultura negra e formação dos professores para a história do negro no país. " Agora, é o momento propicio para iniciarmos esta ação. Os estudantes precisam conhecer a questão quilomnbola de um olhar diferente. Como os professores e educadores podem contribuir contra o preconceito racial na formação dos estudantes", complementa.
Estiveram presentes representantes da Prefeitura de Porto Alegre, Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), da Associação Beneficiente Cultural Africana Templo de Iemanjá (ASSOBECATY) e Central de Movimentos Populares do Rio Grande do Sul (CMP) através do Movimento 13 de Maio: abolição não conclusa para as mulheres negras, e movimentos negros.
História
O "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe" é um resultado do primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em 25 de julho de 1992, em Santo Domingo/República Dominicana, onde as mulheres enfatizaram a importância deste reconhecimento.
Desde então, a data tornou-se internacional estabelecida pela ONU. Em Porto Alegre, Nelma Soares da Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) foi a mulher negra que impulsionou a divulgação do 25 de julho dando visibilidade ao DIA DA MULHER NEGRA: SENHORA DE TODOS OS ESPAÇOS, realizando o primeiro evento em 1993, no Sindicato dos Trabalhadores Federais de Saúde, Trabalho e Previdência do RS (SINDISPREV).

Redação ASCOM SPM/RS

sábado, 23 de julho de 2011

Chegou em Porto Alegre Prof. Dra. Yá Cecilia do Ilê Axé de Maroketu de Salvador

24JUL

100_0862O Rio Grande do Sul amanheceu ensolarado, depois de semanas de frio e mau tempo. Prognóstico de dias mais quentes e melhores para receber a antropóloga bahiana Dra Yá Cecilia Conceição Soares, que vem a Porto Alegre à convite do Ilê de Tradição Templo de Yemanjá – ASSOBECATY. Para comemorar o Dia da Mulher Afro Latino Caribenha, Mãe Carmen de Oxalá produziu a estada da Yá compondo parcerias com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre – PMPA, com a Secretaria Estadual do Estado da Cultura/ Diretoria de Cidadadania Cultural e com a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial – SEPIR, além de diversos parceiros da sociedade civil como a Central do Movimentos Populares – CMP. 100_0863
     Ao chegar Yá Cecilia foi recepcionada no aeroporto por Mãe Carmen de Oxalá. À tarde será dedicada ao roteiro turístico e a boa mesa da culinária afro gaúcha, sem dispensar logo mais, o jantar em uma churrascaria na cidade.
100_0867

Nos próximos dias, no entanto, as atividades serão intensas: uma programação com palestras, bate papo, roda de capoeira, entrevistas e até um projeto de exposição fotográfica estão aguardando pelas Yalorixás.
    Para acompanhar e participar  das atividades acesse o programa no endereço

WWW.conexãoafro.wordpress.co

Chegou em Porto Alegre Prof. Dra. Yá Cecilia do Ilê Axé de Maraketu de Salvador

100_0862O Rio Grande do Sul amanheceu ensolarado, depois de semanas de frio e mau tempo. Prognóstico de dias mais quentes e melhores para receber a antropóloga bahiana Dra Yá Cecilia Conceição Soares, que vem a Porto Alegre à convite do Ilê de Tradição Templo de Yemanjá - ASSOBECATY. Para comemorar o Dia da Mulher Afro Latino Caribenha, Mãe Carmen de Oxalá produziu a estada da Yá compondo parcerias com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre - PMPA, com a Secretaria Estadual do Estado da Cultura/ Diretoria de Cidadadania Cultural e com a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial - SEPIR, além de diversos parceiros da sociedade civil como a Central do Movimentos Populares - CMP. 100_0863
     Ao chegar Yá Cecilia foi recepcionada no aeroporto por Mãe Carmen de Oxalá. À tarde será dedicada ao roteiro turístico e a boa mesa da culinária afro gaúcha, sem dispensar logo mais, o jantar em uma churrascaria na cidade.
    100_0867

Nos próximos dias, no entanto, as atividades serão intensas: uma programação com palestras, bate papo, roda de capoeira, entrevistas e até um projeto de exposição fotográfica estão aguardando pelas Yalorixás.
    Para acompanhar e participar  das atividades acesse o programa no endereço

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1ª JUIZA NEGRA DO BRASIL LUISLINDA VALOIS

Depoimento Luislinda Valois - Viver a Vida - 05/05

Mulher, negra, iniciada em Candomblé, nordestina e determinada: essa é a juíza baiana Luislinda Valois

 Dayane

 

“Sou filha de Iansã, sou pintada, raspada, uso minhas contas onde passo e defendo meus orixás em todos os espaços que Deus deixou no mundo.”(Fonte da citação: bahianoticias.com.br)

O professor pediu o material de desenho, a custo o pai de Luislinda conseguiu comprar um, meio remendado. Pois bastou o professor ver o material para magoá-la para sempre. “Menina, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Ela chorou, ainda se emociona quando relembra, 58 anos depois. Mas tomou coragem e retrucou: “Vou é ser juíza e lhe prender”. A primeira parte, ela cumpriu. Em 1984, a baiana Luislinda Valois Santos tornou-se a primeira juíza negra do País. Não à toa, também foi quem proferiu a primeira sentença contra racismo no Brasil. Em 28 de setembro de 1993, condenou o supermercado Olhe Preço a indenizar a empregada doméstica Aíla de Jesus, acusada injustamente de furto. Aos 67 anos, lança em agosto seu primeiro livro, O negro no século XXI.

Como foi sua infância? Imagino que não tenha tido muitos recursos…

Faça uma pequena ideia (risos). Minha mãe era lavadeira e costureira e meu pai era motorneiro de bonde. Minha infância foi miserável, mas meus pais sempre primaram pela educação e pela nossa saúde. Quando eu tinha 9 anos, estava começando a estudar, um professor pediu um material de desenho e meu pai, coitado, não pôde comprar o que ele pediu, mas comprou outro. Quando cheguei à escola, feliz da vida, ele disse: “Menina, se seu pai não pode comprar o material, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Imagine como foi marcante pra mim (chora). Saí chorando. Mas sou muito impetuosa. Voltei, fui em cima dele e falei: “Não vou fazer feijoada para branco, não. Vou é ser juíza e lhe prender”. Em casa, ainda tomei uma baita surra do meu pai. Naquela época, não se podia desrespeitar professor.

Começou a trabalhar cedo?

Com 7 anos, quis aprender datilografia e, para pagar o curso, minha mãe sugeriu que eu lavasse aquelas fraldas de pano que se usava na época. Aí fiz isso. Mas, trabalhar realmente, comecei com 14 anos, como datilógrafa. Comecei na Companhia Docas da Bahia e, logo em seguida, minha mãe tinha acabado de morrer, me arrumaram um trabalho no DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, hoje Dnit). Fui crescendo lá: trabalhei como escrevente, escriturária, chefe de orçamento. Estudei filosofia, não concluí, depois comecei teatro, mas meu pai não me deixou cursar, disse que era coisa de prostituta. Aí, um dia, decidi fazer direito. Já tinha uns 34, 35 anos. Me inscrevi e passei na Universidade Católica. Me formei aos 39 anos, no dia 8 de dezembro e, no dia 9, começaram as inscrições para o concurso de procurador do DNER. Passei em primeiro lugar no Brasil. Mas não pude assumir aqui.

Por que não?

A pessoa que passou em último também era daqui da Bahia. Como eu não tinha padrinho político, algumas autoridades me puseram numa sala e falaram: “Doutora, precisamos da sua vaga aqui. Vamos lhe oferecer Sergipe ou Paraná”. Aí falei: como vocês estão me mandando embora, vou logo para longe. Fui para o Paraná. Com 90 dias, o chefe da procuradoria de lá se aposentou e fui designada para a vaga dele. Morei lá quase 8 anos.

Li que, antes de estudar direito, a senhora participou de um concurso de beleza. Como foi isso?

Trabalhava no DNER, tinha uns 20 anos, e um dia me chamaram na diretoria e falaram: “estão abrindo um concurso da Mais Bela Mulata e você vai ser a nossa miss” (risos). Aí eles foram falar com meu pai. Era de maiô e tudo, imagine… Meu pai ficou bastante reticente, mas por fim pediu a seu Rangel, que era o chefe do administrativo, para assinar um documento se responsabilizando pela minha integridade física (risos). A integridade física da época era a tal da virgindade, a preocupação era essa. Teve várias etapas. As mais importantes foram no Forte de São Marcelo e na Rua Chile, que era o point. Ganhei como Miss Simpatia.

E como se tornou juíza?

Estava em Curitiba e vim de férias para cá, soube do concurso pelo jornal A TARDE, que meu pai comprou. Falei: pronto, é agora. No dia seguinte, fiz a inscrição e as provas. Aí, uma noite, o telefone tocou e a menina disse que eu tinha sido aprovada. Acordei meia Curitiba, né? (risos). O fato de ser a primeira juíza negra do Brasil só me dá responsabilidade. Até hoje só temos dois ministros negros nos tribunais superiores. Por que isso? A inteligência não é privacidade de nenhuma raça. Até porque só existe uma raça, a humana. Ser juíza não é difícil. É só ter bom senso, estudar de manhã, meio-dia, de tarde e de noite e gostar de lidar com gente. Não pode pensar que, só porque o cidadão é marginal, ele já merece estar enclausurado. Primeiro se vai ver por que aquele sujeito virou marginal. A sociedade é quem escolhe quem vai delinquir. E te digo mais: nesse momento, a sociedade escolheu que é o negro, pobre, jovem, da periferia. Na hora que se tem de condenar, se não tiver a quem condenar, se condena o negro, mesmo que ele ainda esteja no ventre da mãe.

A senhora falou que não é “porque o cidadão é marginal que já merece estar enclausurado”. A sociedade espera uma resposta, de todo modo.

A sociedade não colabora para que as pessoas não cheguem a delinquir. O que é que se tem de dar? Oportunidades. Primeiro, educação de qualidade e continuada. Imagine uma pessoa que tem oito, dez filhos, se depara uma manhã sem ter o pão para alimentar seus filhos. Se não tiver muito equilíbrio, faz bobagem.

Já se viu diante de um caso desse? Como a senhora agiu?

Já, no interior. Resolvi da seguinte forma: fui até o prefeito e consegui um serviço de jardinagem para ele. A pena que dei foi que, com o primeiro salário, ele pagasse o que tinha pego. Nunca mais ouvi falar que esse rapaz fizesse nada de ilegal. Digo sempre o seguinte: se tiver eu e uma loira juntas, o que sumir primeiro, fui eu que peguei. É sempre o negro que é o delinquente de hoje.

No seu trabalho como juíza, ainda sofre muito preconceito?

Sou a sétima juíza mais antiga do Estado e nunca consegui ser convocada para o Tribunal. Me sinto preterida. Tenho certeza de que já era para eu ser desembargadora há muito tempo, preencho todos os requisitos. Para se saber o que é racismo, é só ficar negro por 48h. Certa vez, no juizado de Piatã, aproveitei o tempo para arrumar uns processos. Chegou uma advogada e falou: ‘O juiz vem hoje?’. Eu aí fiz um sinal para a moça não dizer que era eu. A advogada ficou lá, reclamando que juiz nunca chegava na hora, coisa e tal. Na hora da audiência, subi, pus a toga e, quando ela me viu, não acertou fazer nada. Tive de adiar a audiência. Falei: ‘Tenha paciência, a senhora toma um chazinho de erva-cidreira e, amanhã, nós continuamos’. Precisa maior racismo do que esse?

A senhora proferiu a primeira sentença contra racismo no Brasil. Como foi a repercussão do caso?

Me lembro bem. Aíla Maria de Jesus foi a um supermercado e quando estava saindo, o segurança a humilhou, disse que ela tinha posto na bolsa um frango congelado e dois sabonetes. Ela falou que, se ele chamasse a polícia, ela abriria a bolsa. Aí, a polícia chegou e viu que não tinha nada. Na época, a repercussão foi que o feitiço virou contra o feiticeiro (risos). Comecei a receber ameaças, o pessoal ligava para a minha casa dizendo: “Onde é que essa negra faz supermercado?” Fiquei com medo e pedi afastamento, resolvi voltar para Curitiba. Aí fui ao banco com meu filho, me sentei e ele foi resolver as coisas para mim. Passou um tempo o segurança ficou me olhando, depois veio outro, depois veio o gerente. E eu lá sem saber o que fazer. Pensei: se eu me mexer para pegar minha carteira de juíza, eles podem pensar que eu estou armada e me matar. Quando meu filho voltou, criei alma nova. Ele falou: “O que é isso com minha mãe?”. E o gerente respondeu: “Ela ficou muito tempo aí sentada”. Chorei a tarde inteira.

No livro O negro no século XXI, a senhora diz que “a Justiça é inacessível ao negro pobre”. A senhora é uma das idealizadoras do Balcão de Justiça e Cidadania, que atende moradores das periferias. Isso vem melhorando?

Sim. Criei o Balcão de Justiça e Cidadania, o Justiça Bairro a Bairro, Justiça Itinerante da Bahia de Todos-os-Santos e o programa Justiça, Escola e Cidadania, para levar a Justiça às escolas públicas. Recebi em Brasília, em 2006, o Primeiro Prêmio de Acesso à Justiça, pelo trabalho desenvolvido pelo Balcão. A ideia é resolver conflitos pela mediação, inclusive divórcios, separações, pensão alimentícia, que são os casos mais frequentes. As pessoas acham que, para ir até a Justiça, têm de estar com uma roupa muito arrumada, mas não precisa nada disso. Hoje, trabalho no juizado da Unijorge, que eu implantei.

Por que a Justiça na Bahia é uma das mais lentas no Brasil?

Primeiro, temos um número pequeno de magistrados e um número inaceitável de desembargadores. No Paraná, que é bem menor que a Bahia, são 120 desembargadores. Aqui, são apenas 35. É humanamente impossível. E a falta de recursos colabora bastante negativamente.

O movimento negro muitas vezes pleiteia políticas específicas, como as cotas. Isso não fere a Constituição, que diz que “todos são iguais perante a lei”?

Não se pode igualar os desiguais. Tudo que é inferior é encaminhado ao negro. As cotas são importantes, mas não permanentemente, porque senão parece esmola. É enquanto se equipara o ensino público e privado. O problema é que a qualidade da escola pública não melhora.

A maioria das vítimas de homicídio em Salvador são jovens negros. Qual é a parcela de responsabilidade da Justiça? Há apenas duas varas do júri para julgar esses casos.

Depois da visita a presídios, resolvi criar um projeto: Inclua no trabalho e na educação e exclua da prisão, para ocupar os jovens da periferia. A televisão fica com aquele ‘compre, compre, compre’. O adolescente vê um tênis e quer adquirir, seja como for. Pai e mãe também não têm condições, saem para trabalhar, deixam o menino sozinho. O que acontece? O traficante vai e coopta. O poder público é culpado por não dar condições para as famílias terem uma vida mais digna. Isso tudo vai desaguar no Judiciário, e falta estrutura.

No livro, a senhora também fala sobre aborto. É a favor da descriminalização?

Acho que se trata o assunto olhando somente a mulher pobre. A mulher rica faz aborto a todo instante, mas isso não vem a público, ela não morre, nem é presa. Acho que tem de deixar de ser crime, sim. Ninguém aborta porque quer.

A senhora é de santo, e o pastor Márcio Marinho, da Igreja Universal, assina a contracapa do seu livro. Como é a relação de vocês?

Me criei no candomblé, sou filha de Iansã. Acho que, primeiro, não se deve olhar a religião da pessoa, mas sim quem ela é. Já fiz parcerias com a Igreja Universal, e eles sempre cumpriram o papel deles.

Texto Tatiana Mendonça tmendonca@grupoatarde.com.br

Fotos Rejane Carneiro rcarneiro@grupoatarde.com.br

Fonte: Revista Muito #69 (26 de julho de 2009)

Entrevista extraída do blog: rogerioalcazar.wordpress.com

Fonte do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bAhGu8utIkc

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Representante de Mulheres de Odu na Assobecaty

O tempo anda mexendo com a ASSOBECATY, se contar ninguém acredita, por isso temos o compromisso de registrar a visita de Vivi- que é roteirista e produtora de Filmes –As mulheres de Odú

ela passou a tarde do dia 03 de julho, conhecendo um pouco da historia dos patrimônios imateriais Gruta de Mãe Oxum e Pedra de Xangô; Ela também pertence a comunidade tradicional de Terreiro Manso Dandalungua Cocuazenza na cidade de Salvador.

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Para afastar o frio a baiana tomou até chimarrão,  mas isso não impediu de prestar muita atenção na transmissão oral  que Mãe Carmen fez da  luta histórica que a Assobecaty,encabeça no municipio de Guaíba, acompanhada de religiosos que compõe duas Comissões a Permanente e Impulsora, destacando a persistência de Pai Roni de Ogum  e a perseverança de Mãe Geni de Yemanjá, lutadores incansaveis  pelo resgate dos dois  patrimônios.

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Mãe Carmen de Oxalá, Vivi de Dandalunda , Denise de Yemanjá e a Psicóloga Debora Lucia

Quem  ainda não conhece a história pode aguarda., que é s[o uma questão de tempo.

Jantar com os integrantes do Bloco Ilê Ayê "Negros do Sul - Lá também tem"

"Negros do Sul - Lá também tem" foi o tema escolhido.
100_0844Após  a escolha do  tema  que chama a atenção para a cultura negra no Sul do Brasil. Representantes do bloco tradicional Ilê Aiyê, chegam ao Rio Grande do Sul para realizar a pesquisa para cantarem no carnaval 2012  "Negros do Sul - Lá também tem". Os pesquisadores vieram  reconhecer a grande riqueza cultural de raiz africanas que esta presente no sul do país.

Este registro ocorreu na tarde do dia  ás 16 horas no  Gabinete de Politicas Pública para o Povo Negro da Prefeitura de Porto Alegre.

 

 

 

 

 

 

Irão ocorrer, visitas na capital e interior do estado com pesquisadores e integrantes do  famoso grupo baiano, primeiro bloco afro do país, que estão em Porto Alegre, com o objetivo de buscar informações acerca  história do negro. Recolher material  que irá subsidiar a elaboração do seu tema-enredo para o Carnaval 2012, que é "Negros do Sul - Lá também tem".

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Participamos da  recepção para os representantes do grupo,  aconteceu no restaurante Estação Porto, por meio de jantar, na quinta-feira(14). Onde estavam representantes de organizações que compõe o cenário do  movimentos negro  e religioso gaúcho.

Semana da Consciência Negra 2011

Semana da Consciência Negra 2011O Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro (GPN), promove no dia 21 de julho do corrente ano, o Seminário Preparatório da XXI Semana da Consciência Negra (SECON) do Executivo Municipal. O evento tem como local a Sala 10 do Mercado Público (Centro Histórico), tendo inicio às 15 horas e término 17 horas. As inscrições serão realizadas no local. O objetivo do encontro é definir o calendário das atividades da Semana (SECON), locais, metodologia de trabalho e escolha da comissão organizadora, entre os representantes das entidades, grupos e organizações que trabalham com a Promoção da Igualdade Racial. Instituída pela Lei 6.986, de 27 de dezembro de 1991, e alterada pela Lei 9.876 de 13 de dezembro de 2005. A Semana da Consciência Negra prevê uma programação de eventos de 14 a 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.

Clovis André Silva

Coordenador Geral

Gabinete de Políticas

Públicas para o Povo Negro - GP

terça-feira, 19 de julho de 2011

CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais Realiza o 2º Ciclo de Reflexões e Debates

Os Orixás vão ao Cinema: uma discussão do racismo e seu impacto na saúde das pessoas

Convidado:

Dr. Paulo José de Moraes

Médico do Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein, atuando em consultório na especialidade de Psicodrama, Babalorixá, escritor de contos e crônicas.

Lançamento do livro: "Um psiquiatra neste bando de loucos”

20 de julho de 2011

Local: CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais

Largo Dois de Julho

Horário: 18h30

CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais
Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - CEP 40025-010. Salvador - Bahia - Brasil
Tel (0xx71) 3322-6742 / Fax (0xx71) 3322-8070 - E-mail:
ceao@ufba.br - Site:www.ceao.ufba.br

sábado, 16 de julho de 2011

I ENCONTRO" SAÚDE AMBIENTAL NAS PRÁTICAS AFRORRELIGIOSAS."

IEgbomy
TERREIRO DE MINA NANÃ BURUQUE
RUA HERNANE LAMEIRA 384-CENTRO-CASTANHAL/PA
DATA:19/08/2011 HORÁRIO:8HS
INTECAB/PA-NÚCLEO CASTANHAL.
EM VIRTUDE DAS COMEMORAÇÕES DA SEXTA EDIÇÃO DA FESTA DAS RAÇAS "OXOSSI!O PRESERVADOR DA NATUREZA,DEFENSOR DE TODAS AS RAÇAS", QUE SE REALIZARÁ NO PRÓXIMO DIA 27/8/ 2011 ,EVENTO QUE MARCA A TRAJETÓRIA DOS AFRORRELIGIOSOS DO ESTADO DO PARÁ,EM BUSCA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O POVO DE TERREIRO.
O INTECAB/PA-NÚCLEO CASTANHAL,REALIZA O I ENCONTRO "SAÚDE AMBIENTAL NAS PRÁTIC AS AFRORRELIGIOSAS,"COM OBJETIVO DE EDUCAR INFORMANDO E FOMENTANDO,O CUIDADO COM A SAÚDE E O MEIO AMBIENTE,ASSOCIADOS AS PRÁTICAS TRADICIONAIS DOS TERREIROS.A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE DO HOMEM DEPENDENDO DIRETAMENTE DA BOA SAÚDE DO MEIO AMBIENTE,A EXISTÊNCIA DE UM É A PRÓPRIA CONDIÇÃO DA EXISTÊNCIA DO OUTRO,EVIDENCIANDO O ESPAÇO DE TERREIRO COMO AMBIENTE,ONDE INTERAGEM COM A MEDICINA ALTERNATIVA E POPULAR,AO BEM ESTAR DE SEUS PRATICANTES E CONSULENTES,COM A PROTEÇÃO DE NOSSOS DEUSES ANCESTRAIS,QUE EMANAM A ESSÊNCIA DAS ENERGIAS DA NATUREZA,MÃE DE TODOS NÓS.
PROGRAMAÇÃO.
8HS-ACOLHIMENTO
8:30HS-CAFÉ DA MANHÃ
9HS-SAÚDE AMBIENTAL
-OFERENDAS SAGRADAS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS E NATURAIS.
-POLUIÇÃO SONORA,LEI DO SILÊNCIO E LEI DO RUÍDO.
12HS-ALMOÇO
13:30HS-SEGURANÇA ALIMENTAR NAS POLÍTICAS DE COMBATE À FOME.
- INTECAB E < strong>O PROJETO FOME ZERO.
-14:30HS-PRECAUÇÕES NA PRESERVAÇÃO DAS TRADIÇÕES.
-O ESPAÇO DE TERREIRO E A MEDICINA ALTERNATIVA
-BIO SEGURANÇA
-O SAGRADO E A NATUREZA.
-SABERES E VIVÊNCIAS DAS COMUNIDADES AFRORRELIGIOSAS.
18 HS-ENCERRAMENTO.
"SE HOJE RECONHECEMOS QUE O HOMEM É FEITO DO PÓ E DO BARRO,QUE TIPO DE HOMENS SURGIRÃO DE PÓS E BARROS CONTAMINADOS?!...
MAMETU KAIANILEGI.
DIRETORIA SOCIAL INTECAB/PA.

Curso para jornalistas vai preparar profissionais para a cobertura de gênero, raça e etnia

 

Inscrições são gratuitas e começam no dia 20/7. Curso vai acontecer em oito cidades: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo

Brasília, 14 de julho de 2011 – De 20 de julho a 3 de agosto, profissionais e estudantes de Jornalismo podem se inscrever no Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas, promovido pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, com apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e da Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM. O curso é gratuito, tem certificação da FENAJ e da ONU Mulheres e vai acontecer em oito cidades: Belém (PA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Segundo a coordenação do curso, profissionais e estudantes de regiões metropolitanas, do interior e de regiões próximas aos oito estados podem fazer a inscrição diretamente no sindicato local de jornalistas ou solicitar informação por e-mail. Cada localidade terá o total de 50 vagas a serem preenchidas por jornalistas, repórteres, produtores, pauteiros, redatores, editores, fotógrafos, repórteres cinematográficos de veículos impresso, on-line e eletrônicos e estudantes de Jornalismo a partir do 6º período.

O Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas será realizado no período de 8 de agosto a 1º de setembro de 2011, tendo carga horária de 8 horas/aula, das 18h às 22h. O programa está baseado em dois módulos e duas atividades pedagógicas: Gênero, Raça e Etnia em Sociedade; Jornalismo, Ética e Diversidade; Leitura Crítica da Mídia; e Experiências e Trajetórias Locais: Identificando Novas Fontes. O curso tem como objetivo preparar jornalistas, profissionais da imprensa e estudantes de Jornalismo para a cobertura de pautas relacionadas a gênero, raça e etnia.

Data

Localidade

Contato

8 e 9/8/11

Amazonas – Manaus

sindicato@jornalistasam.com.br

10 e 11/8/11

Pará – Belém

sinjor@jornalistasdopara.com.br

15 e 16/8/11

Ceará – Fortaleza

sindjorce@sindjorce.org.br

17 e 18/8/11

Pernambuco – Recife

jornalistas-pe@ig.com.br

22 e 23/8/11

Alagoas – Maceió

sindjornal@uol.com.br

24 e 25/8/11

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

sindicato-rio@jornalistas.org.br

29 e 30/8/11

São Paulo – São Paulo

jornalista@sjsp.org.br

31/8 e 1/9/11

Rio Grande do Sul – Porto Alegre

sindjors@jornalistasrs.org

A iniciativa faz parte da cooperação estabelecida entre a FENAJ e a ONU Mulheres, celebrada no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, para o pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos e marcos internacionais referentes ao gênero, raça e etnia no Brasil e no mundo à luz da liberdade de imprensa. Conta com o apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

O curso é desenvolvido com assessoria técnica e financeira do Programa Regional de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza da Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai e do Programa Interagencial de Gênero, Raça e Etnia do Sistema ONU no Brasil, financiado pelo Fundo para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O curso ocorre no âmbito das atividades do Ano Internacional das e dos Afrodescendentes, estabelecido pelas Nações Unidas, e da Campanha do Secretário-Geral da ONU “Brasil: Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”.

Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas

Inscrições: 20/7 a 3/8/2011.

Investimento: gratuito, com certificado de 8h/aula emitido pela FENAJ e ONU Mulheres.

Período do curso: 8/8 a 1/9/2011.

Locais: Belém (PA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Informações:generoracaetniaparajornalistas.wordpress.com| grejornalistas@gmail.com

Participe das redes sociais do Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas:twitter.com/grejornalistasefacebook.com/grejornalistas

Jovem baiana assume a representação da Bahia e Sergipe na Fundação Cultural Palmares

de Urano Andrade.

No último dia 17, a baiana de 27 anos, Verônica Nairobi Sales de Aguiar foi nomeada como a nova representante da Fundação Cultural Palmares (FCP), nos estados Bahia / Sergipe. A jovem militante que traz no nome o resgate da identidade africana – Nairobi (rio cujas margens foram povoadas até a constituição da cidade que hoje é a capital do Quênia) -, já foi estudante do pré-vestibular Intstituto Cultural Steve Biko e hoje está concluindo o curso de História na Unijorge.

Em 2006, Nairobi foi coordenadora financeira do Centro Acadêmico de História Carlos Marighela, da Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e integrou o Núcleo de estudantes negras e negros da Ucsal “Makota Valdina”. Antes de assumir a representação regional da FCP, foi assessora parlamentar do vereador (PT) Moisés Rocha, na Câmara Municipal de Salvador e integrou a equipe do Instituto de Responsabilidade e Investimento Social (IRIS).

A luta pelos direitos e garantias de sobrevivência da juventude negra brasileira sempre foi um dos pilares desta jovem, tendo participado de importantes ações e campanhas em prol desta causa, como o Encontro Nacional de Juventude Negra, em 2007, e a Campanha Reaja ou Será Mort@, que luta contra o genocídio da comunidade negra.

“Acredito que precisamos trabalhar para construção de políticas publicas que estejam em consonância com as demandas postas pela sociedade civil. Pretendemos, em particular, pautar também as demandas geradas por um segmento sistematicamente desprivilegiado: a juventude negra. É importante considerarmos as construções já existentes de enfrentamento a violência racial entre a juventude negra quilombola, assim como também estar atentos aos quilombos urbanos para dialogar com segmentos da juventude negra favelada”, pontuou Nairobi Aguiar.

ACESSE A FONTE:

http://correionago.ning.com/profiles/blog/show?id=4512587%3ABlogPost%3A157210&xgs=1&xg_source=msg_share_post

terça-feira, 12 de julho de 2011

Reunião no Café do Mercado Público Porto Alegre: Para duplicar a produtividade no campo, na ação, no trabalho em si.

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Estivemos reunidos no bar café do mercado público   André de Jessus , Denise Flores e Flávio Teixeira do Angola Janga. Embora nós integrantes da ASSOBECATY, temos consenso,  quanto mais reduzir o tempo em reuniões mais chances de duplicar a produtividade no campo, na ação, no trabalho em si.

Amanhã fazem 7 dias da morte fulminante de Pai Ricardo de Ogum, ainda surpreende familiares e amigos

 

100_1333.jpg (1600×1200)Amanhã  fazem  7º dia  em que os familiares, amigos e filhos de santo  se despediram, de Pai Ricardo , 33 anos, que morreu no final da manhã da última quinta-feira(7/7/2011), após apresentar um infarto fulminante. O corpo foi enterrado no Cemitério Municipal de Guaíba.

Pai Ricardo  deixa muitos filhos de santo, além de um vazio muito grande na luta pela Gruta de Oxum e Pedra de Xangô, ele era um ativista da Comissão Permanente da Semana Municipal da Umbanda e das Religiões de Matriz Africana , no municipio de Guaíba, parceiro incondicional da ASSOBECATY.  Segundo a Pai Roni de Ogum , o seu companheiro   começou a manifestar  forte dor no braço, que foi se intensificando, ao mesmo tempo que avançava em direção ao peito durante a manhã. Levado até o hospital  Regional, o quadro se agravou às 11:30  ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, morrendo. 

ONU organiza comemoração do 10º aniversário da Declaração e do Plano de Ação de Durban

 

Participação de organizações não governamentais pode ser pleiteada até sexta-feira (15/07), através de questionário preenchido conforme orientações detalhadas nesta matéria

A Assembléia Geral das Nações Unidas (AGNU) está organizando uma jornada de Alto Nível para comemorar o décimo aniversário da adoção da Declaração e do Plano de Ação de Durban. A ação está prevista para acontecer em setembro deste ano, na cidade de Nova York. A reunião, cujo tema será “Vítimas do racimo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatas: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, coincide com o Ano Internacional dos Afrodescendentes.
A Declaração de Durban – um plano de ação da comunidade internacional para combater o racismo, foi adotada por consenso em 2001, quando da Conferência Mundial das Nações Unidas contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e intolerâncias correlatas, que ocorreu em Durban, na África do Sul. O Plano apresenta uma agenda inovadora e direcionada ao combate de todas as formas de racismo e de discriminação racial.
Participação das ONGs
A reunião de Nova York prevê a participação de organizações não governamentais (ONGs), por considerar que os atores da sociedade civil são essenciais para combater todas as formas de racismo. Um representante de ONG falará durante a Sessão Plenária de abertura e algumas representações serão convidadas a participar das mesas redondas, assim como outras poderão acompanhar os debates. Porém, todos deverão ter suas atividades relacionadas ao combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e intolerâncias correlatas.
Programação:
Quinta-feira - 22 de setembro, 9h, abertura da Reunião na sala da Assembléia Geral, na sede das Nações Unidas, em Nova York, seguida de uma breve cerimônia. Das 11h às 13h e das 15h às 18h, duas mesas redondas. Das 18h às 19h, sessão plenária de fechamento com a apresentação da síntese das mesas redondas e de uma declaração política.
Como preencher o questionário, solicitando participação:
1 - Primeiro Passo -  Preparação: perfil da organização - Antes de começar,  verifique aqui se a sua organização tem o perfil cadastrado no CSO Net do Departamento de Assuntos Economicos e Sociais (DAES) das Nações Unidas, com identificação e senha. Em seguida, vá para Consultative Status.
- Normalmente, as ONGs que participaram anteriormente de reuniões das Nações Unidas em Nova Cork, já possuem perfil registrado. Se a sua organização não tem o perfil registrado, poderá criá-lo aqui
- Para acelerar sua solicitação, selecione "Apply for ECOSOC Status". Ainda assim, a aprovação pode demorar até 48 horas. Você receberá uma mensagem eletrônica com sua identificação e senha e poderá completar os passos da inscrição.
2 - Segundo passo - Vá até a página do questionário da CSO Net. Consulte: http://goo.gl/9lFAF  e siga as instruções. O questionário será aberto.
3 - Terceiro passo. Marque “Fill Out Form.” - Será solicitada sua identificação antes de completar o formulário.
4 - Quarto passo. Marque  "Submit" - Você receberá uma página de confirmação com um número de referência e sua organização será contatada após a consideração dos Estados Membros.

Coordenação de Comunicação SEPPIR

FONTE:

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Seminário de Mulheres Negras, está prometendo em !

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Angelica Mirinhã ( CMP) e Mãe Carmen de Oxalá ( ASSOBECATY) que compõem o movimento 13 de maio abolição não conclusa para as  mulheres negra, se reuniram ao meio dia no Mercado Público, para almoçar e  tratar do Seminário Mulheres Negras no Poder, Rio Grande do Sul,Brasil e na America Latina em Alusão ao dia 25 de Julho Dia da Mulher Afro, Latina, Ameticana e Caribenha.

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O entusiasmo é muito grande, Angelica identificou uma liderança feminina do Morro Santa Tereza, que estava almoçando, no mesmo restaurante , se dirigiu a eles e  formalizou o convite. 

Pedacinho da África em Nova Iguaçu: cidade tem primeiro museu de Iorubá do Rio de Janeiro

Antonio Montenegro, o diretor do museu Foto: Thiago Lontra / Extra
Cíntia Cruz

Entrar no Instituto de Pesquisa Afro-Cultural Odé Gbomi, em Nova Iguaçu, é como estar em casa. A música ambiente, a recepção seguida de um bate-papo educativo e os quitutes servidos diferenciam a instituição, que foi elevada à categoria de museu recentemente.

Há três anos, o espaço realiza palestras, cursos, oficinas, e abre ao público um acervo com cerca de 300 peças de cunho africano. O reconhecimento, no entanto, só veio há um mês.

— Depois de participarmos da 9 Semana de Museus, fomos reconhecidos pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), no dia 18 de maio, e identificados como único museu de cunho iorubá do Rio — comemora o diretor do instituto, o babalorixá Antônio Montenegro.

Cercado por livros, esculturas e jóias africanas, Antônio justifica a procura pela instituição, principalmente de professores da rede pública.

— Nosso museu é bem atípico para que pessoas se sintam em casa. Tem comida e música para mostrar que a simplicidade do povo iorubá continua.

O Museu Odé Gbomi fica na Rua Carlos Acyole, 288, no Valverde, em Nova Iguaçu. Telefone: 3766-6729.

Em debate: As sacolas pásticas, artigo de Jean Marc Sasson

: lixo, reciclagem, resíduos sólidos

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[EcoDebate] No dia 16/07, a Lei estadual do Rio de Janeiro nº 5.502/2009  fará seu primeiro aniversário desde que entrou em vigência. Contudo, neste tempo, não obteve o resultado esperado.

A lei em questão obriga os estabelecimentos comerciais a realizarem a substituição de sacolas plásticas reutilizáveis, isto é, aquelas que sejam confeccionadas em material resistente ao uso continuado, que suportem o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral e que atendam à necessidade dos clientes. As microempresas, pequenas e demais estabelecimentos terão o prazo de três, dois e um ano respectivamente para promover a coleta e a substituição das sacolas. Caso não consigam estabelecer esta mudança no prazo estabelecido, estarão obrigados legalmente a conceder desconto ao consumidor no valor de R$ 0,03 no preço final da compra, valor a ser corrigido regularmente pela inflação ou permutar 1 kg de arroz ou feijão para cada 50 sacos plásticos apresentados por qualquer pessoa.

Segundo a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), são usados e descartados por mês, no estado, cerca de 200 milhões de sacos plásticos. A principal função do saco plástico é o acondicionamento doméstico dos resíduos sólidos. Mas esta função também pode ser exercida facilmente pelo jornal, bastando apenas conscientizar a população em modificar este velho hábito, tendo em vista que o jornal levaria apenas 6 meses para se decompor.

O plástico em questão é composto por Polietilenos, Polipropilenos e ou similares, derivados do petróleo, cuja decomposição leva “meros” 400 anos. Alternativas como o chamado plástico ecológico, biodegradável e derivado de alimentos como milho, cana de açúcar, mandioca, etc., apesar de se decompor em três meses, também impacta o Meio Ambiente ao emitir gases de Efeito Estufa e produzir chorume, além de competir na produção de alimentos para a população. Já o oxi-biodegradável que é aquele plástico que recebe um aditivo químico para acelerar seu processo de degradação cuja decomposição é de dezoito meses. Contudo ele não é considerado biodegradável por não atender normas técnicas nacionais e internacionais sobre biodegradação. Ao se decompor divide-se em milhares de partículas plásticas invisíveis a olho nu, virando um pó cuja destinação poderá ser rios, lagos e mares, significando que Seres Humanos e animais poderão beber involuntariamente plástico oxidegradável. Há ainda as sacolas feitas de papel cuja resistência é muito pequena quando molhado e a decomposição é de no máximo quatro semanas.

Diante de diversas possibilidades, não vejo nenhuma melhor que adotar a bolsa retornável. Cada consumidor teria a sua, não necessitando que o estabelecimento conceda as sacolas plásticas.

Outro fator de desestímulo é o valor irrisório de desconto. Convenhamos que o valor de R$ 0,03 é ínfimo e não incentiva o não uso. Para o criador da lei, Carlos Minc, o valor é correto, por ser o valor real da sacola. Se fosse um valor maior, os estabelecimentos comerciais passariam o prejuízo ao consumidor. Que passassem! Acredito que se o consumidor deseje utilizar a sacola plástica deveria pagar para tê-la, semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos e Europa cuja população, conscientizada na sua grande maioria, já utiliza sacolas de pano retornáveis sem que haja uma lei para tanto.

Enquanto o Rio de Janeiro incentiva a diminuição do uso da sacola, municípios como Belo Horizonte e São Paulo proibiram o seu uso. No caso de Belo Horizonte, em vigência desde fevereiro de 2011, os estabelecimentos deverão substituir suas sacolas por sacolas ecológicas sob pena de multa de R$ 1000,00, R$ 2000,00 em caso de reincidência e cassação do alvará do estabelecimento. Já São Paulo, a proibição vale a partir de Janeiro de 2012 sob pena prevista na Lei federal de Crimes Ambientais no valor de R$ 50,00 a 50 milhões de reais.

Infelizmente, no Brasil a conscientização da população é realizada apenas a partir de leis proibitivas onde a multa por descumprimento é geralmente alta. Vejam o exemplo do uso de cinto de segurança em automóveis e a Lei Seca. Apenas quando passaram a ter forte fiscalização e multas pesadas, ambas as leis começaram a ser cumpridas e entraram no hábito carioca. Projetos de conscientização para incentivar o uso ou desuso, conforme o caso, nunca são objetos do Poder Público. Inclusive, a lei em tema prevê no artigo 5º a inclusão da conscientização da população acerca dos danos causados pelo material plástico não-biodegradável utilizado em larga escala quando não descartado adequadamente em condições de reciclagem e, também, acerca dos ganhos ambientais da utilização de material não- descartável e não-poluente na Política Estadual de Educação Ambiental, instituída pela Lei nº 3.325/1999.

Por fim, não vejo a sacola plástica como a grande vilã. De certo, há outros meios menos impactantes que a sacola. Mas o grande problema não é a sacola em si, mas sim a sua destinação. Se ela fosse reciclada nos mesmos índices das latas de alumínio, não haveria o questionamento acerca da sua decomposição e preocupação com a contaminação de rios, mares e animais.

O plástico, sobretudo o ecológico, por ser um material resistente é necessário no nosso dia-a-dia. Mas deveria haver uma conscientização sobre o seu uso e sua destinação.Com a reciclagem, estaríamos livres de todos os males provocados pela sacola plástica.

Jean Marc Sasson, Advogado, Gestor Ambiental pós-graduado pela Coppe/UFRJ