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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Receita de ano novo Por Carlos : Drummond de Andrade


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Enviado por :Edna Marajoara

História do capoeirista Mestre Pastinha ganha livro ilustrado

Publicado em 28 de janeiro de 2012 por Victoria Almeida

A ilustração do livro ficou a cargo do artista Cau Gomez

O período compreendido entre o fim de século 19 e os anos 1970 foi crucial para a Bahia. Foi nesse intervalo de tempo que o (hoje corrompido) conceito de baianidade surgiu e se consolidou no inconsciente coletivo.É uma das figuras mais importantes na construção deste conceito foi Mestre Pastinha (1889-1981), o maior praticante e divulgador de capoeira angola desde sempre.

Depois de contar a história do capoeirista no livro Pastinha, o Grande Mestre da Capoeira Angola (Série Gente da Bahia, editado pela Assembleia Legislativa em 2009), escrito em parceria com Otto Freitas, o jornalista José de Jesus Barreto volta ao personagem histórico no encantador Pastinha: O Menino que virou Mestre de Capoeira.

Dirigido ao público infantojuvenil e ilustrado pelo artista Cau Gomez (da equipe de A TARDE), o livro sai pela editora local Solisluna e tem lançamento  nesta sexta-feira em Salvador.

“O livro da série Gente da Bahia teve uma procura muito grande, porque ainda não havia nada sobre Pastinha. Aí o pessoal da Solisluna entrou em contato comigo com a ideia de um livro para crianças, em cima daquela história”, conta José.

Para encurtar a história, o autor extraiu o grosso da narrativa para o livro ilustrado de uma longa entrevista que Pastinha concedeu a Roberto Freire para a revista Realidade, em 1967.

“Foi nessa entrevista que ele contou como um velho capoeirista angolano, Benedito, lhe ensinou  a capoeira, para ele não ficar apanhando dos outros meninos no Pelourinho”, conta.

“O livro conta essa história quase na íntegra. Depois fala um pouco do que é a capoeira, o  berimbau, os principais golpes”, descreve. “Depois eu e Eneas Guerra (da Solisluna) escolhemos Cau Gomez, que é premiadíssimo e tem um trabalho  fantástico,  para ilustrar”, diz.

“Graças aos desenhos de Cau, o livro se transformou numa pequena obra de arte”, elogia. Para Zé de Jesus, Pastinha ainda foi muito mais do que um mestre de capoeira. “Ele era um filósofo, um pensador. É um orgulho muito grande falar de Pastinha, um verdadeiro mito ao lado de Caymmi, Jorge Amado, Pierre Verger –  o pessoal que fez a Bahia ser o que é”, afirma.

“Infelizmente, a Bahia é muito ingrata com seus filhos mais valorosos. O  baiano reconhece muito pouco os seus heróis. Hoje, ele só se interessa em remexer a bundinha”, dispara.

Esculpindo Pastinha - Já Cau Gomez espera iniciar uma nova fase na carreira com mais este belo trabalho. “Esse livro é  meu xodó, eu o vejo como um passaporte para uma linguagem nova para mim, que é a literatura infantojuvenil”, diz.

Para Cau, o mais difícil foi criar a imagem do Pastinha menino, devido à escassez de documentos dessa fase de sua vida. Como talento e inteligência não lhe faltam, logo o artista criou um método próprio.

“Como no You Tube tem muito material do Pastinha, eu dava pause na imagem dele e ia congelando o frame em vários ângulos diferentes”, conta.

“Aí fui tentando achar a figura dele criança. Foi como esculpir com a imaginação, a partir dos diversos ângulos do rosto do Pastinha. Depois de alguns esboços, cheguei na imagem que está no livro. Foi um grande desafio”, descreve.

Cau, que já jogou capoeira regional, conta que outro atrativo para ele foi a sensibilidade artística. “É uma história difícil, ele sofreu a perseguição que hoje é chamada de bullying, mas superou através da capoeira. E era muito sensível às artes, à pintura, estudou no Liceu de Artes & Ofícios, é uma história maravilhosa”, conclui.

Serviço

Lançamento do livro “Pastinha: O menino que virou Mestre de capoeira”, de José de Jesus Barreto e Cau Gomez

Local: Livraria Cultura do Salvador Shopping

Data: sexta-feira, às 18h

Fonte: A tarde – Chico Castro Jr

domingo, 29 de janeiro de 2012

Colóquio Internacional – Culturas Jovens: Afro-Brasil América – Encontros e Desencontros

 

Publicado em 31 de janeiro de 2012 por Victoria Almeida

29 de janeiro de 2012

Por: Jorge Luís Rodrigues dos Santos

Repassando,

Mais informações e inscrições no site: www.culturasjovens.fe.usp.br

O Colóquio Internacional – Culturas Jovens: Afro-Brasil América pretende instaurar um espaço de debate sobre o tema apoiado no conceito de telescopia histórica. O hip hop, com seu apelo universal, cada vez mais marcado pelo policulturalismo e pelo hibridismo, exerce um papel essencial na formação dos jovens, auxiliando-os a compreender o mundo em que vivem. Além de ter gerado muitas ocupações, criou uma forma de comunicação entre culturas distintas. É, ainda, caudatário de uma longa e extensa luta política dos afro-americanos pelos direitos civis e de afirmação étnica do movimento Black Power, que inaugura, entretanto, uma nova forma de militância com ênfase na dimensão cultural, culminando em um movimento multinacional e agregador no mundo inteiro.

A menção aos quilombos no rap brasileiro põe em ação o que Béthune (2003) chamou de telescopia histórica: atualizar no presente um clamor do passado, ou seja, o desejo de liberdade e de reconhecimento, que hoje se traduz pelo caráter crítico-destrutivo de suas letras e de afirmação étnico-social, denunciando a desigualdade e exigindo tudo aquilo que vem sendo negado ao povo brasileiro, particularmente aos afro-descendentes.

Um fenômeno da cultura, que em sua intersecção local com a ordem mundial, permite ressignificar identidade, cultura e territorialidade dos renegados desse mundo globalizado. Esgotada a via política de transformação, o reggae e depois o rap promoveram uma nova revolução –- a cultural – sempre fazendo apelo às raízes.

Eixos do Colóquio:

Os principais eixos que nortearão o debate serão:

1º dia: O hip hop: Cultura jovem, história e resistência

2º dia: Formação, identidade cultural e musicalidade

3º dia: Telescopia histórica: cultura afro-popular e movimento negro

Responsáveis (da FEUSP) pelo Evento:

Comissão organizadora:

Profa. Associada Mônica do Amaral [Presidente da Comissão]

Profa. Associada Carmem Sylvia Vidigal Moraes (FEUSP)

Profa. Dra. Flávia Inês Schilling (FEUSP)

Vinicius Puttini (Pesquisador da FEUSP)

Raquel Martins (Pesquisadora Bolsista da FAPESP)

Luciana Dadico (Doutora pelo IPUSP)

Djalma de Leite (Pesquisador Bolsista da FAPESP)

Cláudia Dias Prioste (Doutoranda pela FEUSP)

Tatiana Karinya Rodrigues (Mestre pela FEUSP)

Ana Cláudia Florindo (Bolsista do Colóquio)

Amanda Maramaldo Vieira (Bolsista pela Pró-Reitoria)

Pablo Pamplona (Pesquisador Bolsista da FAPESP)

Comissão Científica:

Profa. Associada Mônica do Amaral (FEUSP)

Profa. Associada Carmem Sylvia Vidigal Moraes (FEUSP)

Profa. Dra. Iray Carone (IPUSP)

Profa. Titular Maria Cecília Cortez Souza (FEUSP)

Profa. Dra. Flávia Inês Schilling  FEUSP

Apoio:

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Programa de Pós-Graduação em Educação da FEUSP

sábado, 28 de janeiro de 2012

Baba Xandeco defende a Segurança Alimentar em Entrevista na TVE

169084_151125278279802_100001469926256_305062_2135752_nPESSOAL ASSISTAM A ENTREVISTA POR MIM CONCEDIDA A TVE NO FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO , ONDE DEFENDO A SEGURANÇA ALIMENTAR E OS DIREITOS SOCIAIS DO NOSSO SOFRIDO POVO DE MATRIZ AFRICANA SÃO DEFENDIDOS.

VAI AO AR NESTE DOMINGO:

PROGRAMA: NAÇÃO

DOMINGO: DIA 29 DE JANEIRO HORÁRIO: 18:30

REPRISE: TERÇA FEIRA 31 DE JANEIRO

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Quilombo Oliveira Silveira é inaugurado

 

26/01/2012 por Da Redação  Áfricas

Cláudio Isaías

MARCOS NAGELSTEIN/JC

Luiza (2ª da dir. para a esq.) visitou as tendas e falou com militantes

Luiza (2ª da dir. para a esq.) visitou as tendas e falou com militantes

Com a presença da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, foi realizada ontem a inauguração oficial do espaço Quilombo Oliveira Silveira, no Largo Zumbi dos Palmares, no segundo dia de atividades do Fórum Social Temático. O local possui sete tendas onde são realizados debates sobre temas como cotas para negros na educação e no serviço público, perseguição às religiões de origem africana, saúde da população negra e comunidades quilombolas.

Durante uma hora, Luiza visitou as tendas e conversou com militantes negros. “É um espaço importante para marcar as reivindicações da população negra como o combate ao racismo”, explica. Segundo ela, a promoção da igualdade racial é um elemento essencial da justiça social e da democracia.

Para Luiza, os avanços somente vão ocorrer quando os negros estiverem ocupando espaços de poder que garantam a realização das políticas públicas. “Não é somente a Seppir. É necessário ter órgãos estaduais e municipais da mesma natureza extremamente fortes e organizados”, comenta. De acordo com a ministra, uma estrutura em nível federal ajuda, mas não é suficiente para atender a todas as reivindicações dos negros.

O presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Edson França, elogiou a criação do espaço na Capital em homenagem a Oliveira Silveira, um dos criadores do Dia da Consciência Negra. No entanto, França ressaltou que está na hora de discutir temas como o racismo da sociedade brasileira, a violência policial contra jovens negros e cotas. “Somos 50% da população brasileira e temos direitos de ter acesso a políticas públicas afirmativas”, comenta. Para José Antônio dos Santos da Silva, um dos coordenadores do espaço Oliveira Silveira, é preciso que as políticas públicas afirmativas se tornem realidade. “Os negros querem o seu espaço na sociedade. É preciso que os governos estadual e municipal dialoguem com os movimentos negros”, acrescenta.

No Largo Zumbi dos Palmares, a ministra participou ainda do encontro 10 Anos de Articulação da Rede Quilombos do Sul. A atividade promoveu avaliações sobre uma década de atuação da organização, que reúne cerca de 20 comunidades do Rio Grande do Sul. Além disso, foi realizado um balanço das perspectivas da luta quilombola no Brasil.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mãe Carmen de Oxalá : DIVULGA A CARTA ABERTA ÀS COMUNIDADES BRASILEIRAS DE TERREIRO

 

Porto Alegre, 25 de Janeiro de 2012.

Agô – Saravá – Motumbá – Nossos Respeitos às autoridades religiosas de todo país.

DSC04831Os participantes da Oficina Juventude X Terreiros, enfrentamento as drogas, DSTs/Aids realizada pelo MOPS/RS – Movimento Popular de Saúde do Rio Grande do Sul, na tarde deste dia, reunidos pelo Forum Social Temático no Quilombo Oliveira Silveira, vem participar aos Srs. e Sras. que discutimos o papel dos Povos de Terreiro no enfrentamento às drogas assim como questões relativas às doenças sexualmente transmissíveis, entre outras demandas. A questão da prevenção vem lincada a uma questão social mais ampla, o que sucitou um aprofundamento do debate sobre saúde , educação, vulnerabilidade social, racismo institucional, segurança pública e alimentar, tendo, dessa maneira, gerado demandas a fim de que a sociedade de um modo geral tomem conhecimento, as comunidades de matriz africana tomem ciência e o poder público encaminhe providências.

Neste sentido, providenciamos esta carta para denunciar o processo de intolerancia religiosa oriunda da negligencia gerencial da política de distribuição das cestas alimentícias entregues neste município e demais do estado do Rio Grande do Sul pelo FORMA/RS – Forum de Religiosos de Matriz Africana/RS.

Religiosos de Matriz Africana, presentes nesta oficina, posicionaram total apoio à criação daComissão dos Desassistidos pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional conduzida pela entidade acima referenciada, onde o Babalorixá Xandeco de Xangô, conselheiro do CONSEA – Coordenador do MOPS/RS, presidente da Associação Clara Nunes, tomou a iniciativa, questionando com veemência estas práticas anti-democráticas do ponto de vista do processo histórico defendido pelas Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.O grupo atuará dentro do quarto eixo relativo as políticas públicas para as Comunidades Tradicionais do CONSEA RS.

O fator da insatisfação das 200 pessoas presentes, em grande parte de entidades representativas dos Movimentos Sociais e de Terreiro (devidamente credenciadas pelas listas de presença e registros em ata), deriva da suspenção arbitrária,sectária e corporativista das cestas, com motivações que desconhecemos e que questionadas, jamais foram declaradas. Não é possível que em um estado que promove fomentos para a erradicação da fome e da miséria, tal situação se instale na contra-mão da história,e da universalização do acesso a alimentação.

A manifestação aqui formulada não pretende e nem deve ferir pessoalmente a nenhum irmão ou irmã religiosa.Porém, a ingerência de políticas públicas deve ser fiscalizada e denunciada sob pena de estarmos incorrendo em omissão,conivência e violação desta legislação nutricional vigente e específica . Outrossim, nesta mesma tarde apresentamos denúncia formal à Ministra Luiza Bairros que se encontrava presente e acolheu a manifestação encaminhando para que sejam tomadas as providências cabíveis.

Desta feita, fica instalada no CONSEA/RS a Comissão dos Desassistidos da Política de Segurança Alimentar e Nutricional a partir desta data e presenciada pelas entidades abaixo citadas participantes da Oficina.

Associação Clara Nunes

Associação Cultural beneficente Cultura Africana Templo de Yemanjá

Associação de Comunicação Conexão Comunitária

CONSEA/RS

MOPS /RS

MOPS Nacional

IACOREQ/ RS

SEPPIR

CEAG – Bahia

MONABANTU

SER – Cut/RS

CM Mulher

MOCAMBO

Frente Nacional de Mulheres do HIP HOP

Quilombo Raça e Classe CONLUTAS

Quilombo de Palmas – Bagé

Quilombo Candiota

Quilombo Várzea das Bahiana

Quilombo solidão das Pedras Altas

Coletivo Afronta

ministério da Saúde/ Secretaria Gestão Estratégia e Participativa

SMED Porto Alegre

Gabinete de Politicas Pública para o Povo Negro POA/RS

SMED Alvorada

COPPIR

UNEGRO Minas Gerais

UNEGRO/RS

ACBANTU

MNU/RS

Secretaria Municipal de Saude – PMPA/POA

IBGE Solidário

SECOM – Secretaria Estadual de Comunicação e Inclusão Digital

UNESCO

Conselho Fiscal de Saúde

Escola Estadual IBA Ilha Moreira

Arquipedra – Coletivo de Comunicação

CSP Conlutas

Ministério das Relações Exteriores

Bilioteca do Negro de Viamão

Ka Te Espero

SBCA

Instituto Refloresta

Instituto Nova Vida

Quilombo Barra do Cadinta

CDS Partenon

Ylê Mãe Oxum

Secretário de Dilma morre por falta de atendimento

Por racismoambiental, 20/01/2012 12:46

Duvanier Paiva, que cuidava do funcionalismo federal, passou pelos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, mas, sem um talão de cheque, foi barrado. Polícia vai investigar o caso

Gustavo Henrique Braga e Gabriel Caprioli

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu às 5h30 de ontem, aos 56 anos. Após sofrer um infarto agudo do miocárdio quando estava em casa, na 303 Sul, foi levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Mas, sem um talão de cheques em mão, teve o atendimento negado. Ele era conveniado da Geap, plano não coberto pelos dois hospitais, segundo as centrais de atendimento. Quando chegou ao Hospital Planalto – o terceiro na busca por uma emergência -, o quadro já estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Procurado pelo Correio, o Hospital Santa Lúcia informou que o caso estava sendo avaliado pelo seu Departamento Jurídico. O Santa Luzia garantiu não ter qualquer registro da entrada de Duvanier na emergência. “Iniciamos um levantamento para verificar o assunto”, assegurou Marisa Makiyama, diretora técnica assistencial do estabelecimento. O Hospital Planalto ressaltou que não se pronunciaria devido ao fim do expediente. Duvanier era o responsável pela gestão dos servidores públicos federais e o homem forte da presidente Dilma Rousseff para liderar as negociações com sindicatos e demais entidades representantes do funcionalismo.

O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, afirmou que, diante das denúncias de servidores e dos relatos levados a ele pelo Correio, abrirá inquérito para apurar as condições e o atendimento recebido por Duvanier Paiva nos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Se comprovado que houve negligência, os responsáveis poderão ser punidos. A exigência de cheque, cartão de crédito ou outros valores a título de caução para pacientes que alegam possuir plano de saúde é expressamente ilegal.

Órgãos de defesa do consumidor ouvidos pelo Correio consideraram gravíssima a recusa de atendimento a Duvanier, vítima de infarto. O artigo nº 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina, em seu inciso 5º, que o prestador de serviço não pode exigir “vantagem manifestamente excessiva” do consumidor – caso no qual se encaixa o caução, uma vez que o próprio plano de saúde é a garantia do hospital.

Estado de perigo – Desde 2003, a Resolução Normativa nº 44 daAgência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também proíbe a cobrança de qualquer tipo de garantia adicional antecipada ou durante a prestação de serviço. “Não é só ilegal. É muito ilegal. Além dessas regulamentações específicas, o Código Civil protege o cidadão das cobranças abusivas no que é classificado como Estado de Perigo, que são essas situações extremas na qual o sujeito está defendendo a própria vida, como quando ele chega a um hospital buscando atendimento de emergência”, enfatizou Joana Cruz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O diretor-geral do Procon-DF, Oswaldo Morais, afirmou que a recusa de atendimento é injustificável, uma vez que a identificação do paciente junto ao plano de saúde é simples de ser feita. “Os hospitais conveniados mantêm contato permanente com as operadoras. Com o número do CPF, é perfeitamente possível saber se a pessoa tem ou não o plano”, afirmou. E mesmo no caso de o hospital não aceitar o plano do paciente, o atendimento, diante do risco de morte, deve ser feito do mesmo jeito, com ressarcimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Morais ressaltou que o Procon pode intervir imediatamente na questão, caso seja acionado. “Nas situações em que somos avisados, podemos entrar em contato com o hospital ou com a operadora e tentar solucionar a questão rapidamente”, completou. Quando há prejuízo à saúde ou nos casos de morte pela negativa do atendimento, a família deve procurar a Justiça – nos Juizados Especiais Cíveis, em ações menores do que 40 salários mínimos ou na Justiça comum, para processos com valor acima desse teto.

Joana Cruz, do Idec, assinalou que não há números precisos para esse tipo de ocorrência, mas que as reclamações de exigência de cheque-caução na rede privada de hospitais são corriqueiras. “Foi exatamente por essa frequência que a ANS baixou essa determinação”, concluiu.

http://saude.empauta.com/saude/mostra_noticia.php?cod_noticia=1006634062&utm_campaign=empauta+mail&utm_medium=mail&utm_source=empauta&autolog=eJwzMDAwNjcyMDS3MDIAUmAEACkpA–2. Enviada por José Carlos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NOTICIAS DA CIDADE DE BAGE- SAÚDE DA POPULAÇAO NEGRA

Gestores, profissionais de saúde, movimento negro e quilombola reuniram-se para debater a saúde da população negra e quilombola em Candiota
Na última sexta, 13 de janeiro no município de Candiota ocorreu o 1º Seminário sobre saúde da População Negra e Quilombola com ampla participação do Movimento Social Negro e Quilombolas, sendo uma realização da Secretaria de Saúde de Candiota e organizado pelo Centro de Estudos e Cultura Afro-brasileiro Kilombo de Bagé, o evento também contou com apoio do convênio Prociba/Oraper(Programa cidadão Bagense/Oficinas Regionales Analises Políticas Equidad Raciales), que estão conveniados para desenvolver políticas públicas e programas para equidade racial  em toda região, a partir de experiências em outros países da América Latina.

      O evento contou com a presença da Prof.ª do curso de medicina da UFRGS e pós doutora em medicina, Lúcia Silla, o chefe do Serviço de Auditoria do SUS no RS, Stênio Dias Pinto Rodrigues; Presidente da Associação Gaúcha de Anemia Falciforme, Neusa Carvalho e a Conselheira Estadual de Saúde, Sandra Gomes da Silva. O objetivo do seminário foi alertar e capacitar os profissionais da saúde para as especifidades da saúde da população negra. O Prefeito Luiz Carlos Folador abordou em seu pronunciamento sobre as Políticas Públicas implementadas pelo município para a população negra e quilombola assim como ressaltou a importância do evento, que tem como  objetivo debater e buscar ações em relação a igualdade racial. O Secretário Ancelmo Camillo agradeceu a organização do evento e afirmou que irá implantar as políticas apresentadas no seminário. O evento teve representação do Quilombo Candiota, Quilombo de Palmas, Comitê Técnico da Saúde da População Negra de Bagé e outras representações. César Jacinto responsável pela organização agradeceu a todos ressaltando a parceria com a Secretaria de Saúde de Candiota e o apoio do Prociba/Oraper no desenvolvimento das atividades regionais para equidade racial.

Postado

Blog do Jacinto

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Oficina Valores Civilizatórios Afrobrasileiros: em busca da cidadania plena

A Associação Mocambo realiza a Oficina Valores Civilizatórios Afrobrasileiros: em busca da cidadania plena durante o Fórum Social Mundial/2012 traz o projeto “A Cor da Cultura” como protagonista do debate acerca da aplicação da Lei 10.639/2003, que trata da obrigatoriedade da inclusão da História da África e da Cultura Afrobrasileira no currículo escolar da rede escolar público e privado do ensino fundamental e médio, construindo uma relação direta com a territorialização e o pertencimento do povo negro aos seus espaços de resistência sócio cultural na sociedade brasileira.

A Cor da Cultura é um projeto social de valorização do patrimônio cultural afrobrasileiro e de reconhecimento da história e da contribuição da população negra à sociedade brasileira. O projeto deseja ser uma contribuição efetiva para a aplicação da Lei 10.639/2003, aspirando também lançar bases para a sustentabilidade e autonomia na utilização dos materiais e metodologias para o fortalecimento das redes de educadores e de multiplicadores.

A MOCAMBO é um projeto social em defesa da cultura afrodescendente e de seu pertencimento na história brasileira. A Associação de Moradores e Amigos da Cidade Baixa _ MOCAMBO, carrega em sua história referências que comprovam seu compromisso: seja na criação do CRAB (Centro de Referência Afrobrasileira); em integrar a primeira Griôta reconhecida pela cidade de Porto Alegre Professora Elaine Rodrigues ou ao protagonizar a consolidação do Museu do Percurso do Negro em Porto Alegre, entre outras conquistas de referência estrutural e de marcação territorial da cultura negra.

O evento Valores Civilizatórios Afrobrasileiros: em busca da cidadania plena, propõem debater os conceitos e africanidades brasileiras. A Mocambo entende que a participação ativa da sociedade civil, antiracista e pela promoção da igualdade racial deverá ser efetiva, portanto a necessidade de capacitar e proporcionar a territorialização dessa referência, o seu pertencimento em forma de estrutura real.

O tema nos remete a buscar uma análise-avaliação das políticas públicas de ações afirmativas em desenvolvimento, bem como a inserção das organizações afins, nessas políticas. Propomos uma redefinição de agenda, focando na estruturação dos espaços afro-culturais urbanos, nos terreiros, no pertencimento ao território negro.

Pretendemos realizar no Espaço Comunitário-Cultural Mocambo, na Avenida Loureiro da Silva, 1530, em frente ao Largo Zumbi dos Palmares, em Porto Alegre, através da roda de conversação e debate a partir dos valores civilizatórios afrobrasileiros_ circularidade, energia vital (axé), corporeidade, musicalidade, ludicidade, coletividade/ comunitarismo, oralidade, memória, religiosidade e ancestralidade.

1. Circularidade,Coletividade,comunitarismo _ o começo e o fim se imbricam, as hierarquias mudam, circulam; a energia transita num circulo de poder e saber que não se fecha nem se cristaliza, mas gira, circula, transfere-se, coopera.

2. Energia Vital, Axé, Religiosidade_ a revelação da circularidade da vida. Todos os elementos se relacionam entre si e sofrem influência uns dos outros. Tudo é sagrado, é divino. Todos os elementos da natureza, todos os seres. Os orixás são homens e mulheres jovens e idosos, crianças, alegres, guerreiros, dengosas, brigonas, doentes, com deficiência, homossexuais, bissexuais. Diversos e plurais.

3. Oralidade, Memória, Ancestralidade_ a fala, a palavra dita ou silenciada, ouvida ou pronunciada, tem poder. A transmissão oral da memória do Povo Negro. A lembrança descortinada, desenterrada. O passado, a sabedoria, os olhos das mais velhas (os), de quem traz no legado, de quem foi e é testemunha da história. A dimensão ancestral carrega o mistério da vida, da transcendência.

O evento será um espaço de atividades interativas permanente durante o período de realização do FSM/2012, no espaço Mocambo, tendo: cozinha afrobrasileira, bazar cultural, oficinas interativas com artistas convidados para confecção junto com os participantes, espaço lúdico infantil.

O QUE: Oficina Valores Civilizatórios Afrobrasileiros: em busca da cidadania plena

ONDE: Espaço Cultural MOCAMBO, Av. Loureiro da Silva, 1530_ em frente ao Largo Zumbi dos Palmares

QUANDO: 26/jan/2012, às 14h

QUEM: Associação MOCAMBO/RS

Responsável:

Elaine Rodrigues (51 81376198)

Coordenação:

Richard Gomes (51 84549648)

mocambo.poa@gmail.com

richardgomes11@hotmail.com

O Ilê de Mãe Camen de Oxalá Realiza o evento Público : EMBOLADÂO Parte I

O Ilê de Mãe Camen de Oxalá , protagoniza gestando 8 microprojetos território da paz. Realizando em praça pública da Avenida Lupicínio Rodrigues,  o evento público que foi chamado de Embolação, que integrou também outros microprojetos da Vila Bom Jesus de Porto Alegre- reunindo teatro, dança (hip-hop). A atividade também contou com as apresentações de microprojetos da Rede Cultura: capoeira do professor Gringo, dança por Luizinho e Alessandra, exposição do baner e proposta das crônicas a pessoas ali presentes, apresentação de chuva de flores e mensagem final pela professora Zélia Araujo Lima.

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