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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Abertas as inscrições para o curso gratuito “Trajetórias das Mulheres Negras no Brasil”

Data: 18/02/2015

Projeto contemplado pelo Prêmio Lélia Gonzalez, curso destaca a atuação de referências femininas negras em diferentes momentos da história brasileira. Inscrições vão até o dia 28 de fevereiro, pelo site http://www.amoead.com.br

Abertas as inscrições para o curso gratuito “Trajetórias das Mulheres Negras no Brasil”

Estão abertas as inscrições para o curso "Produção Intelectual de Mulheres Negras – Trajetórias das Mulheres Negras no Brasil", organizado pela Associação Mulheres de Odun (AMO). Realizado no âmbito das ações do Prêmio Lélia Gonzalez, o curso trata das produções de mulheres negras em vários períodos da história brasileira, relacionando com a trajetória geral das mulheres no Brasil. As inscrições vão até o dia 28 de fevereiro e podem ser feitas pelo site www.amoead.com.br . O curso tem início no dia 9 de março e será realizado na modalidade à distância, gratuitamente.

O projeto da AMO foi um dos contemplados pelo Prêmio Lélia Gonzalez, no âmbito estadual da premiação. Realizado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR) e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o concurso distribuiu R$ 2 milhões a projetos que envolvem mídias; campanhas; eventos (cursos, seminários, oficinas, encontros ou similares); produção de publicações, registro e memória, distribuídos em três eixos prioritários: Protagonismo da Organização; Enfrentamento ao Racismo e ao Sexismo Institucional e; Cultura e Comunicação para a Igualdade. No total, foram premiadas 13 instituições que atuam em âmbitos nacional, estadual e municipal, sediadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Amapá.

Lélia Gonzalez - (1935-1994), foi antropóloga e ativista e é referência dos movimentos negros e de mulheres. Seu legado é fonte permanente de inspiração para diversas ações de enfrentamento ao racismo e ao sexismo, bem como para iniciativas que visam ampliar a participação política das mulheres, especialmente das mulheres negras.

Fonte: http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2015/02/abertas-as-inscricoes-para-o-curso-201ctrajetorias-das-mulheres-negras-no-brasil201d

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Apartheid e Carnaval

 

fev 17, 2015

Por Adriana Vitória

Não posso imaginar nenhum cidadão da cidade do Rio de Janeiro que tenha conseguido crescer sem carregar uma dor interna causada pelo descaso e pela discrepante diferença social. Passei a minha infância sem conseguir entender porque podíamos viver com tanto conforto enquanto as crianças que viviam nos morros vizinhos a nossa casa, mal tinham o que comer ou vestir.35C1CACF1

Na minha adolescência a situação foi se agravando, pois as favelas só aumentavam. Governo após governo, a situação sempre piorava. Fique completamente chocada certo dia ao ver três crianças passando por um restaurante. De repente, elas meteram as mãos no prato de um cliente distraído sentado na varanda, pegarem a comida do prato as pressas e enfiarem na boca quase em desespero.

Na época, a maioria dos moradores das favelas era de negros. Na década de oitenta, continuavam sendo e assim a realidade é perpetuada até hoje. Os mesmos a quem, desde a colônia, foi negado o direito a educação, a dignidade e a vida. Quinhentos anos depois eles continuam sendo mortos, torturados e desrespeitados. Milhares de jovens morrem assassinados todos os dias, mas não são noticia. Hoje esses crimes passaram quase a ser um alivio pra muitos que os acham um incomodo. A zona sul da cidade não os quer em “suas” praias”, suas praças ou calçadas mas os tolera durante a maior festa do país senão do mundo, o carnaval.

Vivemos um apartheid há cinco séculos. Até hoje é raro, não só no Rio, mas em todo pais, ver um negro nas escolas privadas, universidades, dirigindo um bom carro ou em bons cargos profissionais e o país, acostumado a essa hipocrisia, aparenta não se lembrar, por falta de conhecimento ou por não querer mesmo, de que o Brasil é terra onde o europeu teve a “audácia” de se misturar aos nativos e escravos criando, assim, o povo brasileiro, portanto, com raras exceções, somos todos um pouco “raspa do mesmo tacho”.

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos.

Foram os  negros nos deram o ritmo, o samba, o vatapá, o candomblé, a yemanjá, a capoeira e um número infinito de coisas maravilhosas da nossa cultura, além, é claro, do que hoje é o carnaval no país que, mesmo não tendo origem brasileira, tem aqui a mais linda e glamorosa festa realizada em todo o mundo.

O carnaval que conhecemos, que atrai milhares de turistas todos os anos, que fornece milhares de empregos, que tira jovens das drogas e da vida precária, que gera milhões para governos corruptos e absolutamente negligentes foi, e é ainda é feito pelos descendentes de africanos, pela maioria favelada, que até hoje, boa parte das classes alta e média, insiste em escravizar e a tratar com desprezo 360 dias do ano, exceto quando pretendem sublimar seus preconceitos para poder participar da festa “deles”. E durante estes quatro dias de folia, os papéis podem ser invertidos. “Brancos” se fingem de negros e “negros”, de senhores. É o grande momento quando o negro, generosamente, recebe o branco que passa o ano o rejeitando, em sua escola.

São horas preciosas, onde eles não morrem de bala perdida, não fogem da policia ou usam o elevador de serviço. São os raros momentos do ano onde podem andar de cabeça erguida.

Aos olhos do mundo, somos todos pardos fazendo um grande espetáculo, mas aos olhos da nossa mídia perversa e hipócrita, o foco da festa são as celebridades e os convidados “brancos”. Além disso, quem faz a festa e não desfila não tem como assistir. Alguém já viu algum artesão da festa nos caros camarotes do samba?

Somos um país medieval de coronéis e senhores de engenho, mas como dizia o sábio Milton Santos, geógrafo e pensador, um dos raros negros deste país a conseguir escapar deste perverso sistema: “ Existem apenas duas classes sociais, a dos que não comem e a dos que não dormem com medo da revolução dos que não comem.” Isso definiria a população do Rio de Janeiro que hoje em dia não dorme mesmo.

Amo essa mistura de gente, raças e cores, mas não suporto mais tanta injustiça.

Estamos no meio de uma guerra civil interrompida até quarta feira de cinzas. Mas fazendo minhas as palavras de Miltom Santos: “Os negros ainda sorriem. Preocupa-me o momento que começarem a ranger os dentes.” Este dia acho que chegou.

Na imagem, um exemplo da beleza do povo e do espetáculo que é o carnaval brasileiro.

FONTE: http://www.contioutra.com/apartheid-e-carnaval/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Confira as imagens dos caminhões de alimentos do Projeto Ajeun Ilerá chegando na ASSOBECATY

 

Dia 13 de fevereiro é um dia muito especial, para a comunidade guaibense, por estar chegando os primeiros caminhões de alimentos do Projeto Ajeun Ilerá. IMG_2009

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Sede da Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá -ASSOBECATY      

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Guaíba, RS , Brasil.

A cultura negra é popular, pessoas negras não são” As festas “neotropicalistas” e a apropriação cultural indevida

por Andrei Nonato  no Festival Marginal

Cultura negra é popular, pessoas negras não são.

bbb tropicalistas

No Facebook, semanalmente surgem eventos em que abundam palavras referentes às religiões de matriz africana como “mironga”, “saravá”, “gira”, nomes de orixás e até mesmo palavras do yorubá (língua matriz no culto da Nação Ketu, do Candomblé, entre outros) como “obá” e “ilú”. As divulgações costumam explorar a estética “étnica”, “afro”, mostrando mulheres com turbantes, colares de contas (aludindo às guias e ilekês), cores quentes, padronagens. São festas alternativas às baladas de música bate-estaca, voltadas para o público descolado, universitário, que frequenta a Vila Madalena. Nessas pistas de dança é comum ver pessoas brancas carregando turbantes na cabeça [2], quando não cocares, pinturas aleatórias no rosto, dançando ao som de músicas brasileiras. A decoração não exita em utilizar imagens de orixás. Resumindo: são eventos que se apropriam de elementos afro-brasileiros (e também indígenas) para fazer dinheiro.

Essa banalização e mercantilização da cultura e religião afro-brasileira é muito desrespeitosa com o povo de terreiro e com as pessoas negras. Turbantes são vestimentas sagradas e símbolos de luta e resistência, orixás são divindades ancestrais e figuras de empoderamento. Eles devem ser valorizados e ostentados, sim, mas não em festas na Vila Madalena e regiões centrais elitizadas, por pessoas brancas que não sabem direito o significado e peso político e social daquilo que “festejam”.

É muito fácil saravar na balada. A afrorreligiosidade é muito atrativa quando é emburguesada, embranquecida e explorada ao som de MPB e regada a álcool. Deve ser interessantíssimo fumar um baseado e dançar a tecnomacumba da Rita Beneditto (Rita Ribeiro). Enquanto isso, imagens de Oyá são decapitadas [3], terreiros são invadidos e vandalizados pelo fanatismo cristão e a TV aberta exibe programas onde nossa fé é demonizada. Na periferia acontece o genocídio da população negra. Mas não há peso na consciência dos universitários que só querem “neotropicalizar”.

E não, visibilidade não é um argumento. A visibilização acontece quando religiosos de matriz africana e pessoas negras protagonizam suas pautas e levam suas vozes, seus rostos e sua cultura para a mídia, para a música, para a rua, e tornam seus símbolos patrimônio imaterial da humanidade, como aconteceu com a Capoeira [4].

Seria exagero pedir respeito? Não. Portanto sugiro às pessoas que frequentam tais eventos que gastem seu dinheiro, tempo e energia de maneira mais consciente. Se quiserem louvar aos orixás e ouvir o som da percussão sagrada, são muitas as opções de terreiros espalhados por São Paulo, com calendário repleto de festas públicas. Fica a dica.

Àse!

[1] Em premiações da MTV, artistas brancos como Iggy Azalea têm sido premiados em categorias de hip hop, ao invés de pessoas negras. “Fancy” é o nome da música onde Iggy canta e faz rimas imitando mulheres negra e da periferia.
Leia a matéria completa em: "A cultura negra é popular, pessoas negras não são" As festas “neotropicalistas” e a apropriação cultural indevida - Geledés
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A cultura negra é popular, pessoas negras não são” As festas “neotropicalistas” e a apropriação cultural indevida

por Andrei Nonato  no Festival Marginal

logo Revista Conexão Afro 13 de fevereiro- Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Cultura negra é popular, pessoas negras não são.

bbb tropicalistas

No Facebook, semanalmente surgem eventos em que abundam palavras referentes às religiões de matriz africana como “mironga”, “saravá”, “gira”, nomes de orixás e até mesmo palavras do yorubá (língua matriz no culto da Nação Ketu, do Candomblé, entre outros) como “obá” e “ilú”. As divulgações costumam explorar a estética “étnica”, “afro”, mostrando mulheres com turbantes, colares de contas (aludindo às guias e ilekês), cores quentes, padronagens. São festas alternativas às baladas de música bate-estaca, voltadas para o público descolado, universitário, que frequenta a Vila Madalena. Nessas pistas de dança é comum ver pessoas brancas carregando turbantes na cabeça [2], quando não cocares, pinturas aleatórias no rosto, dançando ao som de músicas brasileiras. A decoração não exita em utilizar imagens de orixás. Resumindo: são eventos que se apropriam de elementos afro-brasileiros (e também indígenas) para fazer dinheiro.

Essa banalização e mercantilização da cultura e religião afro-brasileira é muito desrespeitosa com o povo de terreiro e com as pessoas negras. Turbantes são vestimentas sagradas e símbolos de luta e resistência, orixás são divindades ancestrais e figuras de empoderamento. Eles devem ser valorizados e ostentados, sim, mas não em festas na Vila Madalena e regiões centrais elitizadas, por pessoas brancas que não sabem direito o significado e peso político e social daquilo que “festejam”.

É muito fácil saravar na balada. A afrorreligiosidade é muito atrativa quando é emburguesada, embranquecida e explorada ao som de MPB e regada a álcool. Deve ser interessantíssimo fumar um baseado e dançar a tecnomacumba da Rita Beneditto (Rita Ribeiro). Enquanto isso, imagens de Oyá são decapitadas [3], terreiros são invadidos e vandalizados pelo fanatismo cristão e a TV aberta exibe programas onde nossa fé é demonizada. Na periferia acontece o genocídio da população negra. Mas não há peso na consciência dos universitários que só querem “neotropicalizar”.

E não, visibilidade não é um argumento. A visibilização acontece quando religiosos de matriz africana e pessoas negras protagonizam suas pautas e levam suas vozes, seus rostos e sua cultura para a mídia, para a música, para a rua, e tornam seus símbolos patrimônio imaterial da humanidade, como aconteceu com a Capoeira [4].

Seria exagero pedir respeito? Não. Portanto sugiro às pessoas que frequentam tais eventos que gastem seu dinheiro, tempo e energia de maneira mais consciente. Se quiserem louvar aos orixás e ouvir o som da percussão sagrada, são muitas as opções de terreiros espalhados por São Paulo, com calendário repleto de festas públicas. Fica a dica.

Àse!

[1] Em premiações da MTV, artistas brancos como Iggy Azalea têm sido premiados em categorias de hip hop, ao invés de pessoas negras. “Fancy” é o nome da música onde Iggy canta e faz rimas imitando mulheres negra e da periferia.
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Carmen de Oxalá CONEXÃO AFRO
  (51) 81810404 / (51)  3055665

Confira as imagens dos caminhões de alimentos do Projeto Ajeun Ilerá chegando na ASSOBECATY

Dia 13 de fevereiro é um dia muito especial, para a comunidade guaibense, por estar chegando os primeiros caminhões de alimentos do Projeto Ajeun Ilerá. IMG_2009

Sede da Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá -ASSOBECATY      

IMG_2058   

Guaíba, RS , Brasil.

Mãe Carmen de Oxalá, saúda a força ancestral de Mãe Quina de Yemanjá, na retomada do Projeto Ajeun Ilerá

Eu e minha Greice, nos preparando, psicologicamente, para o grande dia. Dia de receber os alimentos do Projeto Ajeun Ilerá - Alimento saudável para todos ASSOBECATY., Viva a força ancestral que herdamos de Yá Quina de Yemanjá, chego a me emocionar em lembrar das quartas- feiras, a distribuição de sopa,para as crianças da comunidade do entorno do terreiro. O trabalho resistente e continuo ............... hoje, os caminhões com toneladas de alimentos. em todos os bairros de Guaíba. Greice e eu

 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Na retomada do Projeto Ajeun Ilerá – alimento saudável para todos, no bairro São Jorge a comunidade foi surpreendida com novos desafios

 

Após, 09 meses de espera para  a renovação do Projeto Ajeun Ilerá- Alimento saudável para todos  a retomada da distribuição a comunidade do bairro São Jorge foi surprendida,  teve que enfrentar novos desafios, tiveram que  buscar outro local para receber  os alimentos, a nova diretoria  não pode disponibilizar o espaço devido a compromissos assumido em realizar um jantar para 20 casais que irão desfilar no carnaval  de POA.ATENÇÃO São Jorge slide  Foi um trabalhão, para a primeira entrega  a  comunidade encontrou  acolhida  nas dependências da  Igreja católica, isso significa que terão um caminho longo até encontrar uma solução definitiva para o problema. A visão nossa enquanto coordenadora do projeto se existe este problema, estaremos motivando a comunidade para  que encontrem  uma solução definitiva.   

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

EXCLUSIVO – Ministra da SEPPIR prepara mudanças para 2015

 

 

 

BRASILIA - Segundo informações obtidas de forma exclusiva pelo PORTAL ÁFRICAS, Nilma Lino Gomes, a atual ministra da SEPPIR/PR, esta para realizar as primeiras mudanças na equipe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Após tomar posse, no dia dois de janeiro, a ministra renova sua equipe se 1jan2015---a-ministra-de-politicas-de-promocao-da-igualdade-racial-nilma-lino-gomes-assina-termo-de-posse-em-cerimonia-apos-a-presidente-dilma-rousseff-assumir-o-seu-segundo-mandato-na-presidencia-1420150302616_956preparando para os trabalhos de 2015.

Veja algumas das alterações  nos cargos de direção da SEPPIR que deverão ocorrer até o final deste mês de fevereiro: Felipe da Silva Freitas deixa a gerência de Projeto da Secretaria de Políticas Públicas de Ações Afirmativas e assume a Secretaria Executiva da CNPIR, Ronaldo Barros assume a Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas (SPAA), Larissa Amorin assume a Diretoria de Programa da SPAA, Givania Silva assume a Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais (SECOMT), Renato Emerson assume a Diretoria de Programa da SECOMT e  Cecilia Bizerra assume a Coordenadoria de Comunicação Social.

O PORTAL ÁFRICAS deseja boa sorte a nova equipe e muita força para enfrentar os desafios da construção da igualdade racial em nosso país.

http://portalafricas.com.br/v1/exclusivo-ministra-da-seppir-prepara-mudancas-para-2015/

Seja Um Voluntário do Projeto Ajeun Ilerá


Chamada para voluntários Ajeun Ilerá

Seja Um Voluntário do Projeto Ajeun Ilerá


Chamada para voluntários Ajeun Ilerá

MinC lançará concurso para projeto de Museu Afro no aniversário de Brasília

 

O dia a dia da Cultura

No topo, reunião com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, em que foi confirmada a transferência de terreno de 65 mil metros quadrados para o projeto do Museu Afro. Abaixo reunião da manhã, em que Juca Ferreira recebeu representantes dos moradores do Lago Sul (DF), do Ibram, da Fundação Palmares, do IAB-DF e Secretaria do Patrimônio da União. (Fotos de Janine Moraes)

10.2.2015 - 17:53

Hoje foi um dia de intensas conversas que resultaram em avanços no projeto do Museu Nacional da Memória Afrobrasileira (MNMAfro), a ser construído em Brasília. As conversações lideradas pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, começaram pela manhã, quando se reuniu com representantes dos moradores, arquitetos e deputados para tratar do tema. À tarde, o encontro com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, definiu a transferência do terreno e o lançamento do concurso internacional para o projeto arquitetônico do museu, no próximo dia 21 de abril - data em que se comemora o aniversário de Brasília. 

O governador do DF garantiu ao ministro a transferência do terreno, que estava prevista desde a gestão passada, mas que ainda não havia sido concluída.  O local escolhido fica ao lado da Ponte JK, às margens do Lago Paranoá, cartão postal da capital federal.

"Isso na capital nacional, em Brasília, complementa o processo de afirmação de Brasília como capital cultural do Brasil. Então, é um passo importante que demos aqui. O processo da discussão deste parque já foi dado, inclusive, com a participação da comunidade de Brasília. A área já estava determinada. A parte administrativa e a jurídica já estavam concluídas e, hoje, fechamos politicamente", afirmou o ministro.  

Com a transferência do terreno de 65 mil metros quadrados pela Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal) para a União, o edital do concurso, que está a cargo do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), poderá ser aberto para a participação de arquitetos de todo o mundo.

Os profissionais terão como base o termo de referência desenvolvido pela Fundação Cultural Palmares em conjunto com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fundação Casa de Rui Barbosa - entidades vinculadas ao Ministério da Cultura - e integrantes da comunidade que reside na região.

O ponto abrigará o primeiro museu afro de abrangência nacional dentro da área onde será construído o Parque Mandela.

A ideia do museu é ser um centro de referência da Cultura Negra, onde o visitante poderá, por meio do uso de tecnologia de ponta e interatividade, conhecer a trajetória dos povos afrodescendentes no Brasil e, efetivamente, reconhecer a sua importância na construção da identidade cultural do País.

O espaço será destinado também para pesquisa e atividades educacionais, reunindo patrimônios material (peças de museus públicos e privados e de coleções particulares) e imaterial (danças, brincadeiras, tradições orais), além de objetos que mostrem a trajetória da população negra, que, atualmente, corresponde a mais de 50% dos brasileiros.

Vitória da comunidade

Os representantes dos moradores do Lago Sul reafirmaram ao ministro o apoio à criação do parque, onde o museu afro será instalado. Também participaram do encontro desta manhã o deputado distrital Joe Valle (PDT-DF), a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) e representantes da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), além do presidente da Fundação Palmares, Hilton Cobra, integrantes do Ibram e do IAB-DF. 

Nos últimos anos, houve uma mobilização dos moradores que defendem a preservação ambiental e temiam o uso comercial da área. Uma das propostas discutidas no passado foi a construção de um shopping center – o que provocou reações contrárias. A solução encontrada foi a construção de um parque que receberá o Museu Afro. 

Assessoria de Comunicação 

do Ministério da Cultura 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ASSOBECATY convida para formação do Conselho Gestor do Pojeto Ajeun Ilerá

 

Convite Conselho Gestor

CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO DE REUNIÃO PÚBLICA
FINALIDADE:
FORMAÇÃO DO FUTURO CONSELHO GESTOR DO PROJETO AJEUN ILERÁ
O Projeto Ajeun Ilerá gestado pela ASSOBECATY, convida os dirigentes dos ilês parceiros e cidadãos e movimentos sociais de Guaiba para participarem de Reunião Pública com intuito de escolher representantes  para a formação do Conselhos gestor.
LOCAL: ASSOBECATY
Rua Wenceslau Fontoura nº 226 –  Jardim Santa Rita, Guaíba
DATA/HORA: dia   11 de fevereiro ás 19h00min.
Maiores Informações ligue: 30556655
“A sociedade que participa da vida política amplia os horizontes de justiça”.

Seja Um Voluntário do Projeto Ajeun Ilerá

Chamada para voluntários Ajeun Ilerá

sábado, 7 de fevereiro de 2015

NO ANIVERSÁRIO DA ASSOBECATY, QUEM GANHA O PRESENTÃO É A COMUNIDADE

Então, chegou o dia 8 de fevereiro, mais um aniversário da casa tradicional Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - ASSOBECATY, lugar ASSOBECATY ANIVERonde o axé, do orixá Yemanjá e Oxalá é dominante há 81 anos de resistência e 27 de identidade jurídica. Nesta dia escolhemos refletir e agradecer as conquistas como ser reconhecida e investida como primeiro Ponto de Cultura de matriz africana, no estado, com o nome de Ilê Axé Cultural, que no mês de março a Secretaria Estadual de Cultura estará repassando recursos, para dar inicio as oficinas culturais.
Associação, também está operando o Projeto Batuque do Sul Promovendo a Vida com abrangência estadual atuando nos municípios de São Leopoldo, Guaíba e Porto Alegre, vinculado a Secretária Estadual de Saúde. Ainda, no que se refere a saúde a entidade ocupa um acento no Conselho Municipal de Saúde de Gravataí. E vem mais, aniversário por ai, 15 anos do Projeto Conexão Afro, 2º Ano do Telecentro e Bibilioteca Moab Caldas que tem como parceiros Ministério das Comunicações e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Seppir DF.
Quem faz o aniversário é ASSOBECATY, mas, quem ganhará o presentão é a comunidade guaibense com o recomeço do Projeto Ajeun Ilerá - Alimento saudável para todos, foi renovado o convênio com o governo federal, este beneficiará 1200 famílias diretas, totalizando 6000 mil pessoas. Projeto ousado e desafiador por ter o corte cultural afrobrasileiro de matriz africana, isto é , toda ação pedagógica e didática esta calçada nos valores civilizatórios afrobrasileiros.
Está é a Assobecaty, que a fundadora Mãe Quina de Yemanjá, deixou este legado para darmos continuidade a sua caminhada. No decorrer conseguimos encontrar pessoas abnegadas que chegaram para fortalecer a casa, depois vieram outras tantas que se agregaram a luta e juntos pudemos transmitir um pouco da cultura de matriz africana, as tradições e principalmente os princípios básicos da educação diferenciada que nos caracteriza.
Tudo isso é a ASSOBECATY !
Tudo isso devemos aos sócios pioneiros que a fundaram; aos que continuaram trabalhando para mantê-la e aos que hoje nos auxiliam para não somente continuar a tarefa, como também para cada vez mais torná-la grandiosa, querida e acolhedora.
Também não podemos nos esquecer da nossa família mítica, a minha raiz Pai Cleon de Oxalá, os meus filhos e netos, a rede de parceiros, os apoiadores dos nossos eventos, os nossos amigos intelectuais e políticos que sempre nos apoiaram e principalmente dos nossos companheiros das associações, conselhos e demais ilês, co-irmãs que sempre prestigiaram conquistas...
OBRIGADO A TODOS!
Adupê Adupê Adupê ô !
Mãe Carmen de Oxalá
08/02 /2015

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

2º Travessia de Yemanjá rumo a ilha das Pedras Brancas lança a campanha conscientização ambiental

Barco Cleomar.jpg
O Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural  ASSOBECATY, entra no circuito das homenagens a Yemanjá,  no municipio de Guaíba e estado, como forma de agradecimento e por constar no plano de trabalho que contempla a reconhecida  casa tradicional  como o primeiro ponto de cultura de matriz africana no estado, projeto vinculado pela Secretaria Estadual da Cultura. Este ano realiza o evento que aconteceu, no dia 01 de fevereiro. A segunda, Travessia de Yemanjá rumo a Ilha das Pedras Brancas, além das manifestações de devoção a rainha da águas, a  beleza natural da ilha, este ano serviu como cenário para a reflexão sócio ambiental. Foi pelo viés da fé, que houve o lançamento da campanha que tem como tema “Kosi omi, kosi Yemanjá”, sem água, não tem Yemanjá.  Estimulando a promoção da concientização ambiental,  entre os vivenciadores de matriz afros, por meio da fé, cultura e o respeito a Yemanjá.
Maiores informações (51) 30556655 (51) 85748858
Guaíba, RS, Brasil