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quinta-feira, 16 de maio de 2013

III Roda de Conversa abolição não conclusa para as mulheres negras

Roda de Conversa da Assobecaty
100_3569100_3566Na tarde da última segunda-feira, 13 de Maio de 2013, reuniram-se na Assembléia Legislativa do Estado Rio Grande do Sul mulheres negras e parceiros que responderam ao chamado da ASSOBECATY – Associação Beneficente Cultural Africanista Templo de Yemanja para uma roda de conversas sobre ab100_3565olição não conclusa para as mulheres negras. Estiveram presentes ao encontro Mãe Carmen de Oxalá, presidente da Assobecaty e responsável pelo chamamento; as entidades Conselho Nacional Afro Brasileiro - CNAB – RS, Associação de Mulheres Unidas Pela Esperança – AMUE, do Morro da Polícia em Porto Alegre e Grupo de Ação Afirmativa Afrodescendente – GAAA; quinze mulheres interessadas em debater a temática e o antropólogo Marcello Múscari a acompanhar as atividades desenvolvidas.

    Conforme relatado ao início do encontro por Mãe Carmen de Oxalá, o objetivo daquela tarde era justamente criar espaços de visibilidade no seio do poder público estadual para a temática da abolição inconclusa das mulheres negras, e oportunizar que elas próprias se coloquem nestes lugares e deles exponham suas percepções sobre o tema.
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  Ao início das conversas Mãe Carmen de Oxalá apresentou um breve relato da trajetm contribuir com a temática. Ao final, foram debatidos tópicos relativos particularmente à realidade de alguns dos grupos ali presentes, do que se concluiu que a melhor estratégia para o fortalecimento de cada um dos componentes do movimento seja seu apoio e ancoragem no coletivo. Conforme foi dito, “o sistema nos induz a trabalhar sozinhos e é por isto que temos que nos unir para termos mais força”.ória do evento, narrando sua primeira realização no ano de 2011 e articulação do “1 encontro nacional de Iás”, realizado no município de Guaíba no mesmo ano. A proponente desenvolveu também uma breve reconstituição acerca da história de inserção social das mulheres negras no Brasil, do período que imediatamente se seguiu à abolição formal da escravidão, até as modernas formas de exclusão que se impõem sobre estas mulheres. Ao final, resta a idéia de que apesar de muitas vezes terem sido mulheres negras as protagonistas de importantes mudanças no contexto socioeconômico nacional, ainda hoje estas figuras históricas e contemporâneas não logram reconhecimento por suas trajetórias de força e luta por melhores condições de vida para si próprias e seus grupos sociais de origem.
    Após sua fala, um a um os participantes puderam se apresentar e, conforme a disposição, desenvolver falar sobre suas percepções e contato com o tema. Amplamente, as falas giraram em torno de casos em que mulheres negras, mesmo quando ocupam espaços de visibilidade e decisão, tem suas ações expropriadas por outros atores; foi criticada a reincidente invisibilizadão, por parte do poder público, das ações protagonizadas por estas mulheres, e também debatido os modos como a promoção do protagonismo negro feminino pode se articular e contar com a colaboração de outros atores sociais, especificamente, de homens interessados em contribuir com a temática. Ao final, foram debatidos tópicos relativos particularmente à realidade de alguns dos grupos ali presentes, do que se concluiu que a melhor estratégia para o fortalecimento de cada um dos componentes do movimento seja seu apoio e ancoragem no coletivo. Conforme foi dito, “o sistema nos induz a trabalhar sozinhos e é por isto que temos que nos unir para termos mais força”.
Ao final da tarde, foram elaborados três encaminhamentos que devem pautar a continuidade do debate deste dia em diante. São eles:
        - Organização de um Grupo de Trabalho para atuar na organização do seminário 25 de julho  de 2013.