Por Mônica Aguiar para o Portal Áfricas
Quinze mulheres jovens, de 18 a 29 anos, com
experiência em liderança comunitária e ativismo pelos direitos das
mulheres, foram selecionadas, através de edital público, para integrar o
Programa de Fortalecimento em Questões de Gênero e Juventude.
A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Nacional de Juventude
(SNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e
terá duração de nove meses. Conheça quem são elas!
1 – Barbara Nascimento de Oliveira,
26 anos, Aracaju (SE). Jornalista, Mestranda em Comunicação e
Sociedade, dedica-se à pesquisa em Direitos Humanos. Integra o Coletivo
de Mulheres de Aracaju, organizador da Mostra de Filmes de Feministas no
Museu da Gente Sergipana, de oficinas sobre gênero para adolescentes no
Instituto Recriando, e que recentemente promoveu audiência pública para
tratar da violência contra a mulher na Assembleia Legislativa do Estado
de Sergipe.
2 – Tatiana Pereira Lima, 28 anos,
Guarulhos (SP). Bacharel em Pedagogia e Especialista de Gestão de
Políticas Públicas: Diversidade e Inclusão Social. Atualmente é
estudante de Gestão em Políticas Públicas. Funcionária Pública
concursada como Analista Técnica Pedagoga na Fundação Casa, e desde o
início de 2014 assumiu como coordenadora pedagógica. Foi educadora
popular do Movimento Negro (UNEAFRO) e atualmente é Militante como
Promotora Legal Popular, e de juventude (como atual Secretária Municipal
de Juventude do PT).
3- Isabela da Cruz, 23 anos, integrante da
Comunidade Quilombola Invernada Paiol de Telha (PR). Participa da
Comissão Municipal DST/AIDS de Curitiba; em nível Estadual compõe a
Comissão de Juventude e Cultura, pela Federação Estadual das Comunidades
Quilombolas do Paraná (Fecoqui – PR). Coordenadora do Projeto Jovens
Quilombolas Saudáveis. Atualmente é Educadora Social pelo Projeto
Mulheres Quilombolas Tem Voz!, pela Rede Mulheres Negras – PR.
4- Mia Lopes, 25 anos, Salvador (BA).
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UNIME –
União Metropolitana de Educação e Cultura. Conselheira do Conselho de
Comunicação pela Articulação Mulher e Mídia e educadora do Programa A
Cor da Cultura. Atualmente coordena projetos de comunicação no Instituto
Flores de Dan. Assessora de Comunicação do Instituto Pedra de Raio onde
desenvolve ações de mídia social.
5- Janicleia Marina dos Santos, Indígena
Pankararu, 26 anos, mora na aldeia Pankararu a 550km de Recife (PE).
Parteira tradicional desde os 14 anos. Participa do projeto da ONG
Thydewa Pelas Mulheres Indígenas no qual se reúnem 15 mulheres indígenas
do Nordeste para debater sobre feminismo, direitos das mulheres
indígenas e violência.
6- Juliana Gonçalves dos Santos, 27
anos (SP). Jornalista, pós-graduada em Jornalismo Literário pela
Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL). Coordena a área de
Comunicação do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e
Desigualdades). Militante do Movimento Negro com ativismo focado no
debate de gênero com recorte racial e nas questões sobre a
democratização da mídia. Membro da Comissão de Jornalistas pela
Igualdade Racial de São Paulo (Cojira), um órgão consultivo do sindicato
dos Jornalistas. Faz parte do Coletivo Comunicadoras Negras e colabora
no Grupo Blogueiras Negras.
7- Juliana Moreira Rodrigues, 29
anos, Itapuranga (GO). Graduada em Ciências Biológicas (Licenciatura)
pela Universidade Federal de Goiás e atualmente cursa mestrado na área
de Desenvolvimento Rural pela UFG. Trabalha numa cooperativa de
agricultura familiar, nas áreas de elaboração e gestão de projeto. Faz
parte da direção do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de
Itapuranga (COMDIMI).
8- Natalia Doria da Costa, 22 anos, Novo
Hamburgo (RS). Estudante de Serviço Social na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS). Militante desde os 16 anos e participante da
Marcha Mundial das Mulheres desde 2011. Integrante da diretoria de
Mulheres da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul.
9. Paolla Menchetti Martins, 18
anos, São Paulo (SP). Estudante de Ciências Sociais na UFRN. Ativista
da Renajoc, rede que nasceu para integrar ações de adolescentes e jovens
do Brasil para chamar a atenção para o Direito Humano à Comunicação. É
militante de um coletivo nacional de juventude, Coletivo Construção,
onde organiza o núcleo de mulheres. Atuante na Revista Viração, uma
revista escrita por jovens para jovens como mediadora do conselho de
jovens jornalistas da cidade de São Paulo.
10- Patrícia Vilanova Becker, 25
anos, Porto Alegre – (RS). Estudante de graduação em Ciências Jurídicas
e Sociais – 9° semestre, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Atualmente, é bolsista de iniciação do NACI – Núcleo de Antropologia e
Cidadania, tendo atuado como bolsista no NUPSEX – Núcleo de Pesquisa em
Sexualidade e Relações de Gênero. Desde 2009, integra o grupo
G8-Generalizando: Direitos Sexuais e de Gênero, do
SAJU/UFRGS. Em 2010 e 2011, atuou na ONG SOMOS, realizando trabalhos com
foco na população que vive com HIV/aids e LGBTTI. Em 2012, participou
de intercâmbio na Universidad de Granada, onde participou da ONG NOS –
Asociación Andaluza LGTB. Em 2014, atuou como voluntária no Centro
Antiviolência Maree na província de Roma, gerido pela Ong Differenza
Donna.
11- Pedrina Belém do Rosário, 23
anos, Comunidade quilombola do Jatimane (BA). Cursando Licenciatura em
letras pela Faculdade de Ciências Educacionais. Em 2012 assumiu a
presidência da Associação Comunitária do Jatimane que visa contribuir
para o desenvolvimento da comunidade e participou de inúmeras ações e
eventos de fomento a mulher negra, juventude, questões étnicas,
realizados por órgãos a exemplo da SEPPIR – Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial, entre outros.
12- Rebecca Tainá Souza dos Santos, 28
anos, Belém (PA). De etnia cigana, é bacharel em História pela
Universidade Federal do Pará. Técnica em agroindústria e meio ambiente,
formada pela escola técnica agroindustrial JK. Membro do comitê
inter-religioso do Estado do Pará e das entidades Capc-Brasil, pelos
direitos para povos ciganos e do Comitê Xingu Vivo. Palestrante sobre
“Mulheres, gênero e religiosidade” na Universidade Estadual do Pará
(UEPA) e sobre “Mulheres ciganas entre a tradição e o feminismo” na
Universidade Federal do Pará (UFPA).
13. Rosane Gonçalves Cruz, 23 anos, São
Gabriel da Cachoeira (AM). Pertencente ao Povo Piratapuya, foi eleita em
2010 para Coordenar o Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro
(DMIRN), onde atuou durante 03 anos representando e reivindicando os
Direitos das Mulheres Indígenas do Rio Negro. Começou a luta dentro do
Movimento Indígena do Rio Negro com 19 anos de idade na Associação de
Mulheres Indígenas do Distrito de Iauaretê.
14. Tabita Abe Assunção, 18 anos, Cuiabá
(MT). Estudante de direito, foi selecionada para a primeira turma do
Projeto PLP – Promotoras Legais Populares de Cuiabá e agora integra a
equipe do Programa Jovens Mulheres Lideres: Programa De Fortalecimento
Em Questões De Gênero E Juventude.
15. Wilma Alves de Farias, 28
anos, Matinhas (PB). Graduada em Ciências Contábeis – Contabilidade
pela Universidade Paulista (UNIP). Agricultora, Presidente da Associação
dos/as Meliponicultores/as do município de Matinhas e Membro do núcleo
de Mulheres Agricultoras e Artesãs do Sindicato dos/as Trabalhadores/as
Rurais de Matinhas.