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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CIDADANIA UNESCO pede mais esforços para ampliar conscientização sobre História do tráfico de escravos

CIDADANIA

UNESCO pede mais esforços para ampliar conscientização sobre História do tráfico de escravos

CIDADANIA UNESCO pede mais esforços para ampliar conscientização sobre História do tráfico de escravos

23 de agosto de 2013 · Destaque

Ilha de Gorée, Senegal, maior centro do tráfico de escravos entre os séculos 15 e 19. Foto: UNESCO/Dominique Roger
Marcando o aniversário da primeira revolta de escravos bem-sucedida no Ocidente, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, disse nesta sexta-feira (23) que contar a história do tráfico de escravos é crucial para prestar homenagem aos combatentes da liberdade e “honrar suas contribuições para a afirmação dos direitos humanos”.
Devemos ensinar os nomes dos heróis dessa história, porque eles são os heróis de toda a humanidade”, disse Bokova em mensagem para o Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição, que é comemorado anualmente em 23 de agosto – data da revolução haitiana liderada pelos escravos em 1791.
O significado e as implicações desta história devem ser conhecidos por todos e ensinados dentro e fora das escolas, por meio da mídia e na arena pública, afirmou Bokova. “Que isso seja uma fonte de respeito e um chamamento universal em prol da liberdade para as futuras gerações”, acrescentando que, por meio de suas lutas, seu desejo de dignidade e liberdade, os escravos contribuíram para a universalidade dos direitos humanos.
A UNESCO tem desempenhado um papel de liderança na promoção da compreensão e do reconhecimento do tráfico de escravos. Desde a criação do projeto “A Rota do Escravo” em 1994, a agência tem trabalhado para revelar a extensão e as consequências do tráfico e retratar a riqueza das tradições culturais africanas.
Por meio de debates e conversas, o projeto espera criar entendimento mútuo, reconciliação internacional, estabilidade e aumentar a conscientização sobre o assunto.
Os esforços do projeto contribuirão para a Década Internacional dos Povos Afrodescendentes, que começou este ano e pretende impulsionar compromissos políticos em favor de pessoas com ascendência africana.
“O tráfico de escravos não é apenas algo do passado: é nossa história e tem moldado a face de muitas sociedades modernas, criando laços indissolúveis entre povos e continentes, e transformando, de forma irreversível, o destino, a economia e a cultura das nações”, observou Bokova, afirmando que os heróis do passado também servem de exemplo para dar continuidade à luta pelo fim do preconceito racial e das novas formas de escravidão.
No início deste ano, a ONU honrou a memória de aproximadamente 15 milhões de vítimas inocentes que sofreram ao longo de quatro séculos como resultado do tráfico transatlântico de escravos, destacando a situação dos 21 milhões que, de acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda sofrem a brutalidade da escravidão moderna.
saiba ou ouça(vídeos) mais em http://www.onu.org.br/unesco-pede-mais-esforcos-para-ampliar-conscientizacao-sobre-historia-do-trafico-de-escravos/