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terça-feira, 12 de abril de 2016

Comentários de Gaby Benedyct sobre a Exposição Ilê Ifè que o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY estará levando até a Casa de Cultura Mario Quintana

Mais uma de nossa Casa de Cultura Mario Quintana que vai divar nesse findi...exposição que to ajudando a produzir será inaugurada no sábado, à partir das 14 horas...MUITO APHÚ..porque vai trazer uma representação dos Orixás e suas comidas sagradas... uma energia forte pra abençoar a galera e contar um pouco da história dessa etnia em nosso estado. Estão previstos: exposição, grupo de dança, contação de histórias e gastronomia para mostrar o trabalho do centro que une cultura, religião e trabalho social

O programa começa com a dança dos orixás, do grupo de dança Ododuá; performance do grupo Ilê Axé Cultura; o afoxé de crianças do Ponto Cultural, que inicia com percussão, passa pela capoeira e inclui Alabês de Toques Sagrados. As variadas expressões se fazem presentes nas lendas e contação de histórias míticas, com o grupo Canta que Eu Conto, fazendo costura do que as pessoas veem e mitos sagrados. Kalunga contará os dilemas da diáspora dos negros; e a seguir tem vez a capoeira de rua do Discípulos de Oxóssi, diferente da de Angola e regional; e hip hop, com o oficineiro Peh .

O encerramento é com um coquetel afro, composto por comidas típicas: “ajeun” – canjica com leite de coco, coco, gemada e leite condensado, pipocas, “amalá” – temperos, frutas, carne, pirão e molho, oferecidos a Xangô, “atãn” – suco com mistura de muitas frutas,, bolo, balas e frutas. ”Nosso ponto é um mosaico cultural africano, tem um pouco de tudo, da ludicidade. Os valores q permeiam estão ali: o coletivo, o alimento, a dança, a oralidade através da contação de histórias – remontar o mundo africano através destes valores, tanto na música, sagrado, etc. Assim a gente vive no ponto,apresentando os valores às pessoas de como é esta vivência africana e os elementos que compõe esta cultural."

O termo Ilê ifé remete a uma cidade africana, onde tiveram início as primeiras tribos, que dá nome à casa de religião de matriz africana, com 82 anos de existência. Ela foi reconhecida como a primeira casa de matriz africana que funciona como Ponto de Cultura, com investimento do Estado, através do edital da Secretaria de Estado da Cultura/Sedac de Pontos de Cultura 189/2013, de três anos. “Temos compromisso de mostrar que deu certo esta experiência pra que outras casas possam acessar estes recursos”, diz Mãe Carmen da Oxalá. Psicóloga de formação, Carmen Lúcia Silva de Oliveira sucedeu sua mãe, no ano de 2000, o comando da instituição, que atende projeto conveniado à Conab. Este atinge cerca de 6 mil pessoas em Guaíba e envolve a área de saúde e alimentação, no seguimento à sopa das crianças, idealizado por sua mãe. Atende toda a comunidade Ajeum ilera, de alimento para todos e projeto relacionado ao HIV, de prevenção e com metodologia, que possui convênio com o Governo Estadual, dentro dos ilês de Guaíba, São Leopoldo e Porto Alegre.

“Temos uma responsabilidade muito grande em função de ser o primeiro. Nosso papel é fazer o máximo para q tenhamos ter certeza de que fizemos nosso papel, cumpramos nosso plano e que esta experiência pode dar certo”, pondera a coordenadora.

Serviço:
Exposição Ilê-Ifé O Sagrado aos Olhos Humanos
Abertura: 16 de abril (sábado), das 14h às 19h30min.
Local: espaço Majestic – térreo da Casa de Cultura Mario Quintana/CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: Até 1º de maio. Terças a sextas, das 9h às 21h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h.
Informações: Facebook – Pontodeculturaileaxecultural-assobecaty
Entrada franca, aberta a todos os interessados.