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terça-feira, 30 de junho de 2015

Rede Cultura na Rua é pauta da reunião de apresentação do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural e ASSOBECATY para os selecionado que irão preencher as vagas para trabalhar no Ponto de cultura

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Baianas querem proteger forma tradicional de preparo do acarajé

BAHIA

Três formas de vender o quitute mais famoso e sagrado da Bahia entram em disputa pelo uso do termo

Alexandre Lyrio (alexandre.lyrio@redebahia.com.br)

Baianas tradicionais defendem uso do termo acarajé para quem segue ritual de preparação (Foto: Arisson Marinho)

Os sete bolinhos pulam do tabuleiro e marcam território no pequeno largo do Canela. A dona do espaço ali é Iansã. “A gente ‘arrêa’ sete acarajés para saudar os orixás e ter uma boa venda”. Distante dali, no Pau Miúdo, o mesmo perfume de dendê, mas o espaço é da divindade dos cristãos. “Consagro meu acarajé a Deus! Nunca me vesti de baiana”. Em outro ponto, na Pituba, não há qualquer sentido religioso no preparo da iguaria. Os bolinhos saem dentro de isopores. “O nosso acarajé é um acarajé comercial”.

Três formas de vender o quitute mais famoso e sagrado da Bahia. Na primeira, Maria Aparecida Santos, 46 anos, a Cida de Nanã, assume a forma tradicional, com trajes típicos de baiana e iniciação no candomblé, de onde se originou a iguaria no culto a Iansã. Na segunda, Edna Rodrigues de Lima, 55, evangélica que sustenta a família com seu “bolinho de Jesus” e uma banca com a inscrição “Deus é Fiel”. Na terceira, o empresário Ubiratan Sales, 55, criador e “exportador” para todo o Brasil do acarajé congelado. 

Barraca do acarajé 'bolinho de Jesus'
(Foto: Alexandre Lyrio)

No meio desse tacho de dendê com tantas formas de lidar com o bolinho, surge uma disputa tensa e apimentada. Através da Associação das Baianas de Acarajé (Abam), com apoio do órgão federal que cuida do patrimônio histórico (Iphan), as baianas tradicionais resolveram partir para o ataque contra as formas modernas de produzir e vender o acarajé.

Contando com a criação de uma legislação que proteja as expressões culturais tradicionais, elas querem proibir o que chamam de uso indevido do nome “acarajé”.

A polêmica surge no momento em que se completa dez anos que o ofício de baiana de acarajé recebeu o Registro de Patrimônio Imaterial Brasileiro, ou seja, atravessou sua primeira década inscrito no Livro dos Saberes do Iphan. A inscrição — semelhante aos tombamentos, no caso de imóveis e monumentos — , ocorreu no dia 14 de junho de 2005.

“Em dez anos, tivemos poucas conquistas. Mas agora estamos decididas a acabar com distorções como o bolinho de Jesus e o acarajé congelado. Senão, não faz sentido ser patrimônio imaterial”, diz Rita Santos, presidente da Abam. 

CONFIRA ESPECIAL DO CORREIO SOBRE O ACARAJÉ

Para as baianas tradicionais, existe uma forma correta de fazer e vender o bolinho. Em primeiro lugar, seria preciso respeitar-se a indumentária de baiana, que tem origem nas filhas e mães de santo das religiões de matriz africana.   

Da mesma forma, os ingredientes utilizados na receita seriam necessariamente artesanais, feitos com feijão fradinho, sal, cebola, e só. No recheio, sem invenções, vai vatapá, pimenta, camarão, salada e, no máximo, caruru. “O caruru veio depois, mas pode entrar porque é comida de Xangô, ou seja, faz parte da culinária de santo”, explica Cida. São esses dois aspectos, receita e vestuário, que constam na Certidão do Registro do Ofício de Baiana de Acarajé.

Embate
Não chega a ser uma guerra entre Jesus, o dinheiro e a tradição. Mas, nesse embate, quem será que tem mais feijão fradinho no saco? A evangélica Edna diz que o acarajé é uma mercadoria como outra qualquer. “Eu poderia vender milho, pastel ou qualquer alimento. O acarajé é o meu trabalho”, defende ela, que comercializava o bolinho antes mesmo de se converter à Igreja Universal. “Vendo há 39 anos. Há 15, virei evangélica. Nunca usei roupa de baiana e não é agora que vou usar”, avisa.

Proprietário da fábrica de congelados que tem como marca Acarajé da Bahia, o empresário Ubiratan Sales diz que o que faz não é quebra de tradição. Pelo contrário, ele acredita que carrega o nome da Bahia para outros cantos, já que muita gente leva seus produtos para outras regiões do país e até para o exterior. Ao abastecer bares e restaurantes, Ubiratan afirma que respeita os locais em que já existem baianas. 

Ubiratan desenvolveu a fórmula do acarajé congelado e vê seu produto ganhar o mundo

“A gente quer ir aonde a baiana não consegue chegar. Não tem essa de concorrência. Não fecho contrato com bares que têm baiana por perto”, argumenta. Além disso, há delicatessens que também comercializam o bolinho. A Perini, por exemplo, há alguns anos decidiu vender acarajé. Mas a empresa da famosa coxinha de catupiry preferiu não entrar na questão e não passou informações sobre a quantidade de bolinhos vendidos em suas lojas. 

A Abam anuncia que vai entrar na Justiça contra empresários, restaurantes, delicatessens ou qualquer um que tenha se apropriado do bolinho para comercializá-lo de forma deturpada. O Iphan apoia a ação. “Tem gente que está ganhando muito dinheiro com o acarajé, uma herança cultural constituída com muito sacrifício e suor dessas mulheres negras”, afirma a antropóloga Maria Paula Adinolfi, do Iphan, que elaborou um trabalho que indica a necessidade de se proteger legalmente expressões culturais. Haja pimenta nessa discussão!  

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ayrá: o manto branco da justiça

 

Há quem diga que ele, o jovem guerreiro do branco e do fogo, seria uma qualidade, outra forma de expressão ou manifestação do orixá Xangô. Outros afirmam que Ayrá, mesmo salvaguardando características idênticas a Xangô, seria um orixá à parte, uma energia independente a serviço da justiça em prol da humanidade.

Os terreiros da Mãe-Cutu_fanpage-José-Erivaldo-Silva-SilvaBahia, em destaque o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, cultuam Ayrá junto a Xangô, numa espécie de amálgama que poderia traduzir o primeiro como uma qualidade do segundo. Tanto assim que hoje, dia 29 de junho, dia de São Pedro dos católicos, os atabaques da Casa Branca (como também é chamado o Iyá Nassô) tocam e muitos dizem: “vou lá no Engenho Velho assistir Xangô Ayrá dançar. Tenho que ir de Branco”.

Sem necessidades de polêmicas em torno do que foi dito antes, mais importante é festejar, cultuar e preservar a presença viva desta entidade entre nós. A festa pública do 29 de junho da Casa Branca é para Ayrá Intile, o Ayrá que desafiou o rei Obatalá, tornando-se o seu filho e súdito posteriormente. A quem fale do Ayrá Osi, aquele que tem fundamento maior com Oxoguian, que veste branco como o rei de Ejibô, e como o jovem imponente Oxalá, é ferozmente guerreiro e justiceiro. Também, existiria o Ayrá Ibonã, o dono do fogo, amante da energia escarlate das labaredas, apesar de só se vestir de branco; o que adora a fogueira como seu irmão ou matriz espiritual Xangô.

A festa de gala do patrono dos terreiros nagôs

Candomblé é uma religião que imprime mistério e beleza. A galhardia traduz-se em cânticos, ritmos, vozes, danças, perfumes, indumentárias, adereços, gestos, corpos, sincronias, silêncio…  Os deuses tocam a alma e o corpo da gente. Aliás, eles, os deuses, tomam posse da nossa consciência nos emprestando, por instantes, a grandeza mítica deles. Na Casa Branca a tradição desfia-se emoldurando ensinamentos seculares e adeptos e assistência reverenciam os motes civilizatórios africanos aqui chegados e ressignificados por muitos negros brasileiros. A religião cumpre o sentido de integrar familiares que praticam a fé nos orixás.

Ayrá dança no corpo de sacerdotisas como mãe Val e ebomy Márcia – outros Xangôs retroalimentam-nos do Fogo Sagrado. Todos se vestem de branco para celebrar Intile – o orixá patriarca do antigo Candomblé da Barroquinha, que deu origem à Casa Branca, e se chamava Ilê Axé Ayrá Intile, de acordo a pesquisadores como Vivaldo da Costa Lima e Renato da Silveira.

Esvoaçam-se ochês e tecidos brancos, manto sagrado do Senhor da Justiça, ao som do alujá, arrepiando a pele humana que revive os mitos que sustentam nossa memória ancestral.

A família Casa Branca é patrimônio em movimento do Candomblé no modelo jeje nagô, instituiu-se noEixo celeste, ou seja, entre as três casas mais destacadas quando o assunto é candomblé ketu-nagô. As outras duas são o Ilê Omi Axé Iyamassê, conhecido como Gantois, e o Ilê Axé Opô Afonjá.

Ayrá dança ao lado de Oxoguian, de Oyá, de Barú, Afonjá, Ogodô, Aganju, Ogum e carrega Oxolufã nas costas, transportando o pai que é o rei elementar na condição de orixá que Ayrá traduz: inspirado pelo funfun.

O atabaque toca para ressoar em nossa emoção. Os clarins, os foguetes, o cheiro da fogueira da noite anterior. Às vezes a mais pura alegria, outras vezes alguma tristeza e mais o sentimento de missão cumprida por realizar esta festa em nome do grande patrono.

Saudade

Neste “29 de junho” Ogum deixa a Casa Branca imersa na profunda saudade. Duas grandes damas se foram, duas iyalorixás que estavam entre as mais antigas daquele terreiro: mãe Antonieta e mãe Cutu, ambas filhas de Ogum e cumpridoras de uma vida em prol dos ensinamentos que sustentam a nossa fé e nossas práticas religiosas. Senhoras da negritude que perfila este lugar chamado Salvador.

Mãe Cutu era Iyá Dagan da Casa Branca e Iyalorixá do Ilê Axé Tony Solayo, enérgica liderança que muito ensinou sobre luta e resistência e lega uma herança espiritual inefável que pode ser sentida em sua filha adotiva Cristina e em todos que tiveram suas mãos e palavras de sacerdotisa. Nesta manhã de 29 de junho de 2015, o chão recebe o corpo sagrado desta mulher e o céu, nosso Orun, recebe o espírito da guardiã que carregava no ori um dos mais impressionantes “Ogum” que nossos terreiros conheceram.

Quem tem amor pelo Candomblé sabe da falta que aqui se desenha sem capacidade de exatidão.

No mais: Kawô Kabiesile!!!

Marlon Marcos é poeta, jornalista e antropólogo

Correio Nagô

Ayrá: o manto branco da justiça

 

Há quem diga que ele, o jovem guerreiro do branco e do fogo, seria uma qualidade, outra forma de expressão ou manifestação do orixá Xangô. Outros afirmam que Ayrá, mesmo salvaguardando características idênticas a Xangô, seria um orixá à parte, uma energia independente a serviço da justiça em prol da humanidade.

Os terreiros da Mãe-Cutu_fanpage-José-Erivaldo-Silva-SilvaBahia, em destaque o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, cultuam Ayrá junto a Xangô, numa espécie de amálgama que poderia traduzir o primeiro como uma qualidade do segundo. Tanto assim que hoje, dia 29 de junho, dia de São Pedro dos católicos, os atabaques da Casa Branca (como também é chamado o Iyá Nassô) tocam e muitos dizem: “vou lá no Engenho Velho assistir Xangô Ayrá dançar. Tenho que ir de Branco”.

Sem necessidades de polêmicas em torno do que foi dito antes, mais importante é festejar, cultuar e preservar a presença viva desta entidade entre nós. A festa pública do 29 de junho da Casa Branca é para Ayrá Intile, o Ayrá que desafiou o rei Obatalá, tornando-se o seu filho e súdito posteriormente. A quem fale do Ayrá Osi, aquele que tem fundamento maior com Oxoguian, que veste branco como o rei de Ejibô, e como o jovem imponente Oxalá, é ferozmente guerreiro e justiceiro. Também, existiria o Ayrá Ibonã, o dono do fogo, amante da energia escarlate das labaredas, apesar de só se vestir de branco; o que adora a fogueira como seu irmão ou matriz espiritual Xangô.

A festa de gala do patrono dos terreiros nagôs

Candomblé é uma religião que imprime mistério e beleza. A galhardia traduz-se em cânticos, ritmos, vozes, danças, perfumes, indumentárias, adereços, gestos, corpos, sincronias, silêncio…  Os deuses tocam a alma e o corpo da gente. Aliás, eles, os deuses, tomam posse da nossa consciência nos emprestando, por instantes, a grandeza mítica deles. Na Casa Branca a tradição desfia-se emoldurando ensinamentos seculares e adeptos e assistência reverenciam os motes civilizatórios africanos aqui chegados e ressignificados por muitos negros brasileiros. A religião cumpre o sentido de integrar familiares que praticam a fé nos orixás.

Ayrá dança no corpo de sacerdotisas como mãe Val e ebomy Márcia – outros Xangôs retroalimentam-nos do Fogo Sagrado. Todos se vestem de branco para celebrar Intile – o orixá patriarca do antigo Candomblé da Barroquinha, que deu origem à Casa Branca, e se chamava Ilê Axé Ayrá Intile, de acordo a pesquisadores como Vivaldo da Costa Lima e Renato da Silveira.

Esvoaçam-se ochês e tecidos brancos, manto sagrado do Senhor da Justiça, ao som do alujá, arrepiando a pele humana que revive os mitos que sustentam nossa memória ancestral.

A família Casa Branca é patrimônio em movimento do Candomblé no modelo jeje nagô, instituiu-se noEixo celeste, ou seja, entre as três casas mais destacadas quando o assunto é candomblé ketu-nagô. As outras duas são o Ilê Omi Axé Iyamassê, conhecido como Gantois, e o Ilê Axé Opô Afonjá.

Ayrá dança ao lado de Oxoguian, de Oyá, de Barú, Afonjá, Ogodô, Aganju, Ogum e carrega Oxolufã nas costas, transportando o pai que é o rei elementar na condição de orixá que Ayrá traduz: inspirado pelo funfun.

O atabaque toca para ressoar em nossa emoção. Os clarins, os foguetes, o cheiro da fogueira da noite anterior. Às vezes a mais pura alegria, outras vezes alguma tristeza e mais o sentimento de missão cumprida por realizar esta festa em nome do grande patrono.

Saudade

Neste “29 de junho” Ogum deixa a Casa Branca imersa na profunda saudade. Duas grandes damas se foram, duas iyalorixás que estavam entre as mais antigas daquele terreiro: mãe Antonieta e mãe Cutu, ambas filhas de Ogum e cumpridoras de uma vida em prol dos ensinamentos que sustentam a nossa fé e nossas práticas religiosas. Senhoras da negritude que perfila este lugar chamado Salvador.

Mãe Cutu era Iyá Dagan da Casa Branca e Iyalorixá do Ilê Axé Tony Solayo, enérgica liderança que muito ensinou sobre luta e resistência e lega uma herança espiritual inefável que pode ser sentida em sua filha adotiva Cristina e em todos que tiveram suas mãos e palavras de sacerdotisa. Nesta manhã de 29 de junho de 2015, o chão recebe o corpo sagrado desta mulher e o céu, nosso Orun, recebe o espírito da guardiã que carregava no ori um dos mais impressionantes “Ogum” que nossos terreiros conheceram.

Quem tem amor pelo Candomblé sabe da falta que aqui se desenha sem capacidade de exatidão.

No mais: Kawô Kabiesile!!!

Marlon Marcos é poeta, jornalista e antropólogo

Correio Nagô

domingo, 28 de junho de 2015

Miss Mundo Brasil perde coroa 24 horas após ser eleita; entenda

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Segundo o organizador do concurso no país, o fato dela estar casada fere o regulamento

Do Correio 24 Horas

Ana Luísa Castro, de 23 anos, eleita a nova Miss Mundo Brasil no sábado (27), perdeu a coroa pouco mais de 24 horas após ganhar o título . A jovem, natural de Vitória, mas que representou Sergipe no concurso, renunciou após organização dizer que estado civil dela feria o regulamento interno do concurso.

Só mulheres solteiras podem participar dele, e a modelo é casada na Bélgica com o modelo e ator belga Tanguy Backer. Os trâmites para a homologação no Brasil já estão em andamento.

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Modelo é 2ª negra a vencer o concurso (Foto: Divulgação)

Em nota enviada à organização, Ana Luísa Castro afirmou que tem uma “união” com um belga, e que a homologação da união pode acontecer futuramente, o que poderia causar problemas para ela e para o concurso nacional caso ela permanecesse eleita.

Leia Também:  Ana Luísa Castro representante de Sergipe é eleita Miss Mundo Brasil 2015

“Entrego a coroa e o título à vice Miss Mundo Brasil, com grande tristeza no coração”, afirmou a miss, em nota enviada à imprensa. Com a decisão, a segunda colocada, Catharina Choi Nunes, de 25 anos, vai assumir a coroa. A modelo é representante de Ilhabela (SP).

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Miss Mundo Brasil pode perder coroa por ser casada (Foto: Reprodução/Instagram)

Ana Luísa também afirmou que a coordenação estadual do concurso estava ciente de seu estado civil, e que por isso seguiu com a candidatura. A organização nacional do concurso informou que analisa o que aconteceu, e que medidas irá tomar sobre o caso. “Só após a coroação isso [impossibilidade de ser miss] me foi revelado. Asseguro que em nenhum momento agi de má fé”, garantiu a modelo.

A nova Miss Mundo Brasil é a primeira oriental a conquistar o título no Brasil. Catharina Choi tem ascendência coreana e é estudante de Comunicação Social. Ela já foi apresentadora de TV na Coreia do Sul. Ela vai representar o Brasil no concurso Miss Mundo, que acontece em dezembro, na China.

Nova Miss Mundo Brasil, Catharina Choi Nunes, tem ascendência coreana e estuda comunicação  (Foto: Leonardo Rodrigues/MMB)

Nova Miss Mundo Brasil, Catharina Choi Nunes, tem ascendência coreana e estuda comunicação
(Foto: Leonardo Rodrigues/MMB)

Ana Luísa foi a segunda  negra a vencer em mais de 50 anos de concurso, de acordo com a organização derrotou outras 36 candidatas e representaria o país no Miss Mundo Universo em dezembro, na China.

Tags: Miss Mundo · moda e modelos

Leia a matéria completa em: Miss Mundo Brasil perde coroa 24 horas após ser eleita; entenda - Geledés http://www.geledes.org.br/miss-mundo-brasil-perde-coroa-24-horas-apos-ser-eleita-entenda/#ixzz3eVwbyjVm
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porPublicado: 28/05/2015 13h55Última modificação: 29/05/2015 16h55

Entre os dias 9 e 11 de junho será realizado em Belém o 1º Encontro Temático: "Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia", evento promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão da Presidência da República com apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).  O evento ocorre noHOTEL Princesa Louçã, bairro de Campina, e reúne 200 participantes, que representam os estados da região Norte, o Maranhão e o Mato Grosso.   

O encontro propõe aprofundar a compreensão sobre as especificidades dos sistemas alimentares na Amazônia e discutir os avanços, desafios e caminhos para construção da soberania e segurança alimentar e nutricional da população urbana e dos povos da floresta e das águas. No evento serão discutidas questões sobre terra, território, água, sistemas agroalimentares e programas sociais na Amazônia.

O evento regional faz parte das etapas preparatórias para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que será realizada de 3 a 6 de novembro em Brasília.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, a pedido do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), revelou que 1,3 milhão ou 7,8% dos moradores da região Norte sofrem de insegurança alimentar grave.  

O MDS e o IBGE ressaltam que insegurança alimentar grave não significa necessariamente fome, mas sim que algum membro da família, em algum momento nos três meses antes anteriores à pesquisa, teve “privação de alimentos que pode ter chegado à sua expressão mais grave, que é a fome”.

Na região Norte, no recorte de raça e cor, a insegurança alimentar e nutricional grave incide mais sobre a cor/raça amarela/indígena – 13% desses grupos. No grupo preto/pardo esse índice é de 8,4% e entre os brancos chega a 5,3%. No recorte de gênero, o índice é praticamente igual entre homens (7,8%) e mulheres (7,7%). Na população rural é 10,2% e na urbana, 7%.

Serviço

1º Encontro Temático: Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia
Dias: 9 a 11 de junho
Local:HOTEL Princesa Louçã, Av. Presidente Vargas, 882, Campina, Belém
Informações para imprensa: (61) 3411 3349 

Fonte: Ascom/Consea

Morre Mãe Cutu, ebomi do Terreiro da Casa Branca

 

O Ilê Asé Iyá Nassô Oká (o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho) anunciou neste domingo, 28, o falecimento da Ebomi Margarida Nair da Anunciação (Mãe Cutu de Ogum), uma das mais antigas e respeitadas religiosas daquela Casa, considerada o mais antigo terreiro de Candomblé Ketu do Brasil e tombado pelo IPHAN, há mais de 30 anos.Mãe-Cutu_fanpage-José-Erivaldo-Silva-Silva
Mãe Cutu, que liderava o Ilê Asé Tony Solayo, terreiro fundado na década de 1980, em Mussurunga, faleceu por volta das 9h30, deste 28 de junho.
“Que Orun lhe receba em festa e alegria como sempre se mostrou em vida”, pede a nota divulgada na fan page da Casa Branca.
Diversos religiosos do Candomblé utilizaram seus perfis na rede social para lamentar a morte: “Tristeza e consternação pela perda dessa grande mulher negra, senhora mantenedora do nosso patrimônio afrobrasileiro. Mãe Cutu será sempre uma bem lembrada entre nós. Que o orum a receba com as honras devidas pela grande dama do Candomble que ela foi no aiye!”, escreveu a educadora Lindinalva Barbosa, ebomi de Oyá do Terreiro do Cobre (Engenho Velho da Federação).
Ainda segundo informação da Casa Branca, o sepultamento será às 11 horas, no cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília. Um ônibus sairá às 8 horas da Casa Branca (Avenida Vasco da Gama, n.463-Salvador).

Da Redação do Correio Nagô

terça-feira, 23 de junho de 2015

URGENTE! Fazendeiros atacam a tiros acampamento Guarani e Kaiowá de Kurusu Ambá

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URGENTE! Fazendeiros atacam a tiros acampamento Guarani e Kaiowá de Kurusu Ambá

24 de junho de 2015 Deixe um comentário Editar

Cimi

Fazendeiros atacaram a tiros na manhã e tarde desta quarta-feira, 24, a comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha Kurusu Ambá, que está acampada desde a madrugada desta segunda-feira, 22, em retomada de área tradicional. Nesta parte da terra indígena está instalada a fazenda Madama. Ainda não é possível afirmar se houve mortos e feridos, mas em contato telefônico com os indígenas foi possível ouvir tiros ao fundo.

domingo, 21 de junho de 2015

Patrimônio Cultural Imaterial (Tambor de Crioula) é vetado pela Secretaria de Comunicação do Estado a participar da Reinauguração da Praça Nauro Machado.

 

Nauro Machado é comumente conhecido como um poeta do povo ligado às tradições culturais do Estado do Maranhão. A praça localizada no centro-histórico que presta homenagem simbólica ao seu nome, e que já foi palco de grandes manifestações culturais será reinaugurada sem a presença do Tambor de Crioula, patrimônio cultural imaterial do Brasil. O que é triste. O fato aconteceu assim, um grupo de Tambor de Crioula, já estava agendando para a grande festa de amanhã (12/06), o que se sabe é que um telefonema vindo de dentro da Secretaria de Comunicação do Estado pediu imediatamente que e SECMA retirasse o grupo cultural e colocasse um show de seresta em seu lugar. Isso gerou um descontentamento e uma curiosidade: quem é está pessoa da Secretaria de Comunicação do Flavio Dino que não gosta de tambor de crioula?  Este é mais um fato lamentável que mostra cada vez mais que os segmentos culturais não estão sendo levados a sério no processo de construção da programação do São João 2015. O slogan: “São João de Todos” já nasce desbotado e sem representatividade cultural.

Junior Catatau

Artista Popular, Coreiro, Boieiro. Delegado eleito ao III Fórum Estadual de Cultura do Maranhão. Professor de Filosofia do IFMA.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A agroecologia como modelo ideal de produção de alimentos

agroecologia

A agroecologia como modelo ideal de produção de alimentos

 

Tão concentradas quanto a terra do agronegócio, estão também a distribuição e o acesso à alimentação em nível global

Da Comunicação da 14ª Jornada de Agroecologia / MST

Apesar da produção atual de comida ser suficiente para alimentar toda a humanidade, uma em cada sete pessoas no mundo passa fome, segundo informações do Relatório anual da agência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Os dados nos mostram que tão concentradas quanto a terra do agronegócio, estão também a distribuição e o acesso à alimentação em nível global.

Esse cenário de crise alimentar pede a urgência de uma alternativa que não se limite apenas à produção, mas atente para problemas sociais estruturais.

Entenda como podemos construir um modelo de desenvolvimento mais justo e viável a partir da agroecologia.

Garantindo Soberania Alimentar

Todos os povos devem ter direito aos meios de produzirALIMENTOS SEGUROS e nutritivos, garantindo o direito à alimentação e as necessidades de suas sociedades. Isso não é possível com o agronegócio que acorrenta o agricultor a um pacote tecnológico, em que a semente é muito mais adaptada a escala de produção da indústria.

Com a agroecologia, a seleção e reutilização de sementes é realizada de acordo com as necessidades e padrões de alimentação da família, gerando sistemas agrícolas diversificados e, consequentemente, alimentos mais virados e saudáveis.

Valorizando o papel e a cultura do camponês

A agroecologia faz uma ponte entre o conhecimento tradicional e a ciência integradora de várias áreas, valorizando tanto as inovações tecnológicas que ajudam a enfrentar os problemas vinculados à produtividade da plantação, quanto o camponês como sujeito fundamental para o trabalho no campo, reestruturando socialmente a comunidade agrícola e a agricultura familiar, de onde advém 70% dos alimentos para consumo no mundo, de acordo com dados do grupo ETC.

Reduzindo custos e criando empregos

Segundo o relatório Agroecologia e o Direito à Alimentação, produzido pelo Relator Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, o professor belga Olivier De Schutter, a agroecologia reduz os custos de produção ao minimizar o uso de insumos caros, melhorando as condições de vida das famílias agricultoras, particularmente aquelas mais pobres. Ela pode ser intensiva em conhecimentos e em mão de obra, criando oportunidades de trabalho nas áreas rurais e promove o desenvolvimento rural.

Sendo a chave para o desenvolvimento Sustentável

Enquanto o agronegócio destrói o meio ambiente, a agroecologia não utiliza produtos químicos, recicla totalmente seus componentes e prioriza o desenvolvimento da diversidade genética no espaço agrário. Só no Norte e Nordeste do país já existem cerca de dois milhões de unidades de produção que não utilizam agrotóxicos.

Estamos diante de uma disputa de dois modelos concorrentes de desenvolvimento. Resta à população refletir sobre a melhor maneira para produzir a alimentação necessária para os cerca de 180 milhões de brasileiros, levando em conta os aspectos econômicos, sociais, ambientais e de saúde.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Medicina da UFRGS forma a primeira cotista indígena Lucíola Inácio Belfort abre a série de três dias de reportagens sobre as ações afirmativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diploma ecoa na aldeia: Medicina da UFRGS forma a primeira cotista indígena

Lucíola Inácio Belfort abre a série de três dias de reportagens sobre as ações afirmativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diploma ecoa na aldeia: Medicina da UFRGS forma a primeira cotista indígena  Ricardo Duarte/Agencia RBS

Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

Aline Custódio

aline.custodio@diariogaucho.com.br

Quando o nome de Lucíola Maria Inácio Belfort, 38 anos, foi anunciado nos microfones do Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para receber o diploma de médica, na noite de sexta-feira, uma nova parte da história da principal universidade federal do Estado estava sendo escrita.
Lucíola é a primeira indígena a se formar em Medicina na instituição e está entre os cotistas que ingressaram em 2008, os precursores no programa de ações afirmativas – nome dado às políticas em benefício a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente.
Caingangue, Lucíola, ou Nivãn, nome pelo qual é chamada entre os de sua etnia, faz parte de uma parcela de estudantes universitários que, a partir daRESERVAde vagas para egressos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas, chegou ao ensino superior gratuito. Hoje, eles são cerca de 9 mil entre os 30,7 mil estudantes dos 93 cursos da UFRGS.
Até terça-feira, o Diário Gaúcho apresentará as mudanças que as ações afirmativas já estão causando nas diferentes esferas que circundam os cotistas: da sala de aula à vida.


Lucíola naRESERVA da Serrinha, no Norte do Estado
Foto: Tadeu Vilani
Às 19h14min desta sexta-feira, Lucíola recebeu seu diploma de médica. Usando brincos produzidos pela aldeia caingangue, ela vibrou muito enquanto recebia os aplausos da família. Uma noite para celebrar uma conquista tão batalhada.
Três semanas antes da formatura, o Diário Gaúcho acompanhou a ida de Lucíola à aldeia de Alto Alegre, em Ronda Alta, a 355km da Capital, para entregar os convites da formatura. Suas mãos tremeram ao ficar frente a frente com a mãe, Andila Inácio, 60 anos. O convite reafirmava a promessa feita a Andila quando ingressou no curso de Medicina, há sete anos.
— Tá aqui, a vitória é nossa — disse Lucíola.
Integrante da primeira turma de dez indígenas selecionados pela Ufrgs por meio de reserva especial de vagas, Lucíola havia se formado em Enfermagem, em 2001 – curso feito com bolsa de estudos numa universidade particular da região Norte do Estado. Durante sete anos, atuou como enfermeira em aldeias indígenas no Tocantins e no Rio Grande do Sul, sempre embalando o sonho de um dia cursar Medicina.
— Na época, eu trabalhava numa aldeia em Viamão quando minha mãe me avisou que as portas da Ufrgs seriam abertas aos indígenas. Era apenas uma vaga para 20 candidatos, e eu passei em primeiro lugar — recorda Lucíola.
Segunda filha mais velha de cinco irmãs, a futura médica integra uma família que pode se considerar diferenciada entre os caingangues: todos têm nível universitário.
Espalhados Brasil afora
A mãe, Andila Inácio, é professora aposentada e faz parte da primeira turma de indígenas bilíngues do Brasil. O pai, José Maria Baima Belfort, que vive em São Luis (MA), é funcionário aposentado da Funai. Entre as irmãs, Lucia Fernanda, 36 anos, é advogada e a primeira indígena com o título de mestra do Brasil. Suzana, 40 anos, é advogada e mestra em Direito, Sônia, 34 anos, é jornalista, e Luciana, 35 anos, é escritora. Lucia Fernanda mora na aldeia Alto Alegre. Sônia mora em São Félix do Araguaia (MT), Suzana, em Chapecó (SC), e Luciana, em Barra Velha (BA).
— Quando as minhas filhas se formaram em Direito, já foi uma vitória. A Lucíola tem uma responsabilidade muito grande, porque temos muita precariedade na área da saúde — justifica Andila.

Lucíola e mãe naRESERVA da Serrinha, no Norte do Estado
Foto: Tadeu Vilani

Resistência dos colegas
No início do curso, em 2008, por ser a única estudante em cota racial, já que naquele ano não entraram cotistas autodeclarados negros, Lucíola foi o alvo das manifestações dos colegas de curso. Viu seu nome em protestos nas redes sociais.
— Me enviavam mensagens dizendo que eu não deveria estar lá, que havia tirado a vaga de outra pessoa. Teve um ato na universidade para os colegas me entregarem o jaleco, e os professores e alguns veteranos se retiraram em protesto — recorda.
Quando a UFRGS criou o acesso aos indígenas, as vagas destinadas a eles não faziam parte das já existentes. E isso ocorre até hoje. As dez vagas anuais destinadas aos indígenas são escolhidas por uma comissão formada por caciques das aldeias gaúchas e representantes da universidade.
— Se eu tivesse 19 anos, teria desistido ali mesmo. Mas resisti até o fim, como minha mãe me ensinou — lembra.
"É uma porta que está se abrindo, e todas as propostas que me possibilitarem crescer, eu vou aceitar!"
Lucíola Maria Inácio Belfort

"Uma vitória que não é só dela, não é só da minha família, mas de todo um povo."
Andila Inácio

Lucíola, o marido e o filho Reserva da Serrinha, no Norte do Estado
Foto: Tadeu Vilani
Lucíola teria se formado em 2012, junto com a amiga caingangue e enfermeira Denize Marcolino, 24 anos, se tivesse concluído o curso no tempo mínimo exigido. Porém, prorrogou a conclusão por quase dois anos quando se descobriu grávida, no segundo ano de Medicina. Ela se apaixonou pelo então estudante de Odontologia Márcio Secco, hoje com 38 anos e de origem germânica, e com ele teve Kafâg, cinco anos, cujo nome é uma homenagem à araucária, árvore que representa o povo caingangue.
Para agilizar os estudos, Lucíola deixou o filho na aldeia, por um ano. Foi o segundo período mais difícil ao longo da universidade. Enquanto esteve entre os familiares da mãe, o menino era cuidado de perto pela amiga Miriam Joaquim,
30 anos, que ensinou palavras em caingangue para Kafâg.
— Uma índia jamais abandona o seu filho com alguém, nem em creche. Mas foi necessário, porque eu precisava estudar 24 horas. Para Kafâg, foi importante conhecer a nossa cultura. Hoje, ele se sente mais feliz na aldeia do que na cidade — conta Lucíola, enquanto observa o menino loiro correndo entre os primos na aldeia de Alto Alegre.
Apaixonado pela cultura caingangue, Márcio trabalhou durante seis meses no posto de saúde de Alto Alegre. Hoje, os três moram no Bairro São Geraldo, em Porto Alegre. Mas é o marido quem mais apoia Lucíola no retorno à aldeia, depois que ela receber o diploma.
"Nós queríamos que os nossos filhos estudassem, fizessem ensino superior. É um pleito de, mais ou menos, 30 anos."
Cacique Antônio Ming

"A política de ações afirmativas não é para reduzir o racismo, mas para diminuir as desigualdades racial e social ainda existentes no Brasil."
Edilson Nabarro, vice-coordenador da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas da UFRGS

Lucíola, no último dia de aula, atendendo paciente
Foto: Tadeu Vilani
No último dia como estudante, Lucíola despediu-se da UBS Santa Cecília, na Capital, onde fez o estágio final do curso, atendendo ao pequeno Matheus Busnelo Keidann, cinco anos, filho da zeladora Marta Eliane Burnelo Keidann, 45 anos. Descontraída, Lucíola tornou a consulta mais leve ao brincar com Matheus.
—Ela foi muito atenciosa e o examinou por completo. Dificilmente, o médico faz isso. Ela vai ser uma grande profissional — afirma Marta, desejando boa sorte à futura médica.
E o futuro?
No retorno à aldeia, Lucíola fez questão de entregar um convite ao cacique Antônio Ming. E dele veio a proposta para ela trabalhar no posto de saúde de Alto Alegre, junto com o marido:
— É a primeira caingangue se formando em Medicina no Rio Grande do Sul. Dou meus parabéns à Lucíola, pois venceu.
Antes do regresso definitivo às origens, porém, Lucíola pretende atuar como clínica e fazer uma especialização em Medicina da Família. Mas é uma questão de tempo:
— Penso em voltar para as aldeias, independentemente de qual seja. Não vou salvar o mundo, não vou salvar todos todos os índios, mas é uma porta que se abre.
Os indígenas e as cotas
* Desde 2008, 70 vagas foram oferecidas aos indígenas. Dessas, 65 foram ocupadas – nove por estudantes da etnia guarani e 54, da etnia caingangue.
* 45 estudantes indígenas estão regularmente matriculados.
* Três alunos indígenas foram diplomados, em Direito e Enfermagem.
* 15 alunos solicitaram o desligamento do curso e três abandonaram a universidade.
Fonte: Relatório anual 2013/2014 da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas

Lucíola na noite da formatura
Foto: Ricardo Duarte

ENTENDA AS AÇÕES AFIRMATIVAS
* Das vagas oferecidas na Ufrgs, 40% são reservadas às ações afirmativas (políticas em benefício a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente).
* São vagas destinadas a alunos de escolas públicas. É levado em consideração se o aluno declara-se preto, pardo ou indígena e a sua condição financeira.
* Todo candidato inscrito no vestibular concorre por acesso universal. O candidato que desejar concorrer também às vagas destinadas ao sistema de ingresso porRESERVA de vagas assinala a opção no ato da inscrição do vestibular.
* Se ele não atingir a nota para conquistar a vaga via universal, aí, caso inscrito, começa a ter os critérios avaliados para ingressar como cotista.
Na próxima segunda-feira, confira a segunda parte da reportagem: os desafios dos cotistas depois da formatura.

    segunda-feira, 15 de junho de 2015

    Meninas Kalungas. A Falange da Agonia!

    Meus Amigos e Minhas Amigas.

    Chocante! Estarrecedor! Covarde! Cruel... Como classificar o que ocorre com as meninas Quilombolas de Cavalcante, Chapada dos Veadeiros, em Goiás?

    O programa Repórter Record, desta Segunda Feira, 15/06, exibiu uma trágica reportagem sobre a violência sexual imposta às meninas Kalungas, com idade entre 10 e 14 anos. Os criminosos são pessoas brancas, poderosas da cidade, políticos, policiais, comerciantes, empresários e autoridades, que há anos vem sendo denunciados e nada acontece.

    O mais revoltante é o descaso das autoridades. Há um hediondo leilão de meninas negras virgens, que não sai por mais de Cem Reais. Quando essa barbárie acontece, todo o poder político, empresarial e social da cidade de Cavalcante se mobiliza para arrematar as meninas.

    Segundo o jornalista Renato Alves, - “Meninas descendentes de escravos nascidas em comunidades kalungas, da Chapada dos Veadeiros, protagonizam as mesmas histórias de horror e barbárie dos antepassados, levados à força para trabalhar nas fazendas da região nos séculos 18 e 19. Sem o ensino médio e sem qualquer possibilidade de emprego além do trabalho braçal em terras improdutivas, nos povoados onde nasceram, elas são entregues pelos pais a moradores de Cavalcante”.

    Prossegue o jornalista – “Na cidade de 10 mil habitantes, no nordeste de Goiás, a 310 km de Brasília, a maioria trabalha como empregada doméstica em casa de família de classe média. Em troca, ganha apenas comida, um lugar para dormir e horário livre para frequentar as aulas na rede pública. Para piorar, fica exposta a todo tipo de violência. A mais grave, o estupro, geralmente cometido pelos patrões, homens brancos e com poder econômico e político”.

    A Câmara dos Deputados ventilou com uma CPI para investigar o caso, mas não se falou mais nisso. É porque tem muitos políticos, de vários partidos, envolvidos.

    As milhares de siglas de movimentos de negros, de defesa do negro, da igualdade racial, de defesa e dos direitos Quilombolas e dos direitos das mulheres negras mantêm-se em suas inutilidades, e não estão nem ai para essa tragédia. 

    Dissimulando lutas pela Causa Negra e pela Causa Quilombola estão elaborando orçamentos, em busca de verbas públicas para saciar as suas podres e fétidas gulas.

    A tragédia que envolve as Meninas Kalungas é um triste fato que esses vendilhões da raça ignoram.

    Por que até agora nenhum movimento negro e nenhum movimento se manifestou para o governo e o partido político os quais são bestiais servis cobrando uma solução para o caso?

    Aonde estão as centenas de entidades de defesa das mulheres negras, que disparam suas hipocrisias contra as passistas de escolas de samba, mas se mantém inúteis diante de tão cruel tragédia contra as meninas Kalungas?

    O que fazem as centenas de entidades Quilombolas que não emergem das suas chafurdas, limpem-se e corram ao socorro dessas meninas?

    Estão todos mergulhados nas suas insignificâncias, e gulas exacerbadas, à custa dessas tragédias das alimentam suas nefastas fomes de hipocrisia.  

    O que mais causa revolta, além da violência contra as meninas, é saber que existe no país federações e confederações Quilombolas, que não estão nem ai para as tragédias das meninas Quilombolas da Chapada dos Veadeiros.

    Está em curso uma Comissão da Verdade Sobre a Escravidão Negra que, segundo um dos seus objetivos, vai resgatar a história da população negra no Brasil, inclusive as atrocidades cometidas à época da escravatura...

    Seria mais útil, objetivo e legítimo para a Causa Negra e Quilombolas se investigassem o genocídio cometido contra os jovens negros, e as atrocidades sexuais contra as meninas Quilombolas de Goiás.

    Como dizia em Magé, Baixada Fluminense, nos idos dos anos sessenta, o saudoso Mané Viana, negro mandingueiro, cantador e tocador de Chula: – Os pretos de hoje em dia perdem muito tempo discutindo coisas do passado, e estão deixando de olhar e construir o seu presente. Com isso, estão correndo o risco de não serem lembrados no futuro.

    Espero que não seja uma profecia.

    Abraços a todos.

    Flávio Leandro

    Cineasta, Professor de Produção de Cinema e Vídeo, Professor de Produção Teatral.

    domingo, 14 de junho de 2015

    Num futuro não muito distante, a aliança entre grupos políticos moderados e fundamentalistas religiosos obtém expressiva vitória eleitoral. Logo se estabelece, num país de tradições laicas e liberais, o predomínio da repressão, do obscurantismo e do preconceito.
    Em "Submissão", polêmico livro de Michel Houellebecq recém-traduzido no Brasil, imagina-se o domínio de certa "Fraternidade Muçulmana" sobre o Estado francês.
    O Brasil por certo não é a França retratada nesse romance, e se o fanatismo de alguns grupos traz perigo à sociedade ocidental, não há sinais de sua atividade em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Brasília.
    Um espírito crescente de fundamentalismo se manifesta, contudo, em setores da sociedade brasileira –e, como nunca, o Congresso Nacional parece empenhado em refleti-lo, intensificá-lo e instrumentalizá-lo com fins demagógicos e de promoção pessoal.
    O ativismo legislativo que se iniciou com a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, e que Renan Calheiros (PMDB-AL) não deixou de seguir no Senado, possui o aspecto louvável de recuperar para o Parlamento um padrão de atuação e de debate por muito tempo sufocado.
    Essa aparência de progresso institucional se acompanha, porém, dos mais visíveis sintomas de reacionarismo político, prepotência pessoal e intimidação ideológica.
    Tornou-se rotineiro, nos debates do Congresso, que este ou aquele parlamentar invoque razões bíblicas para decisões que cumpre tratar com racionalidade e informação.
    Condena-se a união homoafetiva, por exemplo, em nome de preceitos religiosos e de textos –não importa se a Bíblia ou o Corão– que podem muito bem ser obedecidos na esfera privada, mas pouco têm a contribuir para a coexistência entre indivíduos numa sociedade civilizada e plural.
    Muitas religiões pregam a submissão da mulher ao homem, abominam o divórcio, estabelecem proibições a determinado tipo de alimento, condenam o consumo do álcool, reprovam o onanismo, legislam sobre o vestuário ou o corte de cabelo.
    Nem por isso se pretende, nas sociedades ocidentais, adaptar o Código Penal a esse tipo de prescrições, dos quais muitos exemplos podem ser encontrados no texto bíblico. Sobretudo, não é função do Estado legislar sobre a vida privada.
    Ainda assim, num evidente aceno a parcelas crescentes do eleitorado, uma verbiagem religiosa toma conta do Congresso.
    Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição constitucional brasileira.
    O conservadorismo sem dúvida é forte no Brasil; a pena de morte, a redução da maioridade penal, a rejeição ao aborto e à liberação das drogas têm apoio em larga parcela da população –e diante de tais assuntos, naturalmente, cada pessoa tem o direito de se posicionar como lhe parecer melhor.
    Mas nossa sociedade também é, felizmente, mais complexa do que pretendem os mais conservadores.
    A tradição do sincretismo religioso, da liberalidade sexual, do bom humor, da convivência com pessoas vindas de todos os países e das mais diversas culturas, a prática do respeito, da cortesia e do perdão constituem elementos tão cultivados na identidade brasileira quanto o que possa haver –e indiscutivelmente há– de autoritário e violento em nosso cotidiano.
    O debate entre essas forças contraditórias é constante e, a rigor, interminável. Não combina com o açodamento das decisões que, em campos diversos, têm sido tomadas na Câmara dos Deputados.
    Seria equivocado criticar seu presidente por ter finalmente posto em votação algo que se arrastava há anos nos labirintos da Casa, como a reforma política. É inegável, entretanto, que Eduardo Cunha atropelou as próprias instâncias institucionais ao impor ideias como a do distritão na pauta de votações.
    A toque de caixa, questões intrincadas como a do financiamento às campanhas eleitorais sofreram apreciações seguidas, e nada comprova mais a precipitação do processo do que o fato de que, em cerca de 24 horas, inverteram-se os resultados do plenário.
    Uma espécie de furor sacrossanto, para o qual contribui em grande medida o interesse fisiológico de pressionar o Executivo, alastra-se para o Senado. No susto, acaba-se com a reeleição e se altera a duração dos mandatos políticos. O cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado.
    No meio dessa febre decisória, há espaço para que o Legislativo comece a transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais duras e sabidamente ineficazes.
    Setores políticos moderados se veem quase compelidos a conciliar-se com a virulência ideológica dos que consideram a defesa dos direitos humanos uma complacência diante do crime; dos que consideram a defesa do Estado laico uma agressão contra a fé; dos que consideram a racionalidade ocidental uma forma de subversão, e as conquistas do iluminismo uma espécie de conspiração diabólica.
    Os inquisidores da irmandade evangélica, os demagogos da bala e da tortura avançam sobre a ordem democrática e sobre a cultura liberal do Estado; que, diante deles, não prevaleça a submissão.
    http://www1.folha.uol.com.br/…/2…/06/1641792-submissao.shtml

       

      sábado, 13 de junho de 2015

      Segurança alimentar: desafio é garantir acesso dos povos tradicionais às políticas públicas

       

      Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 19h51

      Edna Marajoara aprendeu com a avó o uso medicinal das plantas da Amazônia. Há mais de 20 anos, defende a preservação do conhecimento tradicional de sua comunidade, como a técnica milenar de extração artesanal do óleo da andiroba. Representante da Cooperativa Ecológica de Mulheres Extrativistas do Marajó (Cemem), ela afirma que não há como dissociar esse conhecimento das políticas públicas para a promoção da segurança alimentar e nutricional, tema do 1º Encontro Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia, que começou na terça-feira (9), em Belém.

      "Entendemos que não existe segurança alimentar sem as plantas medicinais. Na nossa comunidade, por exemplo, a comida dos idosos, das gestantes e das crianças vem acompanhada das plantas da região. Temos que evitar a extinção desse conhecimento. A sobrevivência da floresta depende unicamente do nosso conhecimento tradicional”, diz.

      Para Edna, o encontro também é uma oportunidade para debater as políticas públicas voltadas para os povos tradicionais. “Sabemos que, para se desenvolver, temos que ter políticas públicas. E nós já temos, só precisamos que elas sejam implantadas.”

      Na abertura do evento, a secretária adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Lilian Rahal, falou sobre o desafio do ministério para encontrar as famílias que ainda vivem em situação de insegurança alimentar na Amazônia. “Queremos chegar até essas famílias vulneráveis para garantir o acesso às ações e mudar o patamar de vida da população”, destacou.

      Lilian disse ainda que, no encontro em Belém – o primeiro de uma série de eventos temáticos preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – serão debatidas as ações que estão sendo implementadas na região, como a Inclusão Produtiva Rural. “Queremos ouvir e discutir para convergir as nossas ações, em parceria com os estados e os municípios da região”, afirmou.

      A secretária aproveitou a presença, na mesa de abertura, do secretário estadual de Trabalho e Assistência Social do Pará, Heitor Pinheiro, para falar sobre o pacto federativo que será lançado em breve pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). “O governo federal vai convidar estados e municípios para um grande pacto federativo pela garantia da alimentação saudável.”

      Na ocasião, a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, ressaltou que o evento temático marca o início do processo da conferência nacional - marcada para novembro, em Brasília. “Há uma simbologia muito grande na realização deste encontro aqui na Amazônia, esse importantíssimo bioma, que tem um sentido nacional”, disse.

      A presidenta lembrou dos diversos aspectos do bioma, como “a riqueza da biodiversidade da Amazônia, o seu valioso patrimônio cultural, o conhecimento tradicional de seus povos sobre as plantas medicinais e comestíveis, frutos, sementes, raízes, peixes e fauna silvestre”.

      Segundo ela, “esse valioso patrimônio deveria representar uma abundante oferta e utilização de proteínas, vitaminas e minerais para garantir a saúde, a segurança alimentar e nutricional e a qualidade de vida de sua população, mas infelizmente não é isso que ocorre”. “Cerca de um milhão de pessoas na região ainda sofrem algum tipo de insegurança alimentar e o consumo de frutas e hortaliças tem sido um dos mais baixos [do país]”, disse ela, em alusão aos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).

      O encontro temático prossegue até esta quinta-feira (11) e é promovido pelo Consea, com o apoio da Caisan, que é coordenada pelo MDS.

      Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com informações do Consea

      quinta-feira, 11 de junho de 2015

      Universidade Estadual oferta curso de Iorubá no Zumbi dos Palmares

      Universidade Estadual do Piauí (Uespi), através do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor), em conjunto com a Coordenação de Igualdade Racial do Governo do Estado e o Memorial Zumbi dos Palmares, implantará um curso da língua africana iorubá.

      O curso terá carga horária de 60 horas, tendo início em julho. Serão ofertadas 30 vagas e as inscrições poderão ser feitas no Memorial Zumbi dos Palmares, a partir de 29 de junho até o dia 10 de julho. O curso será totalmente gratuito e as aulas serão ministradas pelo professor Ruimar Batista, no Memorial.

      A reunião com os representantes das entidades envolvidas aconteceu na terça-feira (9) na Uespi. Participaram a coordenadora do Memorial Zumbi dos Palmares, Antônia Aguiar, a coordenadora de Igualdade Racial do Governo eo Estado, Assunção Aguiar, o militante e professor Ruimar Batista e o coordenador geral do Parfor, Raimundo Dutra. “A implantação desse curso é uma demanda que o movimento negro piauiense tem há muito tempo e agora, através dessa parceria entre as instituições, foi possível fazer essa oferta”, afirmou Dutra.

      Assunção Aguiar explica que para o movimento negro, o curso é um referencial. “Demonstra o fortalecimento da identidade negra no Piauí através da língua iorubá. É um momento muito especial para nós e ficamos muito felizes em saber que a Uespi está atenta à diversidade”, declarou. O Memorial Zumbi dos Palmares já conta com três cursos de línguas ofertados em parceria com a Uespi. São eles: libras, inglês e espanhol.

      Segundo a coordenadora Antônia Aguiar, “o memorial abraça com todo carinho e satisfação a implantação de mais esse curso”. Para Ruimar, a implantação do curso é a realização de um sonho. “Tem mais ou menos 15 anos que tentamos implantar esse curso, então para nós é realmente um momento histórico”, finaliza.

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      quarta-feira, 10 de junho de 2015

      SEPPIR encerra mais uma etapa da Caravana pela Igualdade Racial em SC e RS

       

      Data: 10/06/2015

      Depois de visitar Joinville e Florianópolis, em Santa Catarina, a ministra Nilma Lino Gomes seguiu para o Rio Grande do Sul, onde cumpriu agenda oficial na terça e quarta-feira (9 e 10 de junho), encerrando em Porto Alegre mais uma etapa da Caravana Pátria Educadora pela Promoção da Igualdade Racial e Superação do Racismo.

      SEPPIR encerra mais uma etapa da Caravana pela Igualdade Racial em SC e RS

      Na terça-feira, a ministra falou a parlamentares e representantes dos movimentos sociais  sobre as Políticas de Ações Afirmativas, destacando o papel da educação e as contribuições da SEPPIR na consolidação do Programa Brasil, Pátria Educadora. A palestra foi realizada na Assembléia Legislativa e, ao final, a ministra ouviu as intervenções dos participantes da sociedade civil.

      Na ocasião, também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Educação para implementação da Lei 10.639/2003,que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio.

      Ainda na terça-feira, a ministra esteve com os membros do Conselho Estadual de Povos de Terreiro, que estavam reunidos na capital gaúcha, e mencionaram sua preocupação com os casos de intolerância religiosa vivenciadas no estado. Ao explicar o trabalho da Seppir, ela destacou que os povos e comunidades tradicionais compõem um dos eixos prioritários da sua gestão frente ao Ministério.

      No último dia da agenda, o encontro foi com os gestores de igualdade racial de Porto Alegre e de outros municípios, a exemplo Bom Jesus, Novo Hamburgo, Canoas, Passo Fundo, Osório, Uruguaiana e Caxias do Sul.

      Na reunião, que contou também com a presença do secretário de Direitos Humanos, César Faccioli, a ministra falou sobre o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o Sinapir, que tem um papel importante na consolidação da política em nível nacional. O Sistema, além de incentivar a criação de órgãos de PIR, democratiza o acesso aos recursos federais, por meio de chamadas públicas. Ela ressaltou que a SEPPIR lançará em breve um novo edital e que os municípios que aderirem ao Sistema terão uma pontuação adicional, casos seus projetos sejam selecionados.  

      Na quarta-feira a ministra Nilma esteve também com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, com quem conversou sobre o Sinapir, lembrando que tanto o estado quanto a Prefeitura da capital aderiram ao Sistema, situação verificada apenas no Rio Grande do Sul.

      terça-feira, 9 de junho de 2015

      Mãe Carmen de Oxalá foi convidada pela Rádio Fraternidade FM a falar dos Projetos Sociais da ASSOBECATY

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      Projeto Ajeun Ilerá – Alimento saudável para todos e Segurança Alimentar em pauta na Radio Fraternidade - Guaíba


      O programa de rádio matinal, tem uma audiência , em sua  maioria, formada por donas de casa , elas tiveram  oportunidade de conhecer, nesta terça-feira, 9 de junho, um pouco sobre o funcionamento do Projeto Ajeun Ilerá- Alimento saudável para todos programa de aquisição de Alimentos  do governo federal - PAA- Guaiba. A entrevista foi  conduzida pelo locutor Clóves Aguirre da rádio Fraternidade durante o Programa Aló Comunidade.
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      Mãe Carmen de Oxalá diretora espiritual da ASSOBECATY, Coordenadora técnica do projeto e Conselheira Estadual do CONSEA- Conselho Estadual de Segurança Alimentar,  falou sobre sua experiência  à frente do projeto de distribuição  de  alimento para 1200 familia na cidade de Guaíba como um direito humano a alimentação.

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      Mãe Carmen de Oxalá falando sobre Segurança Alimentar na Rádio Fraternidade

      A matéria foi além de informar sobre o Projeto de Ajeun, também abordou  sobre a necessidade do municipio amadurecer a idéia de trabalhar para obter a implantação do Conselho  Municipal de Segurança Alimentar.

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      Mesmo o tempo de rádio sendo  curto, a pauta não se esgota  anunciou que este ano  acontecem as  Conferência  Municipais e Estadual de Segurança Alimentar.

      sábado, 6 de junho de 2015

      ASSOBECATY é apresentada no Brig da Beira

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      Domingo ao final de tarde,  Assobecaty foi apresentada  para a Coordenadora da Associação do  Brique da Beira, como é carinhosamente chamado pela população local é um evento único que acontece nos domingos de 15 em 15 dias. IMG_4572

      Neste momento o dialogo,  com a coordenadora da Associação  responsável pelo articulação dos associados Sra. Leila foi super produtivo e sinaliza a necessidade de outros  encontros e quem sabe não amadurece  uma parceria,

      sexta-feira, 5 de junho de 2015

      Projeto Ajeun Ilerá Alimento Saudável para todos

      Projeto Ajeun Ilerá Alimento Saudável para todos

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            Bairro  Vera Cruz - Dia  19 ás 12:30 ás 14hs 

            Bairro Primavera - Das 15 ás 20 hs

            Bairro Santa Rita na ASSOBECATY - Dia 20 a partir das 10 hs

            Bairro  Ermo  Beco Chega Mais   -    Dia 20  ás 13: 30 hs

            Bairro Alegria                                   - Dia 20   ás 15 hs

            Bairro  Morada da Colina                 -  Dia 20  ás  16:30 hs