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sábado, 31 de dezembro de 2011

Palavra de Mãe Carmen de Oxalá

 

100_0055As pessoas que sempre foram muito sagrificadas, serão abençoadas no Ano 2012, pelo Pai Oxalá.  Essas são palavras de Mãe Carmen de Oxalá.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fórum Social Temático 2012 terá Gilberto Gil, Manu Chao, Boaventura, Ramonet e presidentes

29/12/2011

A assessoria de comunicação do Fórum Social Temático 2012, que será realizado em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, de 24 a 29 de janeiro, divulgou alguns números e informações sobre atividades confirmadas para o evento. Já há mais de 400 atividades autogestionárias inscritas e estão confirmadas a presença de 300 convidados nacionais e internacionais, entre intelectuais, líderes de movimentos sociais, ativistas das causas ambientais, trabalhistas, indígenas e de direitos humanos.

Estão confirmados, por exemplo, nomes como Boaventura de Sousa Santos, Ignacio Ramonet, José Graziano e João Pedro Stédile, entre outros. No dia 25 de janeiro, o Fórum Social Temático 2012 abrigará uma mesa de cúpula reunindo os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Paralelamente a essas atividades, ocorrerão vários outros eventos, entre eles o Fórum Mundial de Educação e Fórum Mundial da Saúde e Seguridade Social. Os quatro municípios que recebem o encontro terão eventos culturais, feiras de economia solidária e praças de alimentação. Em Porto Alegre, o Acampamento Intercontinental da Juventude instalará suas barracas mais uma vez, no Parque Harmonia. Na programação cultural, estão confirmados shows de Gilberto Gil, Manu Chao, Fito Paez, Leci Brandão, Martnália, entre outros. Além desses shows, estão programadas mostras de cinema, espetáculos de teatro de rua e apresentações circenses.

O tema central de debates do FST 2012 será a crise capitalista e os caminhos para a justiça social e ambiental. Além disso, o Fórum pretende ser um espaço para a formulação de propostas para a Cúpula dos Povos, que ocorrerá em junho de 2012 no Rio de Janeiro, paralelamente à reunião de cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Maiores informações sobre como participar, credenciamentos (de imprensa, inclusive) e sobre a programação podem ser acessadas na página do encontro (www.fstematico2012.org.br).

Fotógrafo carioca explora região mística do Senegal

de angelo

Um carioca de 33 anos dá nome ao único cinema – na verdade, uma sala com um projetor que exibe vídeos numa parede – de Kabadio, uma pequena vila de 3 mil habitantes no Sul do Senegal, considerada um centro místico em meio a uma região marcada por conflitos armados. Não é pouca coisa considerando-se que, há até poucos anos, os moradores de Kabadio não gostavam de receber forasteiros e tentavam se manter alheios a qualquer tipo de influência dos toubab, a designação no idioma mandingue para homem branco.
Mas o fotógrafo e cineasta Daniel Leite furou o cerco espiritual. Em duas visitas, uma em 2006 e outra em 2011, ele já passou dois meses no vilarejo para preparar um livro de fotos, uma exposição e um documentário. Seu maior objetivo, contudo, é ir além dos produtos materiais. Daniel quer mesmo ajudar Kabadio.

O Senegal tem uma geografia inusitada: o Norte e o Sul do país são separados por um outro país, a Gâmbia. O Sul é conhecido como Casamansa, região que sofre com conflitos armados há mais de 20 anos, a maioria deles promovidos pelo Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), uma guerrilha que reivindica sua separação do resto do Senegal.

Logo na primeira vez que foi a Kabadio, Daniel compreendeu os riscos e as dificuldades da Casamansa. Ele pegou um avião de Paris até a capital senegalesa de Dacar, atravessou as estradas do Norte, cruzou a Gâmbia, enfrentou um engarrafamento de seis horas até conseguir pegar um ferry boat para atravessar o Rio Casamansa e só então foi parar na região militarizada.

Sua primeira imagem do Sul do Senegal, ao acordar no meio de uma viagem que no total durou 16 horas, foi a de um caminhão cheio de militares armados bloqueando a estrada. Outro encontro comum, para quem trafega por Casamansa, é com os rebeldes do MFDC cobrando um “pedágio” dos forasteiros em nome de uma ajuda ao movimento separatista.

- Esse trajeto é uma passagem que foi me acostumando àquilo com que eu iria me deparar – diz o diretor. – Kabadio é um éden. Eles são pobres materialmente, mas não há miséria. A guerra não passa por lá por causa da proteção mística e do respeito político que os rebeldes têm pelo vilarejo. Com o projeto, eu quero revelar a realidade daquele povo, que é de onde nosso povo brasileiro vem. Aqueles rostos são os nossos. Eles são nossos ancestrais.

Daniel, que hoje trabalha como diretor de fotografia da TV Globo, começou a se aproximar de Kabadio durante os três anos em que estudou cinema na França. Ele ficou em Lyon de 2004 a 2007, pagando as contas com editoriais de moda para revistas ou com pequenos trabalhos em cinema e TV. Mas ele se sentia incomodado pelas dificuldades de um estrangeiro no país e por não conseguir realizar um trabalho autoral como gostaria.

- Um dia eu recebi um e-mail de uma francesa, estudante de mestrado, que queria fazer um trabalho sobre minhas fotos. Nós nos encontramos e ela me contou que passou três meses num projeto de cooperativa de pesca em Kabadio – conta. – Depois, conheci a associação humanitária francesa IEFR, que atua em Kabadio. Daí começamos a planejar a primeira viagem.

O financiamento inicial veio de um fundo da faculdade e de uma organização que banca projetos estudantis, a Crous. Já para a segunda viagem, realizada no início deste ano, a verba – que inclui passagem área, deslocamentos, equipamentos e a contratação de guias e assistentes – foi própria.
Com o material recolhido, que inclui vídeos, fotografias e peças, Daniel Leite agora prepara filme, livro e exposição sobre Kabadio, que devem ser lançados simultaneamente.

- A ideia é levar um pedaço daquele povo para fora dali – conclui.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Assobecaty bota a Rede Cultura na Rua com EMBOLADÃO Bandas dos Territórios da Paz,Cohab e Bom Jesus

logo cultura na rua_thumb

Uma das caracteristica marcante dos territórios da paz é uma mistura de cores, culturas, sabores e ritmos, e o de Guaiba não é diferente. É nesta sexta (30) ás 19 horas. abre espaço ao Hip Hop , com diversas bandas, é o Emboladão”, que acontece na Praça ao lado da Cancha de Bocha, das 16h às 22;30 h, com entrada Livre. O encontro, com fins de integração entre os Micro -Projetos Territórios da Paz em Guaiba em conexão com o território da Bom Jessus, contará com apresentação de grupos Conexão Cohab Guaiba e Bom Jessus,. Show com as bandas Leões do Funk, Bonde da Islandia funk, Profeteu Rap, Terminal 4 -7-0 Rap e gravação do DVD ao vivo da Banda familia Resistente rap. Uma iniciativa Assobecaty através da Rede Cultura na Rua, Micro projetos territorios da paz, governo federal. Além disso, a programação também inclui Oficinas de Dança de Rua, Capoeira de Rua, Crõnicas de Rua, Contação de História, Capoeira de Rua, Midia na Rua e o colorido pelas ruas através da Oficina Pintura em Tela.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Juliana Alves exalta beleza negra em ensaio de Fernando Torquatto

26/12/2011 por Da Redação

Juliana Alves no Superbonita  / Foto: Alexandre Campbell

Juliana Alves no Superbonita / Foto: Alexandre Campbell

Atriz diz que se identifica com a energia da áfrica e conta como as cores influenciam seu humor

Por Pollyana de Moraes

Durante a gravação do “Superbonita Verão” sobre beleza da pele negra, a atriz Juliana Alves incorporou a força e o colorido típicos da cultura africana para ensaio produzido e fotografado por Fernando Torquatto. “Tudo tem a ver com a imagem de energia que a África passa para a gente”, definiu Juliana.

Para criar o look afro do ensaio, Torquatto optou por um penteado com tranças e coque e uma maquiagem bem colorida, que Juliana adorou. “A cor influencia meu estado de espírito. Quando fico triste, procuro usar cores vivas que dizem o contrário do que estou sentindo”, contou ela.

Para pele negra, dica é misturar iluminador líquido com base

Apesar de adorar cores, Juliana contou que tem medo de exagerar nos batons coloridos, por já ter lábios carnudos. Mas para Fernando Torquatto não há o que temer. “Uma dica para todas as mulheres que têm lábios mais grossos é aplicar corretivo antes do gloss para dar um ar de profundidade”, ensinou o consultor de beleza do GNT.

Torquatto disse ainda que um ótimo truque para melhorar os resultados da maquiagem na pele negra é misturar iluminador líquido com a base, o que dá uma textura elegante e saudável para o rosto. Clique aqui e veja as fotosClique para ampliar

Fonte: Super Bonita

domingo, 25 de dezembro de 2011

Cidade do Samba ganha o nome do carnavalesco Joãosinho Trinta

25/12/2011 por Da Redação

Decreto do prefeito Eduardo Paes foi publicado nesta quarta-feira (21).
Carnavalesco faleceu no dia 17 de dezembro.

Um decreto do prefeito Eduardo Paes, publicado nesta quarta-feira (21), no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, mudou o nome da Cidade do Samba, na Zona Portuária da capital, para Cidade do Samba Joãosinho Trinta. O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, que ficou conhecido no carnaval carioca como Joãosinho Trinta, faleceu no dia 17 de dezembro no Maranhão.

De acordo com o decreto, Joãosinho Trinta “é considerado um dos maiores nomes do carnaval carioca, sempre lembrado por sua ousadia e genialidade”. Além disso, o decreto ressalta “a contribuição dada pelo referido carnavalesco ao desenvolvimento do carnaval carioca, tendo participação fundamental nos títulos alcançados pelas diversas escolas de samba nas quais trabalhou”.

Enterro
O carnavalesco Joãosinho Trinta foi enterrado na segunda-feira (19) ao som de batucadas de escola de samba após um cortejo acompanhado por uma multidão em São Luís. O carnavalesco morreu no sábado (17) após ficar internado por 14 dias.

Bloco de Carnaval e escola de samba acompanharam cortejo em São Luís. (Foto: Karla Freire/G1)Bloco de Carnaval e escola de samba acompanharam cortejo em São Luís. (Foto: Karla Freire/G1)

Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,5 mil pessoas acompanharam o cortejo e o enterro. O corpo foi levado pelas ruas de São Luís, do Museu Histórico do Maranhão onde ocorreu o velório, em um carro do Corpo de Bombeiros, e seguido por um bloco tradicional de Carnaval da capital, Fuzileiros da Fuzarca.

Na chegada ao cemitério, a escola de samba Turma do Quinto aguardava a multidão que acompanhava o cortejo. O corpo de Joãosinho foi enterrado ao som do samba da escola por volta das 12h (horário de Brasília).

Dentro do cemitério, uma multidão cantou o samba-enredo da Beija-Flor para o carnaval de 2012, que será sobre os 400 anos de São Luís. Neguinho da Beija-Flor, intérprete da escola, também acompanhou o enterro.

Homenagem
No velório, Neguinho também puxou o samba-enredo da Beija-Flor. Para ele, o maior espetáculo audiovisual do mundo perdeu o seu grande representante. Emocionado, o intérprete revelou que tinha o carnavalesco como um grande professor. “Joãosinho me ensinou tudo. Ele dizia que o samba é uma família e assim eu vejo o samba até hoje.”

Pinah, ex-passista e destaque da Beija-Flor, também tem o Joãosinho Trinta como um mentor. “Em todos os enredos dele, nos 17 anos que estivemos juntos na Beija-Flor, eu sempre fui destaque. Aprendi tudo com ele, até a costurar. Vai ficar um vazio”.

Em 2012, a escola apresentará na Sapucaí a história de São Luís do Maranhão. O samba-enredo, segundo revelou Neguinho, falará das belezas naturais, dos casarões coloniais e do reggae. Joãosinho seria o destaque do último carro da escola, e agora receberá uma homenagem póstuma na avenida.

“Ele é um gênio e não tem explicação. Ele criou essa beleza toda do Carnaval. O Carnaval não tinha essa dimensão que tem hoje. Ele é hoje grandioso, graças ao Joãosinho Trinta. O Brasil está solidário com o nosso luto, com a tristeza do mundo do samba por esta perda.”

Fonte Do G1 RJ

sábado, 24 de dezembro de 2011

Papai Noel também pode ser negro !

de angelo

Barba branca, pele clara rosada, a roupa vermelha e uma barriga saliente. A imagem “clássica” do bom velhinho já está mais do que presente nos shoppings, lojas e ruas durante o período natalino. Mas algumas pessoas que fogem da descrição ideal do Papai Noel também vestem a roupa vermelha e o gorro para animar as crianças.

A figura é inspirada em São Nicolau, um bispo que gostava muito de crianças. Ele costumava ajudar pessoas pobres e deixar saquinhos com moedas próximos às chaminés das casas no século IV. O estereótipo de São Nicolau era branco, gordinho e usava bigode e barba.

Em um país de diversidade racial como o Brasil, o Papai Noel também é interpretado por pessoas que não são parecidas a descrição. O despachante fiscal Marco Antônio Rocha, de 55 anos, veste a roupa do bom velhinho há oito anos para trabalhar em um banco na Avenida Paulista, no Centro. Negro, ele usa uma barba grisalha para compor o personagem.

- As crianças perguntam por que a barba não é branca e respondo que sou o mais novo -, diz, rindo. Ele conta que as crianças adoram tirar fotos com o Papai Noel negro, justamente porque é novidade. “É o que chama mais atenção da criançada”, afirma.

Mas estar fora do padrão não é fácil.

- Os papais noéis diferentes passam por dificuldade para se enquadrar no mercado dos shoppings. Hoje, até aqueles com barba artificial são rejeitados. O público espera o Papai Noel tradicional. E ele é branco -, diz Sílvio Ribeiro, dono de um curso de papais noéis em São Paulo.

As crianças, porém, também se encantam pelo diferente. Deyves Hadward Júnior, de 32 anos, ficou paraplégico aos 27 anos e se veste como o bom velhinho pelo primeiro ano. Hadward conta que os pequenos adoram tirar fotos com ele por causa do tamanho. “Olha, eu também sou pequenininho”, diz para as crianças mais tímidas.

O surfista – sim, ele ainda pega onda – conta a satisfação que tem ao trabalhar com crianças. “No primeiro dia, fui chorando embora. O abraço delas fala tudo”, afirma. Para o surfista, elas não têm preconceito em relação à figura do velhinho. “Não importa, desde que seja Papai Noel”, afirma.

Já o professor de artes Daniel Bocchi, de 29 anos, assumiu sua magreza e se tornou um dos papais noéis mais esguios de São Paulo. “Eu não coloco enchimento porque Papai Noel muito gordo não passa pela chaminé”, brinca. Com 1,92m e 92 kg, o cinto do professor precisou de um furo extra para fechar na cintura.

Ele defende que as pessoas precisam deixar de imaginar que o bom velhinho tem uma imagem padrão. “Papai Noel não é o gordinho de olho azul e barbinha branca. Eu amo isso aqui. O meu sonho era ser Papai Noel”, conta.

Negro, magro ou paraplégico, interpretar o Papai Noel é uma emoção para todos eles. “O maior prazer é ver a alegria das crianças”, diz Marco Antônio Rocha.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Agentes de Negritude – Projeto de formação política para jovens negros no Pará.

Senhores(as),

Estão abertas as inscrições para o projeto de formação Agentes de Negritude

 

Premiado por um edital da Fundação Ford o CEDENPA – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará, organização do movimento negro atuante a mais de 30 anos no Pará lança o Projeto Agentes de Negritude. O projeto visa fazer valer a legislação existente, mais especificamente ligada à superar as desigualdades sócio raciais (e de gênero) que tem prejudicado secularmente a população negra, estimulando para isso, o protagonismo da mesma, através de ações mais amplas, coletivas e qualificadas. Trata-se pois, de atuar junto aos poderes executivo, legislativo e judiciários realizando audiências, sessões especiais , seminários, campanhas e efetivar cursos para agentes da negritude, criar/ampliar redes de articulações, sobretudo de mulheres negras, para dar mais contundência e agilidade no processo de construção da equidade racial.

O projeto pretende atuar junto a diversos órgãos e instâncias do Estado , nos âmbitos Executivo, Legislativo e do Sistema Judiciário do/no Pará, para evitar que todo o corpo de leis antirracistas, até então conquistado, continue , praticamente, ´letra morta´ ou com aplicação tão lenta, que tem facilitado a manutenção das distâncias sócio raciais e de gênero.

Pretende também formar 80 jovens Agentes de Negritude, seguindo o modelo dos antigos agentes de saúde, experiencia relevante no Estado. O conteúdo do curso envolve conhecimentos sobre trajetória da população negra no Brasil; modelos de desenvolvimento alterativos ao vigente , que levem em conta o respeito aos DHESCAs (Direitos humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais , este último com foco maior na Amazônia); às PAAs (Políticas de Ações Afirmativas); combate aos Racismo Institucional e Ambiental; aspectos da mundialização e fluxos de capitais; e outros temas indispensáveis para garantir uma participação mais qualificada de negras e negros em vários espaços de debates e decisões. Além de um plano de comunicação de forma a garantir a utilização de atuais tecnologias de comunicação/informação e realização de duas campanhas `informativas/orientadoras´, para dar visibilidade aos direitos adquiridos pela e para a população negra .

Pretendemos com isso a ampliação e fortalecimento de espaços de mobilização e visibilidade das ações voltadas a viabilizar um protagonismo efetivo de representantes da população negra, no processo ligado à eliminação de mecanismos de manutenção da subalternização histórica, a que está submetida a população negra na sociedade brasileira.

Informações:

Período de Inscrição: 22/12/2011 à 06/01/2012,

Preencher ficha de inscrição e termo de compromisso e enviar para cedenpa@cedenpa.org.br.

Local das aulas: Casa da Linguagem - Av. Nazaré esquina com Assis de Vasconcelos

Aula inaugural: 13/01 09 ás 12h

Formação: 16/01 à 20/01

Documentos necessários: cópia de RG, comp. de residência.

Nivel Médio completo

“O racismo não implica apenas a exclusão de uma raça por outra, ele sempre pressupõe que a exclusão se faz para fins de dominação”
Steve Bantu Biko

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mametu Nangetu e Mametu Muagilê negociaram com a SEJUDH-PA a regularização de Terreiros como Templos Afro-religiosos.

 

Mametu Nangetu (esquerda) com o Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, José Acreano Brasil Junior (centro), e Mametu Muagilê (direita) reuniram no gabinete do secretário na SEJUDH. (foto de celular, tecnologia do possível/ Projeto Azuelar).

Nesta terça-feira (20) pela manhã o Secretário de Estado da Justiça e Direitos Humanos, Dr. José Acreno Brasil Jr., recebeu Mametu Nangetu e Mametu Muagilê, representantes do Candomblé de Angola (sociedade civil organizada) no Conselho Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em uma reunião cuja pauta foi políticas públicas afirmativas para os povos tradicionais de terreiros do Estado do Pará.
As duas conselheiras levaram a questão da legalização juridica dos Terreiros como Templos Afro-religiosos como a necessidade mais urgente a ser atendida, e apresentaram ao secretário as ações do FORUMPUAR - Fórum Paraense de Umbandistas e Afro-Religiosos - infoprmando que as organizações dos terreiros já haviam buscado parceria com o Grupo de Estudos Afro-Amazônicos GEAAM/UFPA e com a Comissão de Igualdade Racial da OAB-PA, para iniciar um processo de legalização jurídica dos terreiros, e comunicaram ao secretário que que já haviam iniciado uma conversa nesse sentido com o governo anteiror e que 18 terreiros haviam apresentado a documentação nencessária para que a Comissão de Igualdade Racial da OAB-PA iniciasse o processo que já tramita na Ação Social Integrada do Palácio do Governo - ASIPAG.
Durante a reunião, foi acordado que a Sejudh promoverá a regularização jurídica de seis terreiros Afro-religiosos e de Umbanda. “Com esse trabalho (legalização), poderemos fortalecer essas comunidades para que estas possam captar recursos. Outra articulação da Sejudh será destinada a promover um seminário para destacar a importância da não discriminação desses povos, e valorizar a colaboração que essas comunidades tem na questão social. Afinal, estas atuam no acolhimento de pessoas que estão mais vulneráveis, como: crianças, adolescentes, homossexuais, mulheres vítimas de violência”, explica.
A Secretaria pretende articular ainda a legalização de mais 20 terreiros. Esse processo de legalização já representa uma grande conquista para essas comunidades, já que representantes como Mametu Nangetu afirmam sofrer com o preconceito dos segmentos fundamentalistas cristãos. “Nós passamos por discriminações pelo desconhecimento da sociedade diante da nossa cutura. O nosso povo tem direitos também”, ressalta ela.
O desconhecimento sobre os Povos Tradicionais de Terreiros foi apontado como dado que dificulta a elaboração de políticas públicas para os afro-religiosos, Mametu Muagilê ressaltou que tanto o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome quanto o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia haviam realizado mapemento recente nos terreiros, e que pelas informações obtidas na zona metropolitana de Belém é possível estimar que os Povos de Terreiros representam entre 7,5 e 10% da população da capital paraense, e Mametu Nangetu acrescentou que esses dados só serão precisos quando o IBGE tratar da nossa população com seriedade e fizer as perguntas sobre o nosso povo no formuleario padrão dos próximos censos.
Texto: Táta Kinamboji/ Projeto Azuelar - Insituto Nangetu/ Ponto de Mídia Livre.
Fontes: Mametu Nangetu e Ascom Sejudh
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Diretoria de Projetos
Instituto Nangetu de Tradição Afro-religiosa e Desenvolviemnto Social/ Ponto de Mídia Livre.
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém do Grão-Pará.
66.087-490
91-32267599

Campanha - Doação de brinquedos, faça uma criança feliz.

No dia 27 de setembro, o dia dos santos gêmeos Cosme e Damião, o Mansu Nangetu realiza grande festa em homenagem a Vunji; e todos os anos fazemos distribuição de brinquedos para crianças carentes da vizinhança desta comunidade de terreiro.
FAÇA UMA CRIANÇA FELIZ, DOE UM BRINQUEDO NOVO OU USADO.

http://institutonangetu.blogspot.com/
http://afropara.ning.com/profile/InstitutoNangetuProjetos
http://picasaweb.google.com.br/nangetu.projetos

Interagencial seleciona consultoria para avaliar incorporação da perspectiva de gênero, raça e etnia no Luz para Todos


Currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até 16 de janeiro de 2012, com Assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS

O Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia está selecionando consultoria para analisar de que forma o desenho do Programa Luz para Todos contempla as perspectivas de gênero e raça. Os candidatos devem ter mestrado ou doutorado nas áreas de ciências sociais ou humanas, além de experiência em avaliação de políticas públicas e excelente redação. Os currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até 16 de janeiro de 2012, com assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS, após leitura doEdital.

A duração do contrato será de fevereiro a abril de 2012 e a remuneração equivalente a USD$5.000 (cinco mil dólares americanos). A consultoria será contratada para apoiar as Secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para as Mulheres (SPM) na análise, a partir de uma perspectiva de gênero e raça, do Luz para Todos. Coordenado pelo Ministério das Minas e Energia (MME) e operacionalizado pela Eletrobras, o programa tem a meta de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural.

O Interagencial

O Interagencial é resultado de uma cooperação internacional entre os governos espanhol e brasileiro, por meio da Seppir e da SPM. O programa nasce por iniciativa das Nações Unidas, visando a estimular a participação social e o fortalecimento das conquistas institucionais no Brasil, no campo das políticas para as mulheres e de promoção da igualdade racial. O Programa Interagencial tem por objetivos fortalecer a estrutura e gestão da Seppir e da SPM; consolidar a transversalidade de gênero, raça e etnia nas políticas públicas; estimular o controle social das políticas de gênero, raça e etnia pelas redes, articulações e organizações feministas, de mulheres e do movimento de mulheres negras.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Interagencial seleciona consultoria para avaliar incorporação da perspectiva de gênero, raça e etnia no Luz para Todos


Currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até 16 de janeiro de 2012, com Assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS

O Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia está selecionando consultoria para analisar de que forma o desenho do Programa Luz para Todos contempla as perspectivas de gênero e raça. Os candidatos devem ter mestrado ou doutorado nas áreas de ciências sociais ou humanas, além de experiência em avaliação de políticas públicas e excelente redação. Os currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até 16 de janeiro de 2012, com assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS, após leitura doEdital.

A duração do contrato será de fevereiro a abril de 2012 e a remuneração equivalente a USD$5.000 (cinco mil dólares americanos). A consultoria será contratada para apoiar as Secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para as Mulheres (SPM) na análise, a partir de uma perspectiva de gênero e raça, do Luz para Todos. Coordenado pelo Ministério das Minas e Energia (MME) e operacionalizado pela Eletrobras, o programa tem a meta de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural.

O Interagencial

O Interagencial é resultado de uma cooperação internacional entre os governos espanhol e brasileiro, por meio da Seppir e da SPM. O programa nasce por iniciativa das Nações Unidas, visando a estimular a participação social e o fortalecimento das conquistas institucionais no Brasil, no campo das políticas para as mulheres e de promoção da igualdade racial. O Programa Interagencial tem por objetivos fortalecer a estrutura e gestão da Seppir e da SPM; consolidar a transversalidade de gênero, raça e etnia nas políticas públicas; estimular o controle social das políticas de gênero, raça e etnia pelas redes, articulações e organizações feministas, de mulheres e do movimento de mulheres negras.

Papel dos (as) negros (as) é debatido pela Recid

 

A Rede de Educação Cidadã do Rio Grande do Sul realizou nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, em Porto Alegre, o Encontro Intermunicipal de formação com o tema: “O Papel do Negro na Formação do RS”. Esta atividade faz parte da V Jornada Pedagógica planejada pela Recid RS, que envolve momentos de estudo nos municípios, oficinas de formação, rodas de conversa e atividades regionais.

Estavam presentes 35 educadores(as) populares de diversos movimentos e organizações sociais, vindos das Regiões Sul (Pelotas e Rio Grande), Macro Norte (Palmeira das Missões, Soledade, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo e Santiago) e Metropolitana (Porto Alegre, Canoas, Eldorado do Sul, São Leopoldo e Tramandaí).

O evento contou com assessoria do Babalorixá Baba Xandeco de Xangô da Associação Clara Nunes, que desenvolveu o tema da cultura negra e suas ancestralidades a partir da corporeidade, também sobre a inserção da Lei 10.639 nas escolas. A assessoria de Clauber Fonseca da Silva, educador de comunicação popular, também merece destaque porque desafiou a plenária a refletir sobre a juventude negra e educação popular.

Pela parte da tarde, foi realizada uma oficina prática de confecção de bonecas Abayomi, que eram feitas pelas mulheres negras, com retalho de suas vestes para distrair seus filhos(as) bem como rezar durante o trajeto nos navios negreiros. Esta oficina foi ministrada pela educadora popular Luciana Canto, militante do Levante Popular da Juventude.

Destaca-se, como outro momento especial do encontro, a noite cultural, que reafirmou o compromisso coletivo de seguir na luta e a importância de cada militante para a Recid. Esse momento foi simbolizado pela troca de um anel de tucum entre os(as) educadores(as).

Ao final do encontro, foi enfatizado o desafio de fortalecer a Recid RS em todos os seus espaços de atuação, discutindo a temática do papel do(a) negro(a) no Rio Grande do Sul, bem como realizar o planejamento para o ano de 2012, pensando nas linhas estratégicas do trabalho popular para além do “dia seguinte”.

“Quem não se movimenta, não sabe das correntes que o prende.” Rosa Luxemburgo

Por: Recid RS

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Interagencial seleciona consultoria para avaliar incorporação da perspectiva de gênero, raça e etnia no Luz para Todos Currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até

 16 de janeiro de 2012, com Assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS

O Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia está selecionando consultoria para analisar de que forma o desenho do Programa Luz para Todos contempla as perspectivas de gênero e raça. Os candidatos devem ter mestrado ou doutorado nas áreas de ciências sociais ou humanas, além de experiência em avaliação de políticas públicas e excelente redação. Os currículos poderão ser enviados paravacancy@onuhabitat.org até 16 de janeiro de 2012, com assunto: BRA EDITAL LUZ PARA TODOS, após leitura doEdital.

A duração do contrato será de fevereiro a abril de 2012 e a remuneração equivalente a USD$5.000 (cinco mil dólares americanos). A consultoria será contratada para apoiar as Secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para as Mulheres (SPM) na análise, a partir de uma perspectiva de gênero e raça, do Luz para Todos. Coordenado pelo Ministério das Minas e Energia (MME) e operacionalizado pela Eletrobras, o programa tem a meta de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural.

O Interagencial

O Interagencial é resultado de uma cooperação internacional entre os governos espanhol e brasileiro, por meio da Seppir e da SPM. O programa nasce por iniciativa das Nações Unidas, visando a estimular a participação social e o fortalecimento das conquistas institucionais no Brasil, no campo das políticas para as mulheres e de promoção da igualdade racial. O Programa Interagencial tem por objetivos fortalecer a estrutura e gestão da Seppir e da SPM; consolidar a transversalidade de gênero, raça e etnia nas políticas públicas; estimular o controle social das políticas de gênero, raça e etnia pelas redes, articulações e organizações feministas, de mulheres e do movimento de mulheres negras.

Hédio sai em defesa da SEPPIR e da ministra Luiza Bairros

 

12/11/2011 por Da Redação

Hédio Silva Jr.

Por: Redação – Fonte: Afropress – 10/11/2011

S. Paulo – O advogado e ex-secretário de Justiça de S. Paulo no Governo Geraldo Alckmin, Hédio Silva Jr., disse que a criação da SEPPIR “foi uma das maiores vitórias ideológicas do Movimento Negro imposta aos viúvos e aos saudosos do mito da democracia racial” e saiu em defesa da ministra, socióloga Luiza Bairros, alvo de críticas de setores do Movimento que, inclusive, pedem a sua saída.

“Conheço a ministra Luiza Bairros há trinta anos. Ela é um dos melhores quadros que o Movimento Negro brasileiro produziu e tem qualidades morais, acadêmicas, técnicas e políticas que a credenciam para ocupar qualquer pasta na Esplanada, inclusive a SEPPIR”, disse Hédio.

Na entrevista, concedida ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira, Hédio, que ocupou a Secretaria no período entre maio de 2005 e março de 2.006, acrescentou que um dos grandes desafios do Movimento “é a eleição de quadros orgânicos, gente com história, preparo e compromisso político para levar para o Parlamento e o Executivo proposições que contribuam para que o Estado brasileiro aprofunde a agenda de promoção da igualdade racial”.

“Atualmente qualquer indivíduo pode se apresentar em qualquer lugar como interlocutor da luta contra o racismo. Esta dispersão fragiliza o Movimento Negro, enfraquece a agenda política comum que caracteriza e mobiliza as entidades, subordina os interesses do povo negro a conveniências e vantagens pessoais e favorece os gestores e políticos que mantém uma relação instrumental e oportunista com as reivindicações do povo negro”, acrescentou.

Sem citar nomes, o ex-secretário que atualmente é diretor Acadêmico da Faculdade Zumbi dos Palmares, queixou-se da postura de alguns setores. “Minha impressão é que uma certa minoria de ativistas negros tende a ser parcimoniosa e dócil com lideranças brancas ao mesmo tempo em que é impetuosa, ríspida e virulenta com lideranças negras. Qual o nome disso senão racismo?”, pergunta.

Confira, na íntegra, a entrevista concedida ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira.

Afropress – Como o senhor acompanhou os rumores (ao que parece agora afastados) de que a Presidente Dilma Rousseff estaria cogitando extinguir o status de ministério da SEPPIR, promovendo a fusão, junto com as Secretarias das Mulheres e Direitos Humanos, num único ministério?

Hédio Silva Jr. – Freqüentemente ouço uma ladainha que seria cômica não fosse o subtexto racista e esquizofrênico que ela mal disfarça: basta entrar em pauta o tal enxugamento da máquina para que um iluminado rapidamente se lembre da SEPPIR como suposto exemplo de órgão excedente.

O paradoxo é que a SEPPIR tem um dos menores orçamentos e uma das menores equipes da Esplanada. O problema, portanto, não é o ônus orçamentário nem o número de servidores que a SEPPIR emprega.

O pano de fundo deste desconforto é a simples existência da SEPPIR, sua denominação e o significado disso para a imagem e a agenda política do país. Espero que a Presidente não faça concessões a este tipo de gramática retrógrada, intransigente e elitista.

Afropress – Qual a avaliação que o senhor faz da SEPPIR desde sua criação em 2003 e qual o papel que tem esse órgão no avanço da luta por igualdade no Brasil?

Hédio – A criação da SEPPIR foi de longe uma das maiores vitórias ideológicas impostas pelo Movimento Negro aos viúvos e aos saudosos do mito da democracia racial. Nos últimos anos, foram várias, aliás, as conquistas da luta contra o racismo no Brasil.

A derrocada, mesmo inconclusa, do mito da democracia racial, a inscrição de figuras negras altivas na publicidade e propaganda, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, a criação de produtos cosméticos e outros direcionados para consumidores negros, a extraordinária produção acadêmica voltada para as relações raciais, a viabilização de uma elite intelectual negra comprometida com as agruras do seu povo, a adoção de políticas de ação afirmativa no acesso ao ensino superior, a criação da Universidade Zumbi dos Palmares, a adoção de programas de diversidade por importantes empresas nacionais e estrangeiras são apenas alguns exemplos.

Neste ano de 2011 mais de 500 municípios de todo o país, dentre os quais São Paulo, Guarulhos e Santo André, além dos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Alagoas estarão celebrando a memória de Zumbi dos Palmares guardando o dia 20 de novembro como feriado cívico e, ao observador atento não escapa o fato de que mesmo os manequins expostos nas vitrines de lojas simples ou sofisticadas foram impactados pela causa da igualdade racial – é cada vez mais comum o emprego de manequins de cor preta ao lado dos tradicionais bonecos róseos.

Todas estas vitórias devem-se à luta coletiva travada por uma plêiade de entidades e indivíduos que integram o Movimento Negro, bem como aos aliados e aos solidários pertencentes à academia e à política.

Não tenho dúvidas de que a SEPPIR é uma expressão destas vitórias, um símbolo destes avanços e não é por acaso que certos segmentos pretendem acabar com ela.

Afropress – Quais os principais desafios a serem enfrentados nessa etapa da luta por igualdade no Brasil?

Hédio – Do ponto de vista da sociedade civil, continuo convencido de que um dos grandes desafios passa pela eleição de quadros orgânicos do Movimento Negro, gente com história, preparo e compromisso político para levar para o Parlamento e o Executivo proposições que contribuam para que o Estado brasileiro aprofunde a agenda de promoção da igualdade racial.

Atualmente qualquer indivíduo pode se apresentar em qualquer lugar como interlocutor da luta contra o racismo. Esta dispersão fragiliza o Movimento Negro, enfraquece a agenda política comum que caracteriza e mobiliza as entidades, subordina os interesses do povo negro a conveniências e vantagens pessoais e favorece os gestores e políticos que mantém uma relação instrumental e oportunista com as reivindicações do povo negro.

Daí a necessidade de que a interlocução do Movimento Negro seja legitimada social e politicamente por meio do voto popular.

Do ângulo do Poder Público, o desafio passa pela adoção de programas, medidas e ações capazes de traduzir as leis aprovadas nos últimos anos em benefícios e direitos concretamente exercidos pela população negra no cotidiano.

Política pública não se confunde com lei. A lei é o ponto de partida da política pública mas sua efetividade depende de planejamento administrativo e financeiro, ações cotidianas, previsão e execução orçamentária.

O Estatuto da Igualdade Racial, por exemplo, constitui um marco legal importante mas sua implementação depende de um esforço liderado pelo governo federal mas que seja capaz de comprometer estados, municípios, empresas e a própria sociedade civil para a concretização das políticas que ele anuncia.

Afropress – Que avaliação o senhor faz da gestão da ministra Luiza Bairros?

Hédio – Conheço a ministra Luiza Bairros há trinta anos. Ela é um dos melhores quadros que o Movimento Negro brasileiro produziu e tem qualidades morais, acadêmicas, técnicas e políticas que a credenciam para ocupar qualquer pasta na Esplanada, inclusive a SEPPIR.

Pelo que sei a ministra Luiza Bairros viu-se obrigada a reestruturar a SEPPIR, redefinir equipe, prioridades e modo de atuação.

Está em curso uma agenda positiva, de realizações, inovações e inserção positiva na mídia que certamente fará com que a SEPPIR ocupe lugar destacado nas realizações do Governo federal.

Onze meses é um tempo muito curto para qualquer avaliação sobre gestão mas para mim a presença da ministra Luiza Bairros na SEPPIR é uma garantia de que em quatro anos poderá ser feito aquilo que não se conseguiu fazer até agora. Eu me refiro a serviços, obras, realizações, enfim, medidas concretas. Poder Executivo, como o próprio nome diz, é para executar leis, produzir bens e serviços sociais.

Afropress – Como está acompanhando o descontentamento de setores doMovimento Negro que, inclusive, pedem a sua saída, bem como a avaliação de que sua atuação é “apagada” e ela pouco afeita ao diálogo?

Hédio – Vejo com naturalidade a divergência de pontos de vista e até compreendo o rancor de certos segmentos descontentes com a perda de espaço, de apoio, ou, o que é mais desalentador, a perda do emprego.

O que me incomoda é o desrespeito, a tentativa de desqualificação inadmissível em qualquer tipo de relação humana, pública ou privada, muito menos quando envolve uma ministra de Estado.

Minha impressão é que uma certa minoria de ativistas negros tende a ser parcimoniosa e dócil com lideranças brancas ao mesmo tempo em que é impetuosa, ríspida e virulenta com lideranças negras. Qual o nome disso senão racismo?

Não estou dizendo que devemos abdicar de nossos pontos de vista ou sermos indulgentes com nossas lideranças; apenas creio que o debate, qualquer que seja, pode ser feito num clima de cordialidade e respeito, atacando-se idéias mas preservando-se pessoas.

Falo isso com a tranqüilidade de quem, na condição de Secretário de Estado, foi fustigado várias vezes pela imprensa para desferir algum tipo de ataque contra a então ministra Matilde Ribeiro. Desafio qualquer pessoa a apresentar uma única palavra minha atacando a gestão ou a pessoa Matilde Ribeiro.

Toda vez que uma liderança negra é desmoralizada, todos, indistintamente, pagamos a conta, e os únicos beneficiários são aqueles que não se conformam com a SEPPIR e o avanço da luta contra o racismo no Bra

domingo, 18 de dezembro de 2011

Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil

 

Neste ano de 2011, declarado pela Assembléia Geral da ONU o Ano Internacional do Afro-descendente,  o LABHOI - Laboratório de História Oral e Imagem da UFF está empenhado em constituir um Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil , como um exercício de dever de memória em relação às vítimas da tragédia e à sua herança, transmitida pelos sobreviventes e atualizada em diversas expressões de resistência pelos seus descendentes. 

Contamos com a  colaboração de todos para, juntos, sistematizarmos esse primeiro levantamento de lugares de memória ligados ao tráfico atlântico de escravos e à experiência histórica e cultural dos africanos escravizados no Brasil.  As sugestões devem ser encaminhadas pelo site http://www.labhoi-uff-inventario.com.br/.

As sugestões serão listadas e disponibilizadas através da internet e, oportunamente, serão objeto de uma publicação específica. Estaremos recebendo sugestões até o dia 31 de dezembro de 2011, contamos com a sua participação.

Por favor, retransmita essa mensagem para quem puder colaborar. Ñossa proposta é contar com sugestões dos mais variados setores da sociedade civil e das instituições públicas, de modo a incorporarmos as diversas percepções possíveis da questão.

Como membro do Comitê Científico Internacional do Projeto "Rota do Escravo / Rotas da Liberdade", da UNESCO, estou particularmente empenhado na realização desta pesquisa, que será incorporada ao corpo de dados do Projeto.

Desde já, obrigado pela colaboração,

Um abraço,

Milton Guran

CARTA DA 14ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE À SOCIEDADE BRASILEIRA

 

Todos usam o SUS: SUS na Seguridade Social!

Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro

Acesso e Acolhimento com Qualidade: um desafio para o sus

Nestes cinco dias da etapa nacional da 14ª Conferência Nacional de Saúde reunimos 2.937 delegados e 491 convidados, representantes de 4.375 Conferências Municipais e 27 Conferências Estaduais.

Somos aqueles que defendem o Sistema Único de Saúde como patrimônio do povo brasileiro.

Punhos cerrados e palmas! Cenhos franzidos e sorrisos.

Nossos mais fortes sentimentos se expressam em defesa do Sistema Único de Saúde.

Defendemos intransigentemente um SUS Universal, integral, equânime, descentralizado e estruturado no controle social.

Os compromissos dessa Conferência foram traçados para garantir a qualidade de vida de todos e todas.

A Saúde é constitucionalmente assegurada ao povo brasileiro como direito de todos e dever do Estado. A Saúde integra as políticas de Seguridade Social, conforme estabelecido na Constituição Brasileira, e necessita ser fortalecida como política de proteção social no País.

Os princípios e as diretrizes do SUS – de descentralização, atenção integral e participação da comunidade – continuam a mobilizar cada ação de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores do SUS.

onstruímos o SUS tendo como orientação a universalidade, a integralidade, a igualdade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde.

O SUS, como previsto na Constituição e na legislação vigente é um modelo de reforma democrática do Estado brasileiro. É necessário transformarmos o SUS previsto na Constituição em um SUS real.

São os princípios da solidariedade e do respeito aos direitos humanos fundamentais que garantirão esse percurso que já é nosso curso nos últimos 30 anos em que atores sociais militantes do SUS, como os usuários, os trabalhadores, os gestores e os prestadores, exercem papel fundamental na construção do SUS.

A ordenação das ações políticas e econômicas deve garantir os direitos sociais, a universalização das políticas sociais e o respeito às diversidades etnicorracial, geracional, de gênero e regional. Defendemos, assim, o desenvolvimento sustentável e um projeto de Nação baseado na soberania, no crescimento sustentado da economia e no fortalecimento da base produtiva e tecnológica para diminuir a dependência externa.

A valorização do trabalho, a redistribuição da renda e a consolidação da democracia caminham em consonância com este projeto de desenvolvimento, garantindo os direitos constitucionais à alimentação adequada, ao emprego, à moradia, à educação, ao acesso à terra, ao saneamento, ao esporte e lazer, à cultura, à segurança pública, à segurança alimentar e nutricional integradas às políticas de saúde.

Queremos implantar e ampliar as Políticas de Promoção da Equidade para reduzir as condições desiguais a que são submetidas as mulheres, crianças, idosos, a população negra e a população indígena, as comunidades quilombolas, as populações do campo e da floresta, ribeirinha, a população LGBT, a população cigana, as pessoas em situação de rua, as pessoas com deficiência e patologias e necessidades alimentares especiais.

As políticas de promoção da saúde devem ser organizadas com base no território com participação inter-setorial articulando a vigilância em saúde com a Atenção Básica e devem ser financiadas de forma tripartite pelas três esferas de governo para que sejam superadas as iniqüidades e as especificidades regionais do País.

Defendemos que a Atenção Básica seja ordenadora da rede de saúde, caracterizando-se pela resolutividade e pelo acesso e acolhimento com qualidade em tempo adequado e com civilidade.

A importância da efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos, além da garantia de atenção à mulher em situação de violência, contribuirão para a redução da mortalidade materna e neonatal, o combate ao câncer de colo uterino e de mama e uma vida com dignidade e saúde em todas as fases de vida.

A implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra deve estar voltada para o entendimento de que o racismo é um dos determinantes das condições de saúde. Que as Políticas de Atenção Integral à Saúde das Populações do Campo e da Floresta e da População LGBT, recentemente pactuadas e formalizadas, se tornem instrumentos que contribuam para a garantia do direito, da promoção da igualdade e da qualidade de vida dessas populações, superando todas as formas de discriminação e exclusão da cidadania, e transformando o campo e a cidade em lugar de produção da saúde. Para garantir o acesso às ações e serviços de saúde, com qualidade e respeito às populações indígenas, defendemos o fortalecimento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. A Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se viabilizar por meio da integração entre a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador e as Vigilâncias em Saúde Estaduais e Municipais. Buscamos o desenvolvimento de um indicador universal de acidentes de trabalho que se incorpore aos sistemas de informação do SUS. Defendemos o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Mental e Álcool e outras drogas, alinhados aos preceitos da Reforma Psiquiátrica antimanicomial brasileira e coerente com as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.

Em relação ao financiamento do SUS é preciso aprovar a regulamentação da Emenda Constitucional 29. A União deve destinar 10% da sua receita corrente bruta para a saúde, sem incidência da Desvinculação de Recursos da União (DRU), que permita ao Governo Federal a redistribuição de 20% de suas receitas para outras despesas. Defendemos a eliminação de todas as formas de subsídios públicos à comercialização de planos e seguros privados de saúde e de insumos, bem como o aprimoramento de mecanismos, normas e/ou portarias para o ressarcimento imediato ao SUS por serviços a usuários da saúde suplementar. Além disso, é necessário manter a redução da taxa de juros, criar novas fontes de recursos, aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a saúde, tributar as grandes riquezas, fortunas e latifúndios, tributar o tabaco e as bebidas alcoólicas, taxar a movimentação interbancária, instituir um percentual dos royalties do petróleo e da mineração para a saúde e garantir um percentual do lucro das empresas automobilísticas.

Defendemos a gestão 100% SUS, sem privatização: sistema único e comando único, sem “dupla-porta”, contra a terceirização da gestão e com controle social amplo. A gestão deve ser pública e a regulação de suas ações e serviços deve ser 100% estatal, para qualquer prestador de serviços ou parceiros. Precisamos contribuir para a construção do marco legal para as relações do Estado com o terceiro setor. Defendemos a profissionalização das direções, assegurando autonomia administrativa aos hospitais vinculados ao SUS, contratualizando metas para as equipes e unidades de saúde. Defendemos a exclusão dos gastos com a folha de pessoal da Saúde e da Educação do limite estabelecido para as Prefeituras, Estados, Distrito Federal e União pela Lei de Responsabilidade Fiscal e lutamos pela aprovação da Lei de Responsabilidade Sanitária.

Para fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde é estratégico promover a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em saúde, investir na educação permanente e formação profissional de acordo com as necessidades de saúde da população, garantir salários dignos e carreira definida de acordo com as diretrizes da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, assim como, realizar concurso ou seleção pública com vínculos que respeitem a legislação trabalhista. e assegurem condições adequadas de trabalho, implantando a Política de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS.

Visando fortalecer a política de democratização das relações de trabalho e fixação de profissionais, defendemos a implantação das Mesas Municipais e Estaduais de Negociação do SUS, assim como os protocolos da Mesa Nacional de Negociação Permanente em especial o de Diretrizes Nacionais da Carreira Multiprofissional da Saúde e o da Política de Desprecarização. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários no âmbito municipal/regional deve ter como base as necessidades loco-regionais, com contrapartida dos Estados e da União.

Defendemos a adoção da carga horária máxima de 30 horas semanais para a enfermagem e para todas as categorias profissionais que compõem o SUS, sem redução de salário, visando cuidados mais seguros e de qualidade aos usuários. Apoiamos ainda a regulamentação do piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Controle de Endemias (ACE), Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) com financiamento tripartite.

Para ampliar a atuação dos profissionais de saúde no SUS, em especial na Atenção Básica, buscamos a valorização das Residências Médicas e Multiprofissionais, assim como implementar o Serviço Civil para os profissionais da área da saúde. A revisão e reestruturação curricular das profissões da área da saúde devem estar articuladas com a regulação, a fiscalização da qualidade e a criação de novos cursos, de acordo com as necessidades sociais da população e do SUS no território.

O esforço de garantir e ampliar a participação da sociedade brasileira, sobretudo dos segmentos mais excluídos, foi determinante para dar maior legitimidade à 14ª Conferência Nacional de Saúde. Este esforço deve ser estendido de forma permanente, pois ainda há desigualdades de acesso e de participação de importantes segmentos populacionais no SUS.

Há ainda a incompreensão entre alguns gestores para com a participação da comunidade garantida na Constituição Cidadã e o papel deliberativo dos conselhos traduzidos na Lei nº 8.142/90. Superar esse impasse é uma tarefa, mais do que um desafio.

A garantia do direito à saúde é, aqui, reafirmada com o compromisso pela implantação de todas as deliberações da 14ª Conferência Nacional de Saúde que orientará nossas ações nos próximos quatro anos reconhecendo a legitimidade daqueles que compõe os conselhos de saúde, fortalecendo o caráter deliberativo dos conselhos já conquistado em lei e que precisa ser assumido com precisão e compromisso na prática em todas as esferas de governo, pelos gestores e prestadores, pelos trabalhadores e pelos usuários.

Somos cidadãs e cidadãos que não deixam para o dia seguinte o que é necessário fazer no dia de hoje. Somos fortes, somos SUS.

PLENARIA FINAL DA 14ª CNS

Brasília, DF, 04/12/11

INFORMES E AGENDA DE MÃE CARMEN DE OXALÁ

Mãe Carmen de Oxalá Saúda os:

ASSOBECATYANOS filhos , amigos simpatizantes, demais autoridades da Matriz Afro Gaúcha

QUE PAI OXALÁ NA SUA INFINITA SABEDORIA ABENÇÕE TODAS E TODOS NESTE DOMINGO DIA 18/12 /2011

Gostaria de informar-lhes que fiquei 15 dias, com minha conta bloqueada no hotmail, conseguindo reativá-la no dia de hoje.

Temos o dever de partilhar que estivemos ausente entre os dias 26 de novembro a 2 de dezembro na Oficina Nacional de Políticas Públicas para as Comunidades Tradicionais de Terreiro , promovido pelo Ministério da Cultura em São Luis do Maranhão. Em breve estaremos compartilhando os resultados e desdobramentos.

Dia 2 a noite preparação para Carreata, Xirê e Festa

Dia 03 de dezembro ocorreu a 4º CARREATA e XIRÊ DE MÃE OXUM DA PRAIA DA ALEGRIA, ao retornarmos para o Ilê ASSOBECATY ocorreu Toque de agradecimentoa Orixá da Doçura.

Dia 09/12 Reapactuamos a Rede Estadual de Núcleos de Ilês Afro Aids no Ilê de Mãe Walkiria de Oxum Docô na cidade de São Leopoldo.

Ainda no dia 12 /12.12/12 participamos do Seminário com representantes do Ministério da Justiça e Ministério da Cultura e UNESCO, assim como, os demais contemplados nos Micro-projetos mais cultura, na ocasião apresentamos a metodologia da Rede Cultura na Rua.

Dia 13/12 embarcamos novamente para Brasilia para participarmos do Seminário Nacional Territórios das Matrizes Africanas no Brasil , onde contribuimos na elaboração de diretrizes para plano de atenção a povos tradicionais de matriz africana, o evento foi promovido pela SEPPIR- Secretaria Especial de Politicas de Igualdade Racial, também muito em breve estaremos partilhando com mais detalhes essas o outras informações.

AGENDA

Dia 20 /12 Reunião para tratar da indicação de um conselheiro para compor o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Dia 22/12 Último Seminário do ano, “ Seminário Omo Orisá do Ilê Orisá Assobecaty “ amigo secreto revelação na hora valor do presente 10 reais.

Dia 24/12 Mãe Carmen de Oxalá e alguns filhos passaram a tarde no Presidio Feminino, com a distribuição do axé “Alaafiá Orisanlá ” A Paz de Oxalá.

Dia 26 e 27- O Ilê Assobecaty estará realizando limpezas e segurança de ano

Ainda falta combinar outra atividades e compromissos, inclusive a data para o Seminário, limpeza de final de ano com os Assobecatyanos de Pelotas.

AXÉ DO PAI OXALÀ !!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Inaugurada a Biblioteca da FCP em homenagem a Oliveira Silveira

 

Joceline Gomes / FCP

Representando o presidente da FCP, Eloi Ferreira; Martvs das Chagas cumprimenta a mesa

Denise Porfírio

Com um espaço de 544 m2 destinado à leitura, um rico acervo para pesquisas sobre a memória documental da ancestralidade africana e uma sala de vídeo, a Biblioteca Oliveira Silveira,  foi inaugurada na última quinta-feira (15) na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília. A biblioteca e o arquivo da FCP disponibilizarão à sociedade mais de 17 mil itens para consultas entre livros, artes plásticas e peças produzidas em quilombos.

Para o presidente da FCP, Eloi Ferreira Araujo, o novo espaço da instituição é motivo de orgulho para todos os amantes da cultura afro-brasileira. “Com essa inauguração damos um importante passo para que a sociedade se aproprie dessa maravilhosa história de lutas e paixões, que é de toda população negra”, afirma.  Ele ressalta que além de ampliar o acervo, é também ideal da Fundação Palmares a construção do Centro Nacional da Cultura Negra que terá por objetivo reunir a memória e história afrodescendente.

A solenidade também foi marcada pelo lançamento da coleção Faces do Brasil – História e Cultura, organizada pela professora Jacy Proença. A coleção, publicada pela Editora Ética do Brasil, é composta de um conjunto de 37 obras destinado à alunos e educadores do ensino fundamental e médio.

Os títulos contemplam cinco regiões brasileiras e tem o objetivo de contribuir para a implantação e consolidação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 – documentos que estabelecem as diretrizes e bases da educação nacional, para a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Cerimônia - Com capacidade para 160 pessoas, o auditório da Fundação Palmares foi espaço para a diversidade afro-brasileira. Estiveram presentes ao evento, representantes do movimento negro, das religiões de matriz africana, do governo, quilombolas e embaixadores dos países africanos de Guiné Bissau, Etiópia, Benin e Burkina Passos.

Os convidados puderam apreciar o som e a melodia de canções de Nelson Cavaquinho e Dona Ivone Lara interpretadas pela cantora Cris Pereira. Por meio de uma mensagem Naira Silveira, filha do poeta Oliveira Silveira, morto em 2009, agradeceu a homenagem feita ao pai.  “Dar o nome desse poeta da consciência negra à uma biblioteca é perpetuar seu trabalho na lembrança da nossa negritude”, enfatizou.

Arísia Barros, coordenadora do Projeto Raízes de Áfricas, representante de Alagoas, agradeceu o espaço cedido pela FCP e saudou a luta dos grandes líderes negros brasileiros Zumbi dos Palmares e Abdias do Nascimento.  Mara Ribeiro, presidente do PMDB Afro do estado do Rio de Janeiro, afirmou que a inauguração representa um avanço para a efetividade da cidadania do povo negro.  “É muito bom ter um espaço como este em Brasília, onde podemos ter acesso à história do povo africano e afro-brasileiro”. Já o jornalista Oscar Henrique Cardoso, representante do Rio Grande do Sul, destacou que as obras são uma oportunidade para trabalhar a potencialidade do negro através da literatura e promover a igualdade racial no país.

Condecoração - O presidente interino da Fundação Cultural Palmares, Martvs das Chagas, fez um agradecimento especial ao trabalho realizado pelas gestões anteriores da instituição que possibilitaram a realização de ações como esta e promoveram a preservação da cultura negra e a superação do racismo e do preconceito. A placa de inauguração da biblioteca foi descerrada pelos diretores da FCP e José Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

A Biblioteca Oliveira Silveira disponibiliza a listagem do seu acervo bibliográfico sobre a cultura negra e a história da Diáspora Africana para consulta pública no site: http://biblioteca.palmares.gov.br. O horário de atendimento ao público para consultas locais é de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.

Poema – Durante o evento, Carlos Moura, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) e primeiro presidente da FCP, recitou parte do poema “Encontrei minhas origens”, escrito por Oliveira Silveira, em 1981.

OLIVEIRA SILVEIRA EM VERSOS:

Roteiro dos Tantãs

ENCONTREI MINHAS ORIGENS

Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros
Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros
Encontrei
Em doces palavras
Cantos
Em furiosos tambores
Ritos
Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma
Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos
Encontrei
Encontrei-as enfim
Me encontrei


Encontrei-as enfim
Me encontrei

Joceline Gomes / FCP

Autores da Coleção Faces do Brasil – Cultura e História reunidos na Biblioteca Oliveira Silveira

Joceline Gomes / FCP

Diretores da FCP e presidente do Ibram, José Nascimento Junior, descerram a placa inaugural da Biblioteca Oliveira Silveira

Joceline Gomes / FCP

Jacy Proença, organizadora da Coleção

Joceline Gomes / FCP

A cantora Cris Pereira se apresenta na abertura do evento

Joceline Gomes / FCP

Diretor do CNIRC, Carlos Moura, e Mara Ribeiro, presidente do PMDB Afro-RJ

Joceline Gomes / FCP

Oscar Cardoso representou os autores da região Sul

Palmares

VISITA DA PRODUTORA CARLA JONNER E ASTROLOGA AMANDA COSTA

Na  história de existência da ASSOBECATY  existem um rastro  de  muitas lutas , sobretudo, que no momento certo se transformam em grandes  conquistas e realizações que compensam cada ação. Nessa trajetória, vamos colecionando pessoas encantadoras, uns  parceiros que apresentam outros, 100_1619parceiros de toda hora , muitos deixam recordações inesquecíveis. Nesce sentido, o renomado fotografo Tamires  Kopp,  recentemente nos presenteou com aproximação com as reconhecidas:  Produtora Cultural Carla Joner e a Astróloga Amanda Costa que vieram   visitar a Assobecaty,  no domingo 11 de dezembro.

Muitas pessoas  que visitam a Assobecaty, no salão destinados aos orixás 100_1620encontram um espaço que chama atenção, talves seja o apelo do amarelo ouro, das flores ou diversos vidros de perfumes que estão  expostos aos  pés da imagem da rainha do ouro.É mais ou menos assim que as pessoas demosntram atração pela  Mãe Oxum da Praia da Alegria, que esta aquardando a vontade´politica do poder público para reconstrução da Gruta de Oxum da Praia da Alegria. Esperamos que tenham gostado do que viram e voltem mais vezes na sede da Assobecaty.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Susepe promove evento sobre igualdade racial

 

Evento reuniu servidores da Susepe para tratar da questão racial

Evento reuniu servidores da Susepe para tratar da questão racial

Foto de Jacqueline Santos

Na última quinta-feira (24), a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) realizou a primeira Plenária sobre Política de Promoção de Igualdade Racial para o Sistema Prisional do Estado. O evento, realizado no auditório da Escola Penitenciária, tem como objetivo estabelecer uma parceria entre a Superintendência e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), para a criação de um núcleo que atue nos estabelecimentos penais do Estado.

A Plenária abordou questões referentes a igualdade racial nos âmbitos social, religioso e da saúde, com explanações de autoridades das três áreas. A coordenadora do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Grupo Hospitalar Conceição, Maralaine Zardin, falou sobre saúde; uma das diretoras executivas da organização Maria Mulher, Maria "Noho" Homero, falou sobre as mulheres negras.

O pastor Claudio Rogério falou sobre a recuperação de dependentes químicos; o Babalorixá Baba Xandeco de Xangô falou sobre a religião de matrizes africanas e uma das coordenadoras do Movimento Negro Unificado do RS, Silvia Regina, falou sobre ações afirmativas.

Segundo a coordenadora Penitenciária da Mulher e uma das organizadoras do evento, Maria José Diniz, a Susepe necessitava desta ação. “Nunca havia sido abordada a questão da igualdade racial de forma efetiva. A instituição carecia desta iniciativa há muito tempo.” A Plenária também foi organizada pelo servidor Jorge Duarte, militante experiente nas causas raciais há mais de duas décadas.

Para Gelson Treiesleben, superintendente da Susepe, “a instituição está realizando uma ação inédita para despertar e consciência de respeito a diversidade de raças dentro do sistema prisional.” Outros eventos estão sendo programados para o próximo ano.

Texto: Jacqueline Santos
Assessoria de Comunicação da Susepe

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Deixa a Nêga em Paz: performance teatral e musical questiona estereótipos da mulher negra

do Blog da Cidinha de Cidinha da Silva

"A cantora, compositora e percussionista Valquíria Rosa apresenta-se dia 21 de dezembro (quarta-feira, 21h) no Espaço Cachuera!, acompanhada por Lincoln Antonio (piano e direção musical) e Lello do Cavaco (cavaquinho), no show Deixa a Nêga em Paz. A performance questiona estereótipos da mulher negra encontrados no cancioneiro popular e na MPB, tendo como ponto de partida as condições da mulher negra contemporânea. Em sua pesquisa, Valquíria encontrou músicas que apresentam a Nêga louca, feiticeira, sedutora e vagabunda. "Meu intuito é tocar nesses pontos e caminhar na desconstrução desses conceitos", diz ela. Valquíria complementa: "vejo a mulher negra na condição de pessoa que sustenta a base da sociedade, em vários níveis, e busca se adequar ao modelo moderno de vida, construindo sua individualidade, mas ao mesmo tempo sendo colocada para fora dessa sociedade que ela constrói". Durante o espetáculo, uma boneca negra em tamanho natural contracena com Valquíria, os músicos e o público. Deixa a Nêga em Paz . Onde: Espaço Cachuera! - Rua Monte Alegre, 1.094 . Perdizes . São Paulo . Quando: 21 de dezembro de 2011 (quarta-feira), 21h . Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada extensiva a estudantes, professores, músicos, atores, dançarinos, aposentados e acima de 60 anos, mediante comprovação) . Mais informações: 11 3872 8113 . 3875 5563 . cachuera@cachuera.org.br - A bilheteria abre com uma hora de antecedência. - Não aceitamos cartões de débito/crédito.

Deixa a Nêga em Paz: performance teatral e musical questiona estereótipos da mulher negra

do Blog da Cidinha de Cidinha da Silva

"A cantora, compositora e percussionista Valquíria Rosa apresenta-se dia 21 de dezembro (quarta-feira, 21h) no Espaço Cachuera!, acompanhada por Lincoln Antonio (piano e direção musical) e Lello do Cavaco (cavaquinho), no show Deixa a Nêga em Paz. A performance questiona estereótipos da mulher negra encontrados no cancioneiro popular e na MPB, tendo como ponto de partida as condições da mulher negra contemporânea. Em sua pesquisa, Valquíria encontrou músicas que apresentam a Nêga louca, feiticeira, sedutora e vagabunda. "Meu intuito é tocar nesses pontos e caminhar na desconstrução desses conceitos", diz ela. Valquíria complementa: "vejo a mulher negra na condição de pessoa que sustenta a base da sociedade, em vários níveis, e busca se adequar ao modelo moderno de vida, construindo sua individualidade, mas ao mesmo tempo sendo colocada para fora dessa sociedade que ela constrói". Durante o espetáculo, uma boneca negra em tamanho natural contracena com Valquíria, os músicos e o público. Deixa a Nêga em Paz . Onde: Espaço Cachuera! - Rua Monte Alegre, 1.094 . Perdizes . São Paulo . Quando: 21 de dezembro de 2011 (quarta-feira), 21h . Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada extensiva a estudantes, professores, músicos, atores, dançarinos, aposentados e acima de 60 anos, mediante comprovação) . Mais informações: 11 3872 8113 . 3875 5563 . cachuera@cachuera.org.br - A bilheteria abre com uma hora de antecedência. - Não aceitamos cartões de débito/crédito.

REFLEXAO DE MAE CARMEN DE OXALA, NO ULTIMO SEMINARIO DO EM BRASILIA

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Este é o quarto 606, no Hotel Nacional, ele possui esta  vista da janela. Para quem vivência as religiões de Matriz Africana, tudo tem sentido, este ano que está finalizando, 2011  foi regido por Mãe Oxum, que tem o dominio da cor amarelo gema. A decoração do comodo que estou hospedada, a cor  e o tom  é de Oxum.

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Estou chegando do Campus Universitário Darcy Ribeiro, que fica na Avenida L3 Norte, edifício Finatec – Asa Norte,  estava lá desde  às 8h, agora são 20:00hs.

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Não dá para deixar de pensar que não é a primeira vez que produzimos documentos, do mesmo modo, pensar o tempo que aguardamos a implementação de politicas pública e especificas  para as comunidades tradicionais de terreiros.

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Amanhã voltarei para o meu estado , com os mesmos questionamentos que aqui cheguei. Até quando o nosso povo, vai ter que esperar ? Cultivo a esperança no ano que vai entrar e que será regido pelo grande Pai Oxalá. Que ele nos socorra. por estarmos  até agora, por nossa conta e risco.

‘Ser mulher, pobre e negra é ser triplamente discriminada’, diz Michelle Bachelet

N°o1- 15 de dezembro – Guaíba- RS –Brasil

REVISTA CONEXÃO AFRO

15 de dezembro de 2011 · Destaque

Para a Diretora Executiva da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Michelle Bachelet, “ser mulher, pobre e negra é ser triplamente discriminada”. “A discriminação racial é um fator que mantém as desigualdades”, ponderou durante a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O evento reuniu nesta quarta-feira (14/12) cerca de três mil mulheres em Brasília.

Bachelet, que também é ex-presidenta do Chile, destacou a importância dos investimentos nas políticas para as mulheres, autonomia feminina e igualdade de gênero. Em sua primeira visita ao Brasil como Diretora Executiva da agência, falou do papel da ONU Mulheres, em especial na América Latina.

“As mulheres estão ativamente envolvidas na nova onda de demandas pela liberdade política e dignidade”, avaliou Bachelet, para quem “a crescente presença de mulheres em postos de decisão no Brasil deve servir como inspiração”.

Mais cedo, Bachelet já havia debatido gênero e política com a bancada feminina no Congresso e reforçado a parceria institucional com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Hoje, a Diretora Executiva da ONU Mulheres vai se reunir com a presidenta Dilma Rousseff.

Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes 2011; clique aqui para acessar a página oficial do Ano

caracolesconexaoafro@gmail.com
Falar com Mãe Carmen de Oxala : (51) 97010303 e 30556655

maecarmendeoxala@hotmail.com

http://www.onu.org.br/anoafro2011/

CampanhaAno Internacional afrodescendente

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Seminário busca diretrizes para plano de atenção a povos tradicionais de matriz africana

Lideranças das matrizes africanas e representantes do Governo Federal vão discutir temas como inclusão produtiva, economia solidária, segurança alimentar e nutricional

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) promove amanhã e quinta-feira (14 e 15), em Brasília, o Seminário Territórios das matrizes africanas no Brasil - povos tradicionais de terreiro. Do encontro, espera-se a produção de um documento que subsidie a elaboração de um plano integrado de atenção ao público alvo do debate. As atividades acontecem no Campus Universitário Darcy Ribeiro, que fica na Avenida L3 Norte, edifício Finatec - Asa Norte, com abertura às 8h, coordenada pela ministra da Seppir, Luiza Bairros.

Após a abertura, autoridades governamentais e lideranças da sociedade civil participam do painel "Povos tradicionais de matriz africana - território e identidade". Em seguida, acontece uma mesa redonda sobre o tema: "Iniciativas de políticas públicas no âmbito do governo federal para os povos tradicionais de terreiro". Para esse debate, estão convidados gestores da Seppir e dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, da Cultura, da Fundação Cultural Palmares e da Secretaria de Direitos Humanos.

Haverá ainda, grupos de trabalho sobre meio ambiente, inclusão produtiva, economia solidária, segurança alimentar e nutricional; educação, cultura, identidade e território; comunicação e inclusão digital; saúde e seguridade social infraestrutura e habitação; gênero e juventude; inventário e mapeamento; e marco legal.

Segundo a diretora de Programa da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais (Secomt), da Seppir, Silvany Euclênio, ao promover o seminário a Seppir cumpre sua finalidade de articulação e monitoramento das ações de governo com foco nos povos tradicionais de matriz africana. "A expectativa é que desse diálogo saiam subsídios e diretrizes para a elaboração de políticas públicas para os terreiros", declarou a gestora.

Seminário busca diretrizes para plano de atenção a povos tradicionais de matriz africana

Lideranças das matrizes africanas e representantes do Governo Federal vão discutir temas como inclusão produtiva, economia solidária, segurança alimentar e nutricional

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) promove amanhã e quinta-feira (14 e 15), em Brasília, o Seminário Territórios das matrizes africanas no Brasil - povos tradicionais de terreiro. Do encontro, espera-se a produção de um documento que subsidie a elaboração de um plano integrado de atenção ao público alvo do debate. As atividades acontecem no Campus Universitário Darcy Ribeiro, que fica na Avenida L3 Norte, edifício Finatec - Asa Norte, com abertura às 8h, coordenada pela ministra da Seppir, Luiza Bairros.

Após a abertura, autoridades governamentais e lideranças da sociedade civil participam do painel "Povos tradicionais de matriz africana - território e identidade". Em seguida, acontece uma mesa redonda sobre o tema: "Iniciativas de políticas públicas no âmbito do governo federal para os povos tradicionais de terreiro". Para esse debate, estão convidados gestores da Seppir e dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, da Cultura, da Fundação Cultural Palmares e da Secretaria de Direitos Humanos.

Haverá ainda, grupos de trabalho sobre meio ambiente, inclusão produtiva, economia solidária, segurança alimentar e nutricional; educação, cultura, identidade e território; comunicação e inclusão digital; saúde e seguridade social infraestrutura e habitação; gênero e juventude; inventário e mapeamento; e marco legal.

Segundo a diretora de Programa da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais (Secomt), da Seppir, Silvany Euclênio, ao promover o seminário a Seppir cumpre sua finalidade de articulação e monitoramento das ações de governo com foco nos povos tradicionais de matriz africana. "A expectativa é que desse diálogo saiam subsídios e diretrizes para a elaboração de políticas públicas para os terreiros", declarou a gestora.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Evangélico doa carro para Umbanda

 

“Que estejamos unidos em Deus, e não divididos pela religião”(Savita)

Afropress – 10/12/2011

S. Gonçalo/RJ – Em audiência pública realizada na noite de ontem, 09 de dezembro, na Câmara Municipal de São Gonçalo, o vereador Amarildo Aguiar (PV) doou seu carro no valor de R$ 85 mil para a construção do Museu da Umbanda.

Evangélico, o parlamentar fez o anúncio em plenário lotado de fiéis da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), ansiosos pela resolução do tombamento do solo sagrado onde Zélio Fernandino de Moraes – que também foi vereador daquela Casa nos anos de 1970 – anunciou a Umbanda, em 1908.

Aguiar fez o manifesto após uma série de reclamações da mesa diretora por não ser recebida pela prefeita, Aparecida Panisset, e ressaltar que a CCIR tem buscado o diálogo desde o início da derrubada do imóvel. Nenhum outro vereador compareceu ao encontro.

“Estamos aqui em nome da Comissão. Desde que toda esta história começou, buscamos o diálogo, pois não demonizamos e nem excluímos qualquer pessoa. Mas não podemos obrigar a prefeita a nos receber. Estamos nesta audiência pública porque, por algum motivo, o vereador Amarildo sentiu-se sensível à causa. Em nome da Comissão, quero, desde já, agradecer e ratificar que não haverá desistência em relação ao tombamento do lugar onde a Umbanda nasceu”, disse o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, babalawo Ivanir dos Santos, que compôs a mesa junto ao vereador, à fundadora da CCIR, Fátima Damas, senhora Márcia D´Oxum e ao presidente da União Espiritualista de Umbanda do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Novo.

“Se a Prefeitura de São Gonçalo não resolver o problema do Museu da Umbanda, quero, diante de todos, colocar meu carro quitado no valor de R$ 85 mil para ajudar a construir o espaço, que para os brasileiros é muito importante”, declarou Amarildo, que foi aclamado.

“Proponho que se faça uma rifa a fim de mobilizar todos. É importante que se faça, também, uma comissão com pessoas responsáveis para convencer o proprietário do local a desapropriar o imóvel. O ato de doação deste carro é muito mais simbólico que material. O vereador segue a mesma religião da prefeita. No entanto, ele nos recebeu desde o início, preocupou-se com o caso e marcou esta audiência hoje. Isso mostra que quem quer faz. Por que ela não fez?”, questionou o babalawo.

Casa derrubada

Em meio a tantas falas, o vice-presidente da Associação de Moradores de Neves – bairro onde localiza-se o imóvel -, Sidnei Valle declarou ter conversado sobre a importância do local com o novo dono do terreno e que o proprietário prometera pensar no que fazer para não prejudicar os religiosos.

Contudo, com uma ligação de alguém da Prefeitura, resolveu derrubar. “O dono da casa disse ser kardecista e me prometeu que conversaria com a filha para tentar, pelo menos, preservar a frente da casa, já que a importância religiosa era grande. Quando vi que tinham derrubado, o questionei. Ele disse que houve interferência da Prefeitura de São Gonçalo e não quis se estender sobre o caso”.

A fundadora da CCIR e presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub), Fátima Damas, fez um alerta aos que assistiam à sessão. “Por volta de 1930, a Umbanda era perseguida pela polícia. Hoje, somos perseguidos por neopentecostais que querem impor uma ditadura religiosa no País. Aquela casa é minha vida, minha fé. Em épocas de eleições, esses políticos invadem nossos terreiros, nossas casas de santo para pedir votos. Chegou a hora de olharmos por quem olha por nós. Não votem em pessoas que não querem saber de vocês. Peço ao senhor Amarildo que lute pela desapropriação daquele lugar”.

O interlocutor da Comissão finalizou a audiência lembrando que o encontro era para mobilizar o Legislativo e lamentou a ausência de outros vereadores. “Ninguém não ousaria não tombar uma sinagoga, templo católico ou evangélico. O que acontece em São Gonçalo é muito estranho, porque até mesmo o Miguel Moraes, que é um parlamentar engajado na questão racial e sabe que o racismo é base para esta intolerância, não está aqui. Está preocupado em ser vice na chapa.

Mas conseguiremos, através do Amarildo, mostrar a força de nossa união”.

O vereador prometeu também, no encontro, criar título legislativo com o nome de Zélio de Moraes e propor Projeto de Lei para garantir a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa no município gonçalense.

Ao final, todos cantaram uma oração a Oxalá e o Hino da Umbanda, além de um louvor cristão.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ator diz estar 'enjoado' com chefe que mandou negra alisar o cabelo

TATIANA SANTIAGO
DO "AGORA"
EMILIO SANT'ANNA
DE SÃO PAULO

Quando o primeiro cabelo "black power" chegou por aqui, na cabeça de Tony Tornado, 81, logo foi evidente que era parte do movimento de afirmação racial dos negros. Nesta semana, 41 anos depois, o ator ficou "enjoado" ao saber que o penteado ainda causa preconceito.

Tony não queria acreditar quando leu, no Facebook, o caso da estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, 19.

Ela afirma ter sido alvo de racismo no colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin, zona sul de São Paulo, onde é estagiária.

Assim como Tony, Ester é negra. Seu cabelo é crespo, bate nos ombros. Ela preserva o volume natural dos cachos.

Jefferson Coppola/Folhapress

Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar

Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar

Segundo Ester, em seu primeiro dia de trabalho como assistente de marketing, no dia 1º de novembro, a diretora do colégio reclamou de uma flor presa em seu cabelo e pediu para deixá-los presos.

Dias depois, a diretora a teria chamado novamente para reclamar do cabelo.

Dessa vez, conta Ester, a mulher foi além: disse que compraria camisas mais longas para que a funcionária escondesse seus quadris.

"Como você pode representar nosso colégio com esse cabelo crespo?", indagou a diretora, segundo a jovem.

Ainda de acordo com a estagiária, a diretora contou que já teve cabelos crespos, mas os alisou para se adequar ao padrão de beleza exigido.

Foi a gota d'água para a estagiária procurar a polícia. Ester registrou um boletim de ocorrência na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

"A discriminação me afetou de tal forma que eu não consigo mais me olhar no espelho e mexer no meu cabelo. Ela [a diretora] mexeu com meu emocional. Estou triste e choro a todo instante", diz.

Para o professor de direito constitucional da Fundação Getulio Vargas (FGV), Oscar Vilhena Vieira, casos como o de Ester são flagrantes desrespeitos à Constituição.

Segundo ele, o caso pode gerar uma ação cível ou criminal. "Para isso, é preciso que fique demonstrada a intencionalidade da discriminação", explica.

Rodrigo Capote-22.jul.11/Folhapress

Tony Tornado, 81, canta no festival "Black na Cena"; artista conta ter ficado "enjoado" com a história

Tony Tornado, 81, canta no festival "Black na Cena"; artista conta ter ficado "enjoado" com a história de Ester

Para Tony, os 41 anos que se passaram desde que se tornou o primeiro a usar um "black power" não foram suficientes para acabar com o preconceito no país.

"Depois que vi a história, fiquei enjoado, pensando como pode acontecer uma coisa dessas em 2011."

OUTRO LADO

O colégio Internacional Anhembi Morumbi afirma, em nota, que a direção da escola e o restante da equipe de funcionários com a qual Ester trabalha nunca teve a intenção de causar qualquer constrangimento.

De acordo com a nota, o colégio possui um modelo de aprendizagem inclusivo, que abriga professores, estudantes e funcionários de várias origens e tradições religiosas.

O uso de uniformes por alunos e funcionários é exigido para que o foco da atenção saia da aparência. A instituição afirma que ainda não foi notificada oficialmente sobre o boletim de ocorrência registrado pela estagiária.

O colégio também afirma que entende que o respeito às diferenças é um assunto sério e, por isso, colocou formalmente esse tema em seu estatuto e na grade curricular.

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Luciano Cenci

71 96468414 / 34849199

www.atitudesmusicais.blogspot.com