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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

'Que o Orixá toque na cabeça de todos para que se encontre uma solução', diz Mãe Stella


CORREIO esteve com ialorixá de 92 anos, ontem à noite; assista depoimento sobre retorno ao terreiro

O temporal que caiu sobre a cidade de Nazaré, no Reconcâvo baiano, ontem à noite, interrompeu o fornecimento de energia em parte da cidade. No centenário casarão de número 35, da Rua Ferreira Bastos, no bairro Batatan, velas iluminavam parcamente o seu salão principal. O portão pequeno da casa está emperrado pelo excesso de vegetação. O acesso é pelo portão da garagem que leva até a cozinha, onde uma enorme mesa de jantar está posta. Na sala principal, sentada numa cadeira de vime giratória, a maior sacerdotisa do candomblé em atividade no Brasil, Mãe Stella de Oxóssi, 92 anos, cochila serenamente.

Ao ser informada da chegada do CORREIO, ela movimenta os braços lentamente à procura dos visitantes. Os olhos caídos e fixados num único ponto delatam a visão comprometida. “Pegue na mão dela pra ela saber que o senhor está aqui”, diz uma senhora que se apresenta como cuidadora da ialorixá.
Na sala, seis pessoas se dividem em atenção à anciã que repousa na poltrona vestida numa bata branca e numa saia longa estampada de verde, as cores de Oxóssi, seu orixá.

“Ela está ótima, lúcida”, diz a psicóloga Graziela Domini Peixoto, companheira da religiosa e que está sendo acusada por membros da família da sacerdotisa e também por filhos de santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, de tê-la afastado do convívio familiar e religioso.

“Eu vim pra cá porque estava desencantada com o rumo que as coisas tomaram de um tempo para cá. Vim de livre e espontânea vontade, não sei porque estão fazendo Graziela de bode expiatório. Espero que Deus dê forças a ela para suportar o que estão nos fazendo”, diz, pausadamente, a ialorixá.

Dos presentes na casa, duas mulheres são apresentadas como cuidadoras da religiosa. Os outros são irmãos e/ou parentes de Graziela. As duas chegaram à cidade na sexta-feira (1º), depois de Mãe Stella recebeu alta do hospital onde estava internada.

Oscilando entre momentos de lucidez e de apagões de memória, a ialorixá conta que estava sendo muito pressionada pelos 71 membros do terreiro que não mais a escutavam. “Eles falam da hierarquia, mas depois de se reunirem comigo, tomavam outras decisões sem me consultar”, afirma.

Mãe Stella na casa da psicóloga Graziela, em Nazaré
(Foto: Betto Jr/CORREIO)

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Mãe Stella diz que a decisão de sair de sua casa para passar uma temporada fora foi para ver se aplacava os ânimos por lá. “Eu não estava sendo respeitada. Preferi me ausentar para ver se as coisas se acomodam. Perdi o encantamento”, diz, para em seguida, ressaltar: “Não do meu trabalho, da espiritualidade, mas da condução das coisas dentro do Afonjá”.Diz que continua se sentindo responsável pelo terreiro e pelo seu trabalho espiritual. “Só não é admissível é que você queime as suas pestanas, perda o sono, faça suas obrigações e depois sempre encontra quem atrapalhe seus pensamentos”, diz.  

Sempre com os olhos semicerrados e um tom de voz baixa e muito pausado, a sacerdotisa, na maioria do tempo, se esforça para concluir o raciocínio. Nem sempre consegue. Muitas vezes suas frases são complementadas pela companheira que, cuidadosamente, a consulta antes de interceder. “Posso ajudá-la a concluir, mãe?”. Ela de pronto, responde: “Por favor, filha”. E Graziela o faz. Mãe Stella agradece carinhosamente. “Obrigada, minha filha”.

Aparente cumplicidade
A relação das duas, pelo menos aparentemente, é de muita cumplicidade. “Eles acham que estou interessada em tomar o lugar dela, mas isso não passa pela minha cabeça. Até porque, minha energia hoje é toda voltada para dar qualidade de vida a ela, foi por isso que viemos para cá, para termos paz”, diz Graziela, que tem o posto de Iya Egbe (mãe de todos) no Ilê Axé Opô Afonjá.

Para a sacerdotisa, toda essa situação que está vivendo é fruto de intrigas e de disputa interna de poder dentro do terreiro. “Eu não sei o porque de  tudo isso está acontecendo lá se eu não penso hora nenhuma em sucessão”, diz.

Sucessão, aliás, parece ser um assunto que não interessa as duas principais envolvidas neste imbróglio. Pelo menos por enquanto. “Eu não tenho tempo pra pensar nisso, o meu tempo eu dedico a cuidar de Mãe Stella para que não se entregue, para que continue firme com seu trabalho espiritual. Dedico meu tempo a mantê-la ativa. Seja redigindo um artigo com ela, seja produzindo um vídeo no canal do youtube,que fizemos para ocupá-la, tudo para manter sua cabeça em atividade”, diz Graziela.

Mãe Stella e Graziela
(Foto: Betto Jr/CORREIO)

Sobre acusações de que teria se apropriado da ialorixá, de bens do terreiro e até dos trabalhos religiosos, Graziela diz: “Tenho tudo documentado, já temos tudo resolvido desde 2015, tenho toda a documentação. Não vou perder tempo em desmentir nem provar nada, porque minha obrigação, minha missão hoje é cuidar dela e isso é o que estou fazendo”, afirma.

Durante todo o tempo que durou nossa conversa, Graziela acarinhava a ialorixá. “Vamos parar porque ela já está cansada”, disse. Mãe Stella ri timidamente e muda de assunto: "o senhor tem orixá?”, pergunta.

Respondo que sim, que sou de Ogum. “Obá! Então que Ogum lhe dê inspiração para que esse trabalho que o senhor está fazendo aqui nos ajude, a nós e ao senhor, a seguirmos numa linha reta”, disse.

O repórter Ronaldo Jacobina com Mãe Stella na noite de ontem (9)
(Foto: Betto Jr./CORREIO)

Com a expressão desolada reclama de fome. “Cadê meu café que ficaram de trazer?”, questiona. É a senha que temos de partir. Antes porém, arrisco a última pergunta: a senhora planeja voltar? Quando? Ela pensa, reflete e responde: “É o orixá, que vai dizer, que vai orientar. Então, que essa energia, porque o orixá é uma energia, toque na cabeça de todos nós para que encontremos o caminho certo”.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Carreata em homenagem a Mãe Oxum percorreu ruas de Guaíba neste sábado (9)


Celebração iniciou as homenagens  dedicadas a  rainha das águas doces. Um agrado a Mãe Oxum que fica na Gruta na Praia da Alegria. Pelo quarto ano seguido, as bandeira amarelas tomam conta da frente do Ilê de Oxum, após elas foram sinalizando às ruas da cidade de Guaíba, elas acompanhavam  os carros que tiveram  a responsabilidade de conduzir,  a imagem de Mãe Oxum , do bairro Santa Rita até a Praia da Alegria.

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A fantástica história do “sequestro” de Mãe Stella


08 de dezembro de 2017, 09:41

Laís Rocha

Os familiares de Mãe Stella de Oxóssi e filhos de santo da mesma acusam a psicóloga Graziela Domini de levar a Ialorixá de casa sem informar o paradeiro. De acordo com informções da coluna Satélite de Jairo Junior e Luan Santos, eles vão se reunir nesta sexta-feira (8), no Terreiro Ilê Axé Opo Ofunjá, para discurtir estratégias para “resgatar” Mãe Stella. O paradeiro ainda não foi confirmado, mas há suspeitas que ela foi levada para a cidade de Nazaré, no Recôncavo Baiano, onde Graziela tem família.

Ainda de acordo com a coluna, em carta assinada por 71 pessoas, familiares e filhos do Ilê relatam que a psicóloga, que não era bem vinda no Axé, estaria impedindo visitas à Mãe Stella, que tem 92 anos. Segundo a carta, o “sequestro” já dura 12 dias.

Em outra carta de conhecimento dos colunistas, Graziela se apresenta como companheira da Ialorixá, afirma que está sendo difamada e injustiçada e que a situação já afeta a saúde de Mãe Stella. No último dia 24, a psicóloga prestou queixa contra os filhos de santo por terem levado a líder religiosa para a Casa de Oxóssi sem o seu consentimento. No boletim consta que Graziela apresentou um vídeo em que Mãe Stella aparece afirmando querer viver com a companheira “em lugar escolhido pelas duas para poderem viver em paz”. Os familiares desmentem a versão e dizem que a Ialorixá quis ir à Casa de Oxossi.

Os conflitos entre a família de Mãe Stella e Graziela começaram em junho, quando familiares pediram ao Ministério Público (MP) para terem acesso a líder religiosa alegando que a mesma estava sofrendo maus tratos físicos e psicológicos.

Falar com Mãe Carmen de Oxalá, disponibiliza atendimento com cartas e búzios (51) 984945770

A fantástica história do “sequestro” de Mãe Stella


08 de dezembro de 2017, 09:41

Laís Rocha

Os familiares de Mãe Stella de Oxóssi e filhos de santo da mesma acusam a psicóloga Graziela Domini de levar a Ialorixá de casa sem informar o paradeiro. De acordo com informções da coluna Satélite de Jairo Junior e Luan Santos, eles vão se reunir nesta sexta-feira (8), no Terreiro Ilê Axé Opo Ofunjá, para discurtir estratégias para “resgatar” Mãe Stella. O paradeiro ainda não foi confirmado, mas há suspeitas que ela foi levada para a cidade de Nazaré, no Recôncavo Baiano, onde Graziela tem família.

Ainda de acordo com a coluna, em carta assinada por 71 pessoas, familiares e filhos do Ilê relatam que a psicóloga, que não era bem vinda no Axé, estaria impedindo visitas à Mãe Stella, que tem 92 anos. Segundo a carta, o “sequestro” já dura 12 dias.

Em outra carta de conhecimento dos colunistas, Graziela se apresenta como companheira da Ialorixá, afirma que está sendo difamada e injustiçada e que a situação já afeta a saúde de Mãe Stella. No último dia 24, a psicóloga prestou queixa contra os filhos de santo por terem levado a líder religiosa para a Casa de Oxóssi sem o seu consentimento. No boletim consta que Graziela apresentou um vídeo em que Mãe Stella aparece afirmando querer viver com a companheira “em lugar escolhido pelas duas para poderem viver em paz”. Os familiares desmentem a versão e dizem que a Ialorixá quis ir à Casa de Oxossi.

Os conflitos entre a família de Mãe Stella e Graziela começaram em junho, quando familiares pediram ao Ministério Público (MP) para terem acesso a líder religiosa alegando que a mesma estava sofrendo maus tratos físicos e psicológicos.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ASSOBECATY saúda a guerreira IANSÃ

Dia da guerreira IANSÃ. Iansã minha melhor companhia para entrar numa guerra, ela nunca deixou eu entrar numa guerra para perder. Dia de agradecer pelos bons direcionamentos dos seus ventos, gratidão Iansã, pelo bom axé de vitória em meus caminhos. — em Assobecaty.GUERREIRA 2017

domingo, 19 de novembro de 2017

O grupo infantil de Dança Afro da Associação Oxum Pandá Mirê, com suas danças cheias de graça e ternura encantara e contagiaram o publico da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

IMG_4534As crianças deram um toque todo especial nas apresentações de dança Afro Infantil.. As crianças do Grupo infantil de Dança Afro da Associação Oxum Pandá Mirê, com suas danças cheias de graça e ternura encantara e contagiaram o publico da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Confira mais imagens

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Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural -Assobecaty está em Feira do Livro de Porto Alegre.

Publicado por YA Carmen DE Oxalá · 9 h · Porto Alegre, Rio Grande do Sul·

·

Hoje em Feira do Livro de Porto Alegre

Pelo terceiro ano consecutivo, chegamos na tão esperada feira do livro, na capital gaúcha, as atividades culturais do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, elas promovem o hip hop, a dança afro infantil, contação de história, percussão e afoxé que irão ser apresentadas de uma forma dinamicamente e atrativamente negra, com foco em diferentes públicos.

O grupo infantil de Dança Afro da Associação Oxum Pandá Mirê, com suas danças cheias de graça e ternura encantara e contagiaram o publico da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

IMG_4534As crianças deram um toque todo especial nas apresentações de dança Afro Infantil.. As crianças do Grupo infantil de Dança Afro da Associação Oxum andá Mirê, com suas danças cheias de graça e ternura encantara e contagiaram o publico da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Confira mais imagens

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Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural -Assobecaty está em Feira do Livro de Porto Alegre.

Publicado por YA Carmen DE Oxalá · 9 h · Porto Alegre, Rio Grande do Sul·

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Hoje em Feira do Livro de Porto Alegre

Pelo terceiro ano consecutivo, chegamos na tão esperada feira do livro, na capital gaúcha, as atividades culturais do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, elas promovem o hip hop, a dança afro infantil, contação de história, percussão e afoxé que irão ser apresentadas de uma forma dinamicamente e atrativamente negra, com foco em diferentes públicos.

Pêh Front RL chega com sua rima forte na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre e o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural agradece a parceria

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Com sua rima forte, que afetou os corações do público pelas suas mensagens, de resgate da autoestima da periferia, usando o hip hop como ferramenta de luta contra os efeitos devastadores do capitalismo e as injustiças, a Banda Pêh Front RL passou o recado, durante sua apresentação na feira do livro domingo dia (19.) O Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, deseja a Banda que sua luta seja cada dia mais forte e vitoriosa!

Na tarde de hoje, Prof.Dr. Norton Corrêa fará palestra sobre relações o Batuque no Rio Grande do Sul e a Concepção pessoa batuqueira cristã, domingo, 19 de novembro de 2017 às 14:30

Em tempo de consciência negra, intolerância religiosa, o professor , Dr. Norton Corrêa,  fará, na tarde de hoje, dia 19, a palestra .  Aberto ao público, o evento acontece na Casa de Cultura Mario Quintana,  às 14:30h.


Norton  discutirá a relação entre O batuque do Rio Grande do Sul e a concepção pessoa religiosa batuqueira cristã em uma perspectiva histórica, ao longo do século 20 .


Sala Romeu Grimaldi , 3º andar na Casa de Cultura Mario Quintana,  Rua dos Andradas nº 736, Centro Histórico de Porto Alegre. Serão emitidos certificados de participação.

Convite  PROFESSOR  NORTON

sábado, 18 de novembro de 2017

Pelo terceiro ano consecutivo, o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

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Pelo terceiro ano consecutivo, chegamos na tão esperada feira do livro, na capital gaúcha, as atividades culturais do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, elas promovem o hip hop, a dança afro infantil, contação de história, percussão e afoxé que irão ser apresentadas de uma forma dinamicamente e atrativamente negra, com foco em diferentes públicos.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

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Pelo terceiro ano consecutivo, chegamos na tão esperada feira do livro, na capital gaúcha, as atividades culturais do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, elas promovem o hip hop, a dança afro infantil, contação de história, percussão e afoxé que irão ser apresentadas de uma forma dinamicamente e atrativamente negra, com foco em diferentes públicos.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre.

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Pelo terceiro ano consecutivo, chegamos na tão esperada feira do livro, na capital gaúcha, as atividades culturais do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY, compõe a programação oficial no último dia (19), na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, elas promovem o hip hop, a dança afro infantil, contação de história, percussão e afoxé que irão ser apresentadas de uma forma dinamicamente e atrativamente negra, com foco em diferentes públicos.

Momento muito especial, quando o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY chega na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre. Chegam juntos com o ponto, parceiros, apoiadores, crianças e comunidade. Chegam juntos, para apresentar o mosaico cultural da Matriz Africana.

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Amanhã, Prof.Dr. Norton Corrêa fará palestra pelo Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY na Casa de Cultura Mario Quintana

Em tempo de consciência negra, intolerância religiosa, o professor , Dr. Norton Corrêa,  fará, na tarde de hoje, dia Convite  PROFESSOR  NORTON19, palestra .  Aberto ao público, o evento acontece na Casa de Cultura Mario Quintana,  às 14:30h.

Norton  discutirá a relação entre O batuque do Rio Grande do Sul e a concepção pessoa religiosa batuqueira cristã em uma perspectiva histórica, ao longo do século 20 .

A palestra integra a programação do Novembro Negro, iniciativa do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY.

Sala Romeu Grimaldi , 3º andar na Casa de Cultura Mario Quintana,  Rua dos Andradas nº 736, Centro Histórico de Porto Alegre. Serão emitidos certificados de participação.

Tecidos amarrados em árvores pedem paz e fim da violência contra terreiros


Mil metros de tecido foram utilizados no Dique do Tororó, Campo Grande, Corredor da Vitória e Pelourinho

A cidade de Salvador amanheceu coberta de branco após a Alvorada dos Ojás, atividade promovida pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN), entidade nacional do movimento negro, que amarra tecidos brancos utilizados durante as obrigações do candomblé, os Ojás, em árvores. Cerca de mil metros de tecido foram utilizados nas árvores do Dique do Tororó, Campo Grande, Corredor da Vitória e Pelourinho na noite desta sexta-feira (17).

A ação, que conta com apoio da Comissão dos Terreiros Tombados, dos terreiros de Lauro de Freitas, de Camaçari e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi), é realizada pelo décimo primeiro ano consecutivo e neste ano traz a campanha “não toquem em nossos terreiros”, contra a intolerância praticada contra religiões de matrizes africanas.

"Com a Alvorada dos Ojás, nós queremos trazer uma reflexão sobre como a cidade pode amanhecer mais bonita. É um pedido de paz, respeito e solidariedade entre nós. Nós utilizamos as árvores porque elas já estão aqui há mais tempo que a gente e permanecerão depois da nossa presença física. Ela é sagrada. Nós queremos que as pessoas olhem para a árvore e reflitam sobre a importância de amar as pessoas, amar a cidade e respeitar os direitos de cada um”, afirmou Marcos Rezende, coordenador nacional do CEN.

Dique do Tororó é um dos locais que recebeu os tecidos brancos
Foto: Júlia Vigné/CORREIO

Antes de serem amarrados nas árvores, os tecidos, pintados pelo artista plástico e diretor do bloco Cortejo Afro, Alberto Pitta, foram sacralizados no Terreiro Tumba Junsara, uma das casas tradicionais de candomblé no Brasil, tombada como patrimônio histórico do Estado da Bahia.

“Nós vemos sofrendo uma série de intolerâncias religiosas e de desrespeito. Apesar de nos ofertarem pedras, em vez de construirmos muros, nós construirmos estradas para que todos possam caminhar. Apesar de violência, da depredação de templos e da negação do direito religioso que nos é feito muitas vezes, nós estamos dizendo: nós te amamos! Porque é isso que os orixás pregam”, disse Rezende.

Teste Rubicon

O coordenador nacional ainda destaca que os tecidos permanecerão amarrados na árvore. A ideia é que as pessoas que tenham o desejo de tirar, retirem. “Nós deixamos para quem desejar tirar. Hoje de manhã uma pessoa tirou para fazer roupa de santo. Outra nos perguntou se poderia retirar um pedaço do tecido para utilizar como cobertor. O nosso objetivo é esse”, explicou.

Pedido de paz
O CORREIO esteve presente no Dique do Tororó para questionar os transeuntes se eles sabiam do significado dos tecidos brancos que estão dispostos por todo o local, amarrados nas árvores. Uma sensação foi compreendida por todos: o pedido de paz. Teve quem achasse que o ato fosse da igreja, como quatro idosas que estavam distribuindo revistas religiosas. Uma delas, Maria Ferreira, que prefere ser chamada de Gracinha, de 58 anos, afirmou que acreditava que era uma manifestação de religiosos da igreja pedindo paz para o mundo.

Já Otonei Silva Santos, de 60 anos, que vende artigos de educação física no local, afirmou já ter visto a ação em outros anos. “Acho que é um pedido de paz. É feito por pessoas adeptas do candomblé todo ano. De noite eles saem amarrando esses panos aqui no Dique e em outros bairros da cidade”, disse.

Teve quem achasse, também, que era só para enfeitar, “para deixar mais bonito”. “Quem coloca isso deve trabalhar para o bem, e não para o mal. Colocou para enfeitar as árvores, deve ter relação com orixás também”, afirmou Ângela Dias, de 38 anos. Após saber do real significado do ato pela reportagem, a cozinheira ficou feliz de saber do ato. “É bom ter esperança e crer em paz, né?”, disse.

O funcionário público Emanuel Gomes, de 64 anos, já sabia um pouco mais sobre a ação: ele tinha conhecimento que era um ato realizado por pessoas adeptas ao candomblé e que as ações no Dique do Tororó são feitas antes mesmo do asfaltamento do local. “Desde quando aqui não tinha nem estrada eles fazem essas homenagens aos Orixás. Se é branco, então tem a ver com a paz”, afirmou.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A riqueza da matriz africana continua em destaque com a EXPOSIÇÂO ILÊ IFÉ: O sagrado aos olhos humanos na CCMQ

23031245_1379987708777878_5084898832323564698_nA riqueza da matriz africana continua homenageada na exposição Ilê Ifé . Sim, esta aberta até o dia 30/11 lá na Casa de Cultura Mario Quintana. É , a iniciativa é do primeiro ponto de cultura de matriz africana no estado do Rio Grande do Sul reconhecido e investido pelas políticas culturais. O ponto de cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY coloca em destaque o novembro negro. Legal, né? Corre lá, a exposição só vai até o dia 30/11!
Exposição Ilê Ifé: O Sagrado aos olhos humanos
04/11 a 30/11: das 10hs às 21hs
Casa de Cultura Mario Quintana
Centro Histórico de Porto Alegre
Entrada franca

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Bazar Conexão Afro realizado pelo Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural teve venda de peças de vestuário modelos afros, acessórios, artesanatos . Evento foi realizado das 12h às 19h na Travessa dos Cataventos da Casa de Cultura Mario Quintana.


Quem estava à procura de peças de vestuário, acessórios, artesanato ou opções de presentes e visitou o bazar Conexão Afro,  que ocorreu no domingo (12) na Travessa dos Cataventos da  Casa de Cultura Mario Quintana.284f4bbc-aff7-45e0-afb7-ab9e6f3cd526

Idealizada pelo Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural ASSOBECATY  que durante as atividades de programação do Novembro Negro em promover seus produtos.

RoupasNo local, o público encontrou  bijuterias, turbantes, roupas e outros acessórios de moda afro, Kit Afro Axé,  entre outros.


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Também contou  com a parceria da Associação Oxum Panda Mirê  e suas peças de artesanato afro autoria e criatividade de Mãe Andréia de Oxum, pintura em gesso das negras africanas, patuás, bijuterias, e bonecas.85fd8316-9e05-467b-9673-dd0d43377a80


Aqueles que optaram por levar as crianças, também encontraram um espaço com artesanato dedicado ao público infantil.

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Exposição Ilê Ifé: O Sagrado aos Olhos Humanos continua aberta ao público na Casa de Cultura Mario Quintana

IMG_4322Vai até o dia 30 de novembro,  na Casa de Cultura Mario Quintana,  centro histórico de Porto Alegre a exposição é do  Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural- ASSOBECATY.
A mostra Ilê Ifé: O sagrado aos  olhos humanos  abrange 12  indumentárias  de orixás: que  revelam uma abordagem incomum do tema, durante as atividades do Novembro Negro.
Expaço  Majestic Casa de Cultura  Mario Quintana fica na Rua Dos Andradas , 736, Centro Histórico de Porto Alegre. RS.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Familiares de Mãe Stella de Oxóssi acusam companheira de sumir com a Ialorixá


Segundo carta assinada por familiares o “sequestro” já dura 12 dias

(Reprodução)

Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br

De acordo com informações publicadas pela coluna Satélite, familiares da Mãe Stella de Oxóssi e filhos de santo da mesma estão acusando a sua companheira, a psicóloga Graziela Domini de levar a Ialorixá de casa sem informar o paradeiro.

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A previsão é que os familiares se reunam nesta sexta-feira (8), no Terreiro Ilê Axé Opo Ofunjá, para encontrar estratégias de “resgate” de Mãe Stella. O paradeiro delas não foi confirmado ainda, mas conforme a publicação há suspeitas de que ela foi levada para a cidade de Nazaré, no Recôncavo Baiano, onde Graziela tem família.

Ainda de acordo com a coluna, em carta assinada por 71 pessoas, familiares e filhos do Ilê relatam que a psicóloga, que não era bem vinda no Axé e estaria impedindo visitas à Mãe Stella, que tem 92 anos. Segundo a carta, o “sequestro” já dura 12 dias.

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Novembro Negro do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural- ASSOBECATY, também tem o BAZAR CONEXÃO AFRO dia 12/11 na Casa de Cultura Mario Quintana

Convite Bazar Ponto de CulturaNovembro negro  BAZAR AFRO A

Em comemoração ao mês  da consciência negra  o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural – ASSOBECATY , convencionou chamar uma série de atividades que compõe o Novembro Negro, nesse sentido dia 12 de novembro acontecerá  o Bazar Conexão Afro com lançamento de roupas afros, roupas de preto velho, turbantes, colares, kit Axés, negras africanas, sabonetes aromáticos, além de peças exclusivas produzidas dentro do ponto de cultura. Também conta com a parceria da Associação Oxum Panda Mirê  e suas peças de artesanato afro autoria e criatividade de Mãe Andréia de Oxum, pintura em gesso das negras africanas, patuás, bijuterias, e bonecas.

domingo, 5 de novembro de 2017

Grupo de percussão Iyalodê Idunn, encerra atividade do Novembro Negro foi ovacionado e motivou muita dança no pé



O grupo de percussão do Quilombo do Sopapo, Iyalodê Idunn , fez um final de tarde agitado, sábado ( 4 ), sendo a última atração da Programação do Novembro Negro, iniciativa do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural – Assobecaty ocorrido na Casa de Cultura Mario Quintana,  Os (as) percussionistas cantoras(os) foram aplaudidas, e também muita dança no pé.IMG_4139

Durante 40 minutos, sob o comando do comandado por Mestre Edu Nascimento, cantaram músicas em diversos sendo algumas de autoria própria.IMG_4185

Mãe Carmen de Oxalá, que comanda ASSOBECATY,  parabenizou o grupo pela belíssima apresentação. “A Iya afirmou: “Parabéns!  Estes são parceiros confirmados, sempre abrilhantam nossas atividades”.

Grupo de percussão Yalodê Idunn, encerra atividade do Novembro Negro foi ovacionado e motivou muita dança no pé



O grupo de percussão do Quilombo do Sopapo, Yalodê Idunn , fez um final de tarde agitado, sábado ( 4 ), sendo a última atração da Programação do Novembro Negro, iniciativa do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural – Assobecaty ocorrido na Casa de Cultura Mario Quintana,  Os (as) percussionistas cantoras(os) foram aplaudidas, e também muita dança no pé.IMG_4139

Durante 40 minutos, sob o comando do comandado por Mestre Edu Nascimento, cantaram músicas em diversos sendo algumas de autoria própria.IMG_4185

Mãe Carmen de Oxalá, que comanda ASSOBECATY,  parabenizou o grupo pela belíssima apresentação. “A Iya afirmou: “Parabéns!  Estes são parceiros confirmados, sempre abrilhantam nossas atividades”.

sábado, 4 de novembro de 2017

Grupo Infantil de Dança Afro da Associação Oxum Panda Mirê, chegando na CCMQ

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Eles encantaram com suas graciosidades, uma experiência maravilhosa que se revelou, a dança do grupo infantil muito importante por elevar auto estima, incentivar as crianças, e também eles aprendem a valorizar e defender a cultura afro.IMG_4050IMG_4052IMG_4053IMG_4054IMG_4055