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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Líderes religiosos da Nigéria encerram série de visitas a terreiros baianos

 

31/07/14 - 20:10h

Bahia

Como parte da programação do I Seminário Internacional para Preservação do Patrimônio Cultural Compartilhado entre o Brasil e a Nigéria, um grupo de líderes religiosos africanos visitou, na manhã desta quinta-feira (31), o Ilê Iyá Omi Àse Iyamassé, conhecido como Terreiro do Gantois, no bairro da Federação, em Salvador. Essa é a última de uma série de visitas do rei da cidade de Oyo, na Nigéria, a templos religiosos da capital baiana, que começou na última terça-feira (29).
No Gantois, a Sua Majestade Imperial, que tem o título de Alaafin de Oyo, foi recebido com presentes e ainda conheceu o Memorial de Mãe Menininha, umas das Iyaliorixás mais conhecidas da casa, que morreu em 1986. Durante discurso, ele elogiou as tradições africanas que são preservadas no templo baiano e defendeu a necessidade da criação de leis que protejam os patrimônios materiais e imateriais. “Mesmo com tudo que nossos antepassados sofreram, nossa crença permanece viva através de nós. Daqui, levarei a afeição e todo o amor que recebi, e ainda mais as ações de preservação da Bahia, que servirão de inspiração para Oyo.”
Durante essa semana, o rei e sua comitiva visitaram outros quatro terreiros da capital baiana, o Ilê Àse Iyá Nassó Okà (Casa Branca do Engenho Velho), Ilê Àse Opo Àfonjá (Ilê Axé Opô Afonjá), Ilê Maroialaji (Terreiro Alaketu) e Ilê Osùmàré Arákà Àse Ogodó (Casa de Oxumarê), todos tombados como patrimônio nacional. As iniciativas de políticas públicas baianas para manutenção das religiões de matrizes africanas foram consideradas, pelos líderes religiosos, como exemplo.
A Iyalorixá do Terreiro do Gantois, Mãe Carmem, se disse honrada em receber o homem que é considerado o descendente direto do orixá Xangô, e por servir de modelo para o povo que originou o culto do candomblé no estado. “O vínculo que existe entre a África e a Bahia ficou ainda mais forte, esperamos que nossos irmãos africanos sejam protegidos e respeitados como nós somos aqui”.

Para encerrar o seminário internacional, que começou na última segunda-feira (28), o rei visita ainda, nesta quinta, Pedra de Xangô, no bairro de Cajazeiras.

Fonte: Secom/BA

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