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segunda-feira, 25 de julho de 2011

SPM celabra Dia da Mulher Negra na Assembléia

Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América
Secretária Márcia Santana na mesa de abertura do Seminário Mulher Negra no poder, Rio Grande do Sul, Brasil e América
Na segunda-feira ( 25) , referenciando os ancestrais africanos e as mulheres negras presentes, a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Márcia Santana, fez um breve saudação na abertura do Seminário Mulher Negra no poder: Rio Grande do Sul, Brasil e América em alusão ao "Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha", que ocorreu no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O evento teve como eixo principal fortalecer as ações de grande importância na luta das mulheres negras pelos espaços políticos e sociais no Estado.
A busca pela extinção do preconceito racial, discriminação das mulheres negras na sociedade, equidade de gênero e raça, apropriação dos espaços midiáticos e empoderamento da mulher negra no Estado foram os temas abordados pela secretária Márcia Santana. "Mulher negra não é pouca coisa! É importante deixar claro que, entre os estupros, o número de mulheres negras é maioria. Tudo isto acaba remetendo, através do inconsciente coletivo, ao tempo da colônia e da escravidão no Brasil", complementa Márcia que convidou todas a participarem da IV Conferência Estadual de Mulheres.
Destacou a importância de se criar uma agenda fixa de encontros mensais para divulgação e mobilização de todas as questões que cercam as mulheres negras no Estado. Outra sugestão da secretária foi criação de um encontro, que anteceda a IV Conferência, para discutirem a importância dos terreiros africanos como forma de empoderamento das mulheres negras. "Todos sabem que as mulheres negras, quando sofrem violência, procuram esses espaços para acolhimento. Além de ser sagrado na religião afro, serve como ambiente civilizatório", finaliza a secretária.
Para a coordenadora de Diversidade do Departamento Pedagógico da Seduc, Eliane Almeida de Souza, é importante a inserção na grade curricular pedagógica do Estado, o ensino da cultura negra e formação dos professores para a história do negro no país. " Agora, é o momento propicio para iniciarmos esta ação. Os estudantes precisam conhecer a questão quilomnbola de um olhar diferente. Como os professores e educadores podem contribuir contra o preconceito racial na formação dos estudantes", complementa.
Estiveram presentes representantes da Prefeitura de Porto Alegre, Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), da Associação Beneficiente Cultural Africana Templo de Iemanjá (ASSOBECATY) e Central de Movimentos Populares do Rio Grande do Sul (CMP) através do Movimento 13 de Maio: abolição não conclusa para as mulheres negras, e movimentos negros.
História
O "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe" é um resultado do primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em 25 de julho de 1992, em Santo Domingo/República Dominicana, onde as mulheres enfatizaram a importância deste reconhecimento.
Desde então, a data tornou-se internacional estabelecida pela ONU. Em Porto Alegre, Nelma Soares da Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) foi a mulher negra que impulsionou a divulgação do 25 de julho dando visibilidade ao DIA DA MULHER NEGRA: SENHORA DE TODOS OS ESPAÇOS, realizando o primeiro evento em 1993, no Sindicato dos Trabalhadores Federais de Saúde, Trabalho e Previdência do RS (SINDISPREV).
Redação ASCOM SPM/RS