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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Arte e cultura negra são foco de protocolo firmado entre a Seppir e a Petrobrás

Data: 08/02/2012

Parceria foi celebrada no âmbito da campanha Igualdade Racial é pra valer e visa a valorização da cultura brasileira em sua diversidade étnica

Arte e cultura negra são foco de protocolo firmado entre a Seppir e a Petrobrás

Ministra declarou que o momento é propício para a agenda da igualdade racial no Brasil

A arte e a cultura negra estão contempladas no protocolo de intenções celebrado ontem (08) entre a Petróleo e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), no Rio de Janeiro. O objetivo da parceria é o fortalecimento das iniciativas de combate ao racismo, de promoção da igualdade racial e a efetivação de ações afirmativas. As ações, a serem definidas nos próximos meses, serão focadas em políticas de patrocínio e apoio financeiro, destinadas à valorização da cultura brasileira em toda a sua diversidade étnica e regional.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o protocolo fortalece uma política já em curso, pois “a Estatal tem entre seus princípios norteadores o respeito à diversidade humana e cultural”. Na entrevista coletiva após a solenidade, o dirigente destacou que num universo de 78 mil funcionários, 18.468 se auto-declararam afrodescendentes no último censo realizado na empresa. Destes, 25% ocupam cargo de chefia.

Para a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, o momento é propício para a agenda da igualdade racial, em função da conjuntura econômica e política do país. A ministra adiantou que o atendimento à demandas de arte e cultura negra deverão ter como critério o respeito à maior concentração de manifestações dessa natureza nas regiões brasileiras. “O Nordeste, com certeza, concentra a maior parcela de grupos artísticos nesse segmento, mas o sudeste também é um pólo importante”, disse.

Proposições

Entre as propostas do protocolo estão o estímulo à realização de projetos de interesse público, fora da evidência do mercado e que contemplem a cultura brasileira em toda a sua diversidade étnica e regional; a abertura de espaço para a criação, estimulando não só o fazer artístico, mas também a ampliação das oportunidades de circulação e de fruição dos bens culturais e o fortalecimento das cadeias produtivas do setor cultural; a consolidação do trabalho de resgate, recuperação e organização do acervo material e imaterial da cultura brasileira, priorizando aqueles em situação de risco, e buscando ampliar a oportunidade de acesso público a esses acervos.