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quarta-feira, 7 de março de 2012

Vamos institucionalizar um Estado religioso?

Atividades do CODIM- CONSELHO DOS DIREITOS DA MULHER – GUAÍBA/RS

Em Conexão Afro em Março 5, 2012 às 3:08 pm

N°o1- 7 de março - Guaíba- RS –Brasil

REVISTA CONEXÃO AFRO

O estado, e especialmente a Câmara de Vereadores de uma cidade existem para garantir os direitos do povo. DO POVO, em toda a sua diversidade cultural e religiosa, e não para legislar em relação a grupos específicos, em detrimento de outros.
O dinehro que a Câmara de Vereadores administra quando aprova os projetos seja de iniciativa popular, seja do executivo e quando aprova as contas da Prefeitura é do POVO. A Câmara, o Governo em sim, não tem renda. É um arrecadador e deve fazer com que este dinehrio retorne para o povo de maneira justa e honesta e contemplando a diversidade.
Quando vemos posicionamentos radicais e separatistas e que beiram ao fanatismo como este, ficamos deveras preocupados e também desconfiados da índole e da capacidade destes representantes públicos em entender o que significa o seu mandato, o mandato que o povo lhe deu e até mesmo a sua capacidade e honestidade em lidar coma coisa pública.
O mandato é do povo em todas as suas características, seja religiosa seja cultural, seja atéia.
Mesmo que alguém foi eleito com o voto de um segmento específico, não significa que ele está lá para legislar e para defender os interesses só daquele grupo. É só aquele grupo que contribui financeiramente para pagar o seu salário e para cumprir os projetos de lei por ele apresentado? E o direito pelo direito de que cada um possa manifestar sua fé e sua cultura ou mesmo em não ter fé nenhuma e ainda assim ser assistido pelo Estado?
Este direito foi uma conquista de séculos, quando a própria igreja cristã teve que fazer a reforma e garantir o direito de cultuar e acreditar diferente do poder dominante. Agora que está se tornando o poder dominante, vai cometer os mesmos erros do passados?
Vai reproduzir os sofrimentos e perseguições e preconceitos sofridos no passado com outros grupos que são historicamente perseguidos, como os de tradição afro?
Não é justo. Não é honesto e todo o povo deve se mobilizar para garantir a diversidade nessa cidade. Sejam religiosos, de qualquer religião, ou não religiosos, pois a Câmara de Vereadores não é púpito de nenhuma fé, é do povo e o direito à diversidade deve ser garantido.
Quando um símbolo sagrado de qualquer tradição religiosa é atacado, todas as tradições religiosas são atacadas em seu direito e em essência. Se hoje violam um terreiro amanhã pode ser uma igreja cristã, um templo budista, uma mesquita, uma sinagoga, etc.
Então o direito à proteção aos simbolos sagrados e/ou culturais deve abraçar à todos e todas e se preciso for, nos uniremos em manifestações, divulgação e até mesmo em protestos para que o direito de cada um/uma seja garantido.

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