A casa tradicional Assobecaty- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, que está sob o comando de Mãe Carmen de Oxalá, no ano em que completa 77 anos de existência e 23 de personalidade juridica, no dia ( 30 ), aconteceu no salão dedicado as práticas religiosas da umbanda, reunião de integração dos filhos e parceiros do terreiro que irão trabalhar os projetos dentro do território da Paz. No mês de julho a entidade é assinalada pela necessidade da realização de rituais de data passagem para o orum a grande Yalorixá Mãe Quina de Yemanjá que fundou a terreira, são (11) longos anos, que Mãe Carmen vem administrando, na condição de herdeira do ilê, com um resgate eficiente através de estratégia de visibilidade que possibilita o reconhecimento de sua trajetória como simbolo de resistência do brio de mulheres negras.
A primeira reunião de uma série de muitas, com os contemplados é o resultado do edital da primeira edição da iniciativa conjunta entre o Ministério da Cultura, por meio do Programa Mais Cultura e da Justiça através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e tem como objetivo dar oportunidade às diversas camadas da população brasileira de acesso à produção, ao reconhecimento e ao consumo de bens culturais. Promovendo a autoestima, o sentimento de pertencimento, a cidadania, o protagonismo social e a diversidade cultural. Também visa aumentar o dinamismo econômico de comunidades e municípios por meio de concessão de apoio financeiro a pequenos projetos de artistas, grupos independentes e produtores culturais.
A diretoria da entidade tem o entendimento do compromisso de estar partilhando com todos esta experiência bem sucedida, no sentido de contagiar, encorajar, motivar para que outros e outras possam estar se organizando e articulando, isto é se preparando internamente para poderem acessar todos os editais possíveis. É a primeira vez, desde a fundação que ASSOBECATY, conseguiu aprovar de uma vez só vez um número expressivo de projetos. Neste momento , nesta data o Ilê se tornou então a sede dessa bela história de maturidade, comprometimento e protagonismo desta comunidade tradicional de terreiros do sul do país.