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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Comunidades Tradicionais de Terreiros na III ª Conferência Municipal de Politicas para Mulheres

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Beth da Flora, Mãe Viviane de Ogum, Mãe Bere de Oxum, Mãe Geni de Yemanjá , Mãe Nilsa e Mãe Carmen de Oxalá.

No dia 24 de agosto, a III ª Conferência Municipal de Politicas para Mulheres, na cidade de Guaíba, não foi convencional,  Yás  tiveram atuação marcante , foram determinadas a colocar em pauta  a questão referente as necessidades das  mulheres negras e Yás, da mesma forma que apontaram carência de politicas publicas especificas.

O coletivo participativo das Yálorixás, ocuparam a primeira fila da plenária,  fizeram desde defesas  de idéias a revendicações. Na oportunidade, as demandas apontadas como prioritárias para  as mullheres de terreiras  no município foram  sugeridas de curso de parteiras a recuperação de dependentes químicos e prevenção da AIDS.

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Mãe Bere de Oxum  defendeu a questão do hospital,  Mãe Nilsã  salientou a  falta de informação, Mãe Geni de Yemanjá apresentou a denuncia da  falta de medicação que não existe no  posto,  Mãe Viviane de Ogum apontou a necessidade de acento nos conselhos e cursos de geração de renda nos espaços de terreiros.

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Yás, discutem combate sobre às desigualdades históricas que estruturam a sociedade. Seja a discriminação que atinge as mulheres negras, brancas, indígenas, nos espaços de poder e decisões, seja a violência de gênero, que coloca as mulheres em situação de vulnerabilidade.

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Ao lado de autoridades de civis femininas, receberam homenagens por desenvolverem atividades que eram desenvolvidas por homens, Juiza, Promotora, Capitã, Caminhoneira, Presidente do Presídio Feminino,  estava entre essas a Yalorixá Carmen de Oxalá dirigente da casa tradicional Assobecaty e  ativista do movimento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, na ocasião explicou que na questão religiosa foi diferente por ter sido  três princesas misticas que fundaram I ª casa de religião no Brasil, Yá Detá, Yá Kalá e Yá Nasso. logo após, contextualizou que embora seja uma mulher jovem, carrega uma história de 77 anos de existência,  o  legado de sua Mãe biológica,  Yá Quina de Yemanjá,  com sua   sensibilidade, generosidade,   foi além da religião, dedicou-se ao  trabalho social de extrema significância  no municipio,  reforçando a participação cívica das mulheres, jovens e adolescentes através da promoção de direitos humanos, saúde integral, direitos sexuais e direitos reprodutivos, com uma abordagem centrada em torno étnica, racial, e igualdade de gênero, justiça social e democracia. Com o falecimento de Yá Quina de Yemanjá, esse trabalho   esta tendo continuidade, as vezes com menos intensidade outras com mais intensidade  e agora o trabalho vai ter um impacto  quando inicia a execução de 8 projetos Mais Cultura do PRONASCI, no terrritório da paz onde o Ilê está instalado.