IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI traz Arte, Filosofia e Ciência nas religiões afro-brasileiras.
Ancoradas em seus vários ritos, as religiões afro-brasileiras buscam acessar o Sagrado penetrando no inconsciente profundo. O processo se dá, comumente, através dos ritos de transe ou possessão (mediunidade), porém existe o braço entre a prática, o conhecimento vivenciado e o conhecimento formal.
Neste IV Congresso Brasileiro de Umbanda, os participantes terão uma chance única de entrever um portal de fundamento através saber religioso popular que se realiza na prática vivenciada e o saber acadêmico desenvolvido em pesquisas sistematizadas por meio de seus conferencistas. O sacerdote e médico Francisco Rivas Neto abordará a Teologia do Ori (cabeça) e do Bará (corpo).
Ainda, sob a ótica das religiões afro-brasileiras, permeando os caminhos sutis da existência humana e a sua relação com o sagrado e com o divino, o professor do Departamento de Microbiologia e Genéticas Moleculares da Universidade Estadual de Oklahoma, Rolf Alexander Prade, pesquisador renomado de referência internacional no estudo na genética, colocará todo o seu saber em favor do tema Os Genes dos
Sentimentos.
É possível uma pessoa viver na terra, desaparecer misteriosamente sem morrer e tornar-se um ser encantado, mediando as relações entre o Homem e o sobrenatural? Descubra essa e outras respostas com a antropóloga, pesquisadora e professora da Universidade Estadual do Maranhão,
Mundicarmo Maria Rocha Ferretti , que decifrará também parte da história dos Reis Encantados do Tambor de Mina: Dom Manoel, Dom João Soeira e Dom Pedro de Angassu - Representação da Nobreza Lusitana em populações afro-brasileiras.
Fortemente inserido na história e no cenário mítico-místico do Maranhão, o culto Tambor de Mina fala à alma do antropólogo e professor da Universidade Federal do Maranhão, Sérgio Ferretti, que abordará as Festas de Santos no Tambor de Mina do Maranhão: São Sebastião, São João, São Benedito e Divino Espírito Santo.
Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões afro-brasileiras no Maranhão e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro da Costa da Mina. Religião iniciática, de transe ou possessão, que na sua versão mais tradicional não faz cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.
Não se pode ensinar Teologia só pelo que se sabe de Religião e deixar de lado o senso crítico amparado pelo estudo do fenômeno, seja ele sócio-cultural, antropológico ou de outras áreas do saber acadêmico.
Teologia não é Religião nem Ciência, mas a interface entre ambas. E a intenção da FTU é promover , através da sua Teologia, a reconciliação histórica e redentora entre Ciência e Religião. Neste aspecto, a mentalidade inclusiva e dialogal das religiões afro-brasileiras pode ser um facilitador deste diálogo, como corrobora os estudos de Volney José
Berkenbrock, doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia Católica da Universidade Federal de Bonn, Alemanha. Com experiência na área de Teologia, com ênfase em História das Religiões, atuando principalmente nos temas da eclesiologia, do diálogo inter-religioso, da igreja católica, do cristianismo e do candomblé, Berkenbrock fará um
apanhado sobre Experiência Religiosa e Teologia.
A sacralidade do ser humano se manifesta na Arte, na Filosofia , na Ciência e na Religião, esta última, uma instituição social universal, porque está em todas as sociedades, e única porque não se baseia nas necessidades físicas do Homem. Para o cientista político e também antropólogo, Silas Guerriero, alguma coisa está acontecendo no campo
religioso e para fazer uma reflexão sobre este movimento mundial, o professor traz à tona a discussão sobre As novas Religiões e novas Espiritualidades: um desafio para a compreensão da Religião. A mesma inquietação no sentido de compreender as religiões enquanto formas de expressão da Teologia é um entre os muitos desafios a que se propõe o sociólogo e professor da PUC , Wagner Lopes Sanchez ao tratar do tema
Teologia e Sociedade: pertinência, aproximação e desafio
O IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI apresentará também publicações e pesquisas de graduandos e graduados que se inscreveram nos Grupos de Trabalhos Teologia e Tradição Oral, coordenado pela professora Irene Dias; Memória, Cultura e Identidade, coordenado pela professora Maria Helena Villas Bôas Concone e Ensino Religioso, coordenado pelo professor Sérgio Junqueiro.
Histórico do Congresso:
2008 - I Cogresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI. Tema: A Umbanda do Século XXI. Entre outros destacamos a participação de Patrícia Birman (UERJ), Reginaldo Prandi (USP-SP), Luís Assunção (UFRN).
2009 - II Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI. Tema: Do Sicncretismo à Convergência. Entre outros destacamos a participação de Roseli Fischman (USP), Vagner Gonçalves (USP).
2010 - III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI. Tema: Religiões Afro-brasileira aproximando os Saberes. Participação de José Flávio Barros, Valdemir Zamparoni (UFBA), Julio Moracen (CUBA).
A FTU é também a instituição é responsável pelo curso de Pós Graduação Lato Sensu: Teologia de Tradição Oral - Memória, identidade e cultura das religiões afro- brasileiras.
Saiba mais sobre o Congresso: http://ftu.edu.br/congressos/
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